Reformando Esquadrão Suicida: Dá Para Salvar?
- Canal Cultura POP
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Em 2016, a DC lançava uma das maiores bombas de sua história, Esquadrão Suicida, dono de um dos piores Coringas de todos os tempos, vivido por Jared Leto, que virou meme. A obra tem uma direção bizarra, história chata, atuações em maioria rasas. Além disso, seu lançamento foi um tanto prematuro, ainda nos primórdios de um confuso DCEU. Porém, será que é possível consertar esse filme? É isso que tentaremos fazer hoje, mudando não só a história, mas elenco, direção e até mesmo a divulgação, com o intuito de reformular o filme de cabo e rabo. Sem mais delongas, bora trabalhar.

(Reformando Esquadrão Suicida: Dá Para Salvar?)
Elenco e Produção

Primeiramente, creio que só existe um nome para dirigir esse filme, James Gunn. Ele dirigiu Esquadrão Suicida 2, muitíssimo bem recebido por público e crítica, com um tom mais caricato e violento, basicamente, tudo que se espera de um filme desse grupo. Ele traria um ar cômico e cartunesco, em uma adaptação da animação Batman: Assalto ao Arkham, talvez a melhor produção envolvendo a equipe.
No elenco, existem nomes incontestáveis, como Margot Robbie como Arlequina e Viola Davis como Amanda Waller. Porém, iríamos buscar alguns novos nomes para personagens presentes no filme, além de descartar alguns, adicionando nomes como Tubarão Rei, ponto alto na comédia do segundo filme, que teria um enorme potencial nas mãos de James Gunn.
O maior problema do filme, o Coringa, receberia uma roupagem completamente nova. Ao invés de Leto, teríamos Barry Keoghan, de The Batman, no papel do Palhaço do Crime, como um vilão mais assustador e psicótico, representando uma ameaça mais crível a equipe.
🎬 Produção Principal
Cargo | Nome |
Diretor | James Gunn |
Roteiristas | James Gunn e Drew Goddard |
Produtores | James Gunn, Deborah Snyder, Charles Roven |
Produtora Executiva | Patty Jenkins (convidada para dar coesão ao universo DC) |
Estúdio | Warner Bros. Pictures / DC Films |
Trilha Sonora | Tyler Bates (parceiro habitual de Gunn) |
🎭 Elenco Principal do Esquadrão
Personagem | Ator/Atriz |
Amanda Waller | Viola Davis |
Arlequina | Margot Robbie |
Pistoleiro | Idris Elba |
Capitão Bumerangue | Jai Courtney |
Katana | Pom Klementieff |
Tubarão-Rei (voz) | Dave Bautista |
Rick Flag | Joel Kinnaman |
Batman | Jensen Ackles |
Coringa | Barry Keoghan |
Uma mudança decisiva nessa produção, seria a mudança de tom. Uma obra do Esquadrão Suicida com classificação 12 anos é inadmissível. Subiríamos a classificação para 16 anos, com mais violência e linguagem um tanto mais ´´imprópria´´, para atingir o tom do Esquadrão nas HQS, isso traria um trunfo da DC sob a Marvel, como um estúdio capaz de diversificar seus filmes, não focando apenas em Blockbusters padrão, mas em obras com humor ácido. Essa mudança seria muito importante no Marketing do filme, um diferencial entre os demais.
Roteiro e História

Nesse caso, não haveria vilão superpoderoso, ou ameaça extraterrestre, e sim, uma trama com toques de terror, se passando no local mais sombrio do universo do Batman, o Asilo Arkham.
Uma rebelião explodiria na Casa da Loucura, e Batman iria até lá para detê-la, afinal, ele já fez isso outras vezes. Mas dessa vez, o Cavaleiro das Trevas fracassa, desaparecendo após passar pelos portões do Asilo, deixando-o sob controle de maníacos como Charada, Espantalho e, é claro, Coringa.
Em um momento único, onde a Liga (que já teria sido fundada nessa época) estaria fora da Terra em missão, Amanda Waller colocaria em campo sua força-tarefa secreta. Ela convocaria vilões habilidosos e lhes obrigaria a servir missões de risco extremo, através de explosivos introduzidos em seus crânios.
Nesse ponto, faríamos uma introdução semelhante à que vimos na obra original, do Pistoleiro até Tubarão Rei, mas, com grande ênfase na Arlequina, especialmente em sua relação com o Coringa. Aqui, trabalharíamos em romper um dos estigmas modernos da DC: 'A Arlequina não é má, apenas uma vítima do Coringa'. Nessas cenas, mostraríamos como ela conseguiu seu diploma em psicologia trocando 'favores' com seus professores, pequenos crimes, e como tinha fascínio por mentes criminosas, especialmente a do Coringa, lhes colocando como ícones, demonstrando uma predisposição à vilania desde antes de conhecer o Palhaço. Então, teríamos a dinâmica de manipulação do Coringa, onde Harleen veria no Palhaço tudo que lhe faltava: liberdade, poder, diversão, e assim, o ajudaria a escapar, e se tornaria sua parceira de crimes.
Teríamos a prévia reunião do time, e a explicação de Waller sobre sua missão, e sobre o controle que tem sobre eles através dos explosivos. Assim como na animação, O Grande Tubarão Branco (vilão de terceira ou quarta prateleira do Batman) seria morto por questionar Waller, demonstrando a frieza da comandante.
Waller enviaria o time até o Asilo Arkham, completamente tomado pelos internos. Haveria uma tensão sexual entre Pistoleiro e Arlequina, algo comum nas obras do Esquadrão. Capitão Bumerangue e Tubarão Rei seriam fortes no humor, enquanto Katanna e Flag seriam mais centrados e focados na missão. Floyd Lawton teria a subtrama com sua filha, enxergando aquilo como uma reparação por seus erros do passado, uma forma de fazer sua filha, Zoe, se orgulhar dele.
No Asilo, Gunn mergulharia os fãs em um mar de referências, especialmente ao jogo Batman Arkham Asylum e à HQ Asilo Arkham, de Grant Morrison, demonstrando a insanidade aprisionada nas paredes daquela velha casa. O Esquadrão confrontaria alguns vilões menores, como o Chapeleiro Louco, e assim compreenderiam a operação que ocorria em Arkham, uma divisão em blocos, com Duas Caras, Espantalho e Coringa, partindo o sanatório em três zonas. A equipe se divide, enquanto Waller ordena a Flag que procure por Batman ao longo da operação.
Nesse momento, veríamos Batman em cativeiro, nas mãos de Coringa e Espantalho, ao estilo Jason Todd. Eles estariam tentando corromper a mente do herói, usando inclusive o gás do medo. Aqui, o Coringa seria visto como uma figura bizarra e insana, e não como uma caricatura como na versão de Jared.
Teríamos grandes momentos de ação, como um embate mental contra o Charada, enfrentar dezenas de internos, um duelo físico entre Crocodilo e Tubarão Rei, e um duelo psicológico, com o Espantalho usando o gás do medo para fazê-los confrontar seus maiores temores. Seja por competência, seja por sorte, eles conseguiriam alcançar o Coringa, que conseguiria corromper Batman, e iria usar seu maior inimigo como sua maior arma. Tendo enfrentado todos eles mais de uma vez, Batman teria grande vantagem, mas Arlequina e Pistoleiro conseguiriam entrar em seu psicológico, fazendo sua consciência gritar em meio à loucura, e enfim, tomar controle de seu corpo. Dessa forma, o Esquadrão Suicida salvaria Batman e capturaria o Coringa, enfim encerrando o caos em Arkham. Haveria um embate entre Coringa e Arlequina, que demonstraria um momento de desprendimento entre eles.
Dessa forma, teríamos uma trama mais densa, com momentos de bom humor apesar disso. Teríamos um desenvolvimento psicológico satisfatório dos personagens centrais, bons vilões e um grande desenvolvimento da mitologia da DC.
Marketing e Resultado

A divulgação do filme original foi absurda, com um trailer repleto de cortes insanos e Bohemian Rhapsody tocando, deixando todo mundo empolgado. Tentaríamos uma outra estratégia, também com a edição frenética e músicas empolgantes, mas tentando aproximar-se de filmes como Deadpool, que apesar de engraçados, traz temas sérios, mas sempre com bom humor e apreço aos quadrinhos. A nova proposta sem dúvida chamaria a atenção de novos públicos, que ficariam ansiosos para assistir, além do público fã de super-heróis e quadrinhos, que assistiriam de qualquer maneira.
Iriamos focar bastante em Coringa e Batman, e na aura do Asilo Arkham, com entrevistas, teorias, e talvez jogos Mobile se passando no cenário, tentando dar um toque de filme de terror ao longa. Com um marketing alternativo e uma obra seguramente superior ao material original, creio que os resultados de bilheteria e crítica seriam muitíssimo melhores.
🎟️ Estimativa de Bilheteria Mundial
Região | Estimativa de Bilheteria |
EUA / Canadá | $280–320 milhões |
Internacional (fora EUA) | $450–500 milhões |
Total Mundial | $730–820 milhões |
💰 Justificativa:
A direção de James Gunn, já renomado por Guardiões da Galáxia, atrairia tanto fãs da Marvel quanto da DC.
O Coringa de Barry Keoghan após o sucesso crítico de The Batman agregaria curiosidade e prestígio.
O tom maduro, sombrio e violento, aliado ao terror psicológico no Arkham, atrairia o público adulto (semelhante ao sucesso de Coringa de 2019).
A ausência de uma trama mundialmente apocalíptica pode limitar um pouco o alcance entre o público blockbuster médio, mas a excelência crítica compensaria isso.
📰 Avaliação Crítica (Rotten Tomatoes / IMDb / Metacritic)
Plataforma | Nota Estimada | Comentário |
Rotten Tomatoes (críticos) | 88% | Aclamado por reinventar o conceito do Esquadrão com coragem e substância. |
Rotten Tomatoes (público) | 91% | Público adorou a ambientação e os personagens. |
IMDb | 8,1/10 | Considerado um dos melhores filmes da DC moderna. |
Metacritic | 78/100 | Avaliações positivas consistentes. |
Dessa forma, teríamos um filme consistente, que sem dúvida daria o que falar nas redes sociais por um bom tempo. Ele seria uma das peças chave para o futuro do universo compartilhado DC, com a equipe aparecendo em outros projetos do estúdio, e com eles, trazendo fãs que admiraram sua primeira aparição.
E então? Será que conseguimos consertar esse desastre? Ou não mudou muita coisa? Não deixe de comentar a sua opinião!
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