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E Se Silvio Santos Fosse Eleito Presidente em 1989?

Atualizado: há 2 dias

Em 1989, a democracia foi definitivamente retomada em nosso país, com a primeira eleição direta para Presidente desde 1961. Entre Fernando Collor, Lula, Ulisses Guimarães e outros candidatos, um nome único surgiu, o maior apresentador da história da TV nacional, Senor Abravanel, também conhecido como Silvio Santos, dono do SBT. Silvio pretendia candidatar-se pelo PFL, mas, enfrentou resistência dentro do próprio SBT e do PFL. O apresentador liderava as pesquisas, mas, após quase duas dezenas de pedidos de impugnação, sua candidatura foi barrada. Mas, e se não tivesse havido tal campanha? E se o candidato do 26 chegasse as eleições, e fosse eleito? Como seria nosso Brasil? É isso que vamos analisar hoje!

(E Se Silvio Santos Fosse Eleito Presidente em 1989?)

Capítulo 1: As Eleições

O cenário político em 1989 era caótico. O presidente José Sarney tinha uma imagem completamente obliterada, com nenhum candidato ousando alinhar-se ao então presidente. Em meio a esse cenário, a inflação batia a casa dos 1000%, e o povo clamava por estabilidade econômica, que seria a pauta principal dos candidatos. Silvio, com sua impecável comunicação, falaria diretamente com o povo através do SBT, onde, nesse cenário, suas lideranças apoiaram completamente a candidatura do Patrão.

Senhor é um empresário experiente, que poderia realizar imensas mudanças no país, em colaboração com a iniciativa privada, usando sua habilidade ímpar para negócios, e seu grande apreço popular. Com uma vida pública limpa na política, os adversários teriam pouca base para atacá-lo, e sua candidatura cresceria dia após dia.

Sua campanha iria focar em sua experiência pessoal, como um homem simples ascendeu da pobreza ao estrelato, tornando-se dono de diversas empresas, e um comunicador de renome. Seus títulos da capitalização como a Tele-Sena, seriam dados como exemplos de quando ele andou ao lado dos mais pobres. Sua fala sábia e centrada, iria atrair todos os públicos, tanto empresários em busca de um governo que lhes apoiasse, e os mais pobres, que veriam nele, uma esperança de mudança.

📊 Eleições de 1989 – 1º Turno (Multiverso da História)

Candidato

Partido

% de Votos (realidade)

% Estimada (com Silvio)

Silvio Santos

PMB

27%

Fernando Collor

PRN

30,5%

23%

Luiz Inácio Lula da Silva

PT

16,1%

17%

Leonel Brizola

PDT

15,4%

13%

Mário Covas

PSDB

11,0%

7%

Paulo Maluf

PDS

8,9%

6%

Outros

Vários

~8%

~7%

  • Silvio Santos (27%): Assume a dianteira com o apoio incondicional do SBT, sua aura de empresário bem-sucedido e a empatia do povo. Vira o “outsider” da vez, tirando votos de Collor, Maluf e Covas.

  • Collor (23%): Perde parte do eleitorado conservador e antipolítica para Silvio, mas ainda se mantém forte no Nordeste e entre os indecisos.

  • Lula (17%): Cresce levemente, mantendo o eleitorado de esquerda e parte da classe trabalhadora.

  • Brizola (13%): É o maior prejudicado pela entrada de Silvio, que rouba parte do voto popular e da classe média.

Silvio vs Collor

Assim, Fernando Collor de Melo, avançaria ao Segundo Turno contra Silvio Santos, disputando votos por todo o Brasil. Silvio teria um melhor diálogo com a população, e teria o SBT a disposição como seu palanque político, além de muitas empresas, que teriam nele uma opção mais segura.

Os apoiadores de Lula possivelmente iriam para o lado de Silvio, assim como os de Brizola. Já os eleitores de Paulo Maluf, em maioria deixariam seus votos nas mãos de Fernando Collor. Ambos fariam comícios por todo o Brasil, mas, sem dúvida, o ponto mais alto da corrida eleitoral, seria o debate na Rede Globo, onde ambos promoveriam suas ideias, perante a maior audiência do país.


“Boa noite, meus amigos e minhas amigas de todo o Brasil.

Hoje não estamos no palco do SBT, e sim diante da responsabilidade de decidir os rumos da nossa nação.

É com respeito à democracia e ao povo brasileiro que damos início a este debate presidencial.

Eu sou Silvio Santos, candidato à Presidência da República, e venho aqui não como artista, mas como empresário e cidadão que acredita no potencial deste país.

Vamos conversar com seriedade, apresentar propostas concretas e mostrar que é possível governar com competência, ética e amor pelo Brasil.”


O jeito leve e descontraído de Silvio, iria se sobressair a bravata agressiva de Collor. Suas propostas iriam explorar principalmente o controle da inflação, demonstrando como sua experiência empresarial lhe havia preparado para isso. Na educação, promoveria o aumento do ensino técnico, em parceria com setor privado, visando a redução dos gastos públicos. O discurso nacionalista seria usado, exaltando o Brasil como um país que precisa assumir uma posição de protagonismo no cenário global.

No enfrentamento com Collor, Silvio se manteria sereno, sem partir para ataques diretos, e demonstrando respeitado com toda a oposição, colocando-o como um unificador, em um Brasil que não tinha mais tempo para a divisão.

Silvio sairia ainda mais forte do debate, e o Segundo Turno se aproximava cada vez mais, e cada vez mais brasileiros estavam prontos para votar 26.

🗳️ Segundo Turno – Silvio Santos x Collor (1989)

Resultado Nacional Simulado

Região

Silvio Santos (%)

Fernando Collor (%)


Sudeste

61%

39%


Sul

58%

42%


Centro-Oeste

54%

46%


Norte

49%

51%


Nordeste

46%

54%


Brasil (Total)

55,3%

44,7%


🗺️ Desempenho por Estado (Resumo Descritivo)

Vitória de Silvio Santos:

  • São Paulo (63%) – Seu reduto natural, com forte apelo popular e empresarial.

  • Rio de Janeiro (59%) – Alto alcance do SBT e imagem de comunicador carismático.

  • Minas Gerais (58%) – Conquista com discurso conciliador e pragmatismo.

  • Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (~57%) – Reação positiva ao discurso liberal moderado e modernizador.

  • Distrito Federal e Goiás (~55%) – Boa recepção de seu plano econômico simplificado.

  • Espírito Santo e Mato Grosso (~53%)


🔶 Disputa acirrada (vitória ou derrota por pouco):

  • Amazonas, Pará, Rondônia (~50% para Collor) – Voto dividido, com Collor levando vantagem por sua imagem de “caçador de marajás”.

  • Bahia e Pernambuco (~52% para Collor) – Resistência de parte do eleitorado tradicional de Lula e Brizola, que migra parcialmente para Collor no 2º turno.

Vitória de Collor:


  • Alagoas (66%) – Estado natal de Collor.

  • Sergipe, Maranhão, Piauí (~55%) – Herança do voto nordestino a Collor/Lula.

    Esse seria o início de uma NOVA ERA na história nacional, e Silvio Santos, iniciaria um trabalho nunca antes visto no país, ascendendo um farol de esperança, no momento mais sombrio do Brasil.

Capítulo 2: O Patrão no Poder

Silvio iniciaria seus trabalhos em 1990, para cumprir um mandato de cinco anos, sem direito a reeleição, pelo menos até aquele momento. Ele então iniciaria seu plano de unificação nacional, reunindo-se com os Governadores eleitos por todo o país, moldando alianças, promovendo um país de mãos dadas.

Seus Ministros seriam escolhido de forma técnico, visando nomes de grande reconhecimento em suas respectivas áreas, aproveitando para promover nomes famoso ao grande público, para aumentar sua capilaridade em todas as camadas da sociedade.

Silvio unificaria a política, com nomes da direita e da esquerda, nacionalmente reconhecidos, como Pelé nos Esportes, que seria importantíssimo para o contato com o povo. João Saad foi um mestre da comunicação, tendo sido Presidente do grupo Band por décadas. Com os Ministros eleitos, seria possível observar as reações do mercado ao novo Governo, que seriam consideravelmente positiva.

📈 Reação dos Indicadores Econômicos

PIB:

O mercado reage com otimismo cauteloso. Em 1990, o crescimento é modesto, mas positivo: +1,2%. Com a estabilidade política e reformas graduais, o Brasil volta a crescer acima de 3% em 1992.

Inflação:

Ainda altíssima no início do governo (acima de 80% ao mês), mas medidas progressivas e o diálogo com economistas da oposição permitem a incubação do Plano Real antes do previsto. A hiperinflação começaria a ceder já em 1992.

Mercado financeiro e câmbio:

O dólar inicialmente dispara com a incerteza de um presidente outsider. Porém, com uma equipe técnica respeitada e apoio do Congresso, a confiança retorna. A bolsa de valores (Bovespa) cresce 18% no primeiro ano.

Investimentos estrangeiros:

Após a cautela inicial, Silvio visita os EUA e Japão, onde seu carisma conquista empresários. O Brasil fecha acordos bilionários com empresas como Sony, GM e Mitsubishi.

Sua relação com o Congresso seria cordial, ao contrário do que fez Collor, que parecia travar uma guerra com o Legislativo. Mas, seu principal trunfo, seria o contato com o povo, estando semanalmente na televisão, falando diretamente com a população, explicando seus projetos, e reforçando seus compromissos, crescendo sua confiança no meio popular.

Com as bases consolidadas, Silvio poderia começar a trabalhar com todo seu potencial, e enfim teríamos mudanças palpáveis, especialmente na economia.

Capítulo 3: Brasil Para Todo Mundo

A primeira missão do novo governo era clara, deter a hiperinflação, e Silvio já teria um plano em mente.

Liderado pelo Ministério da Fazenda, o ´´Plano da Verdade´´, seria o Plano Real dessa realidade, visando estabilizar de uma vez por todas a economia nacional.

🧠 Principais medidas do plano:


  1. Criação de uma nova moeda de transição: o CTV (Crédito de Transação de Valor)Inspirado na URV real, seria usada para reajustar salários, preços e contratos antes da introdução da nova moeda definitiva.


  2. Corte emergencial de gastos públicos improdutivos: Silvio corta benefícios de parlamentares e privilegia áreas essenciais, ganhando apoio popular e pressionando o Congresso.


  3. Desindexação de contratos e preços: Os economistas convencem Silvio da necessidade de acabar com a espiral inflacionária nos aluguéis, serviços e salários.


  4. Foco em responsabilidade fiscal + comunicação simples: Silvio, mestre da comunicação de massa, grava programas explicando pessoalmente as mudanças para o povo, com linguagem clara e didática, transmitidos no horário nobre.


  5. Criação do “Conselho Econômico Nacional”: Formado por empresários, líderes sindicais e economistas. Apesar de simbólico, ajuda a manter estabilidade política e confiança no plano.

📊 Resultados iniciais:

  • A hiperinflação, que girava em torno de 1.800% ao ano em 1989, começa a cair progressivamente em 1991, atingindo 400% em 1992 e ficando abaixo de 50% em 1993.

  • A confiança no governo cresce. O dólar estabiliza. Investidores nacionais voltam a operar com menos medo.

  • O consumo popular se recupera, favorecendo a indústria e o comércio.

Com a economia em ordem, seria possível lançar outros programas fundamentais para reestabelecer o desenvolvimento no Brasil, focando nas áreas mais vitais da sociedade brasileira.


🏭 ECONOMIA E INDÚSTRIA — “Quem quer crescer o Brasil?”

Silvio inicia sua agenda econômica com foco no mercado interno e no incentivo à indústria nacional. Com apoio do Ministro Antonio Ermírio de Moraes e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), são criadas políticas de crédito facilitado para pequenas e médias empresas, o “Brasil Empreendedor”.

Principais ações:

  • Redução de impostos para pequenas indústrias que gerassem emprego formal.

  • Lançamento de parques industriais no Centro-Oeste e no Norte, com incentivo fiscal.

  • Criação do Programa “Produza Brasil”, que substitui importações por produtos brasileiros.

  • Reabertura de negociações comerciais com China e Alemanha, com foco em exportação de commodities e bens de consumo.

📉 Impacto: O desemprego começa a cair em 1991. A indústria de eletrodomésticos, vestuário e calçados tem crescimento acelerado em 1992.


📡 COMUNICAÇÕES — “Agora todo mundo vai me ver!”

Silvio entende o poder da mídia como poucos. Ele amplia investimentos em infraestrutura de telecomunicações e democratização da informação.

Ações marcantes:

  • Criação do programa “TV Pública Nacional”, com sinal gratuito e conteúdo educativo em parceria com o MEC.

  • Incentivos para expansão de rádios comunitárias nas periferias urbanas e no interior do país.

  • Parceria com universidades para criar cursos técnicos em radiodifusão, jornalismo e engenharia de telecomunicações.

🔌 Impacto: A cobertura televisiva e radiofônica cresce de 64% para 85% entre 1990 e 1993, aproximando o governo do povo.


📚 EDUCAÇÃO — “Quem estuda, vence!”

Silvio faz da educação uma das vitrines do seu governo, com a ajuda de Darcy Ribeiro, nome respeitado por todos os setores.

Programas criados:

  • EducaBrasil: construção de 2.000 escolas de ensino fundamental em regiões carentes.

  • Aumento no salário dos professores da rede pública.

  • Ampliação do número de universidades federais, com destaque para o Programa Universidade no Interior.

  • Introdução de material didático em audiovisual (vídeos e rádios escolares).

🎓 Impacto: A evasão escolar no ensino fundamental cai de 32% para 19% até 1993.


❤️ SAÚDE — “A saúde vem em primeiro lugar!”

Silvio dá liberdade total à ministra Zilda Arns para estruturar programas de saúde básica com foco em prevenção e combate à mortalidade infantil. É criado o Programa Nacional da Primeira Infância, que combina vacinação, pré-natal e nutrição.

Outras medidas:

  • Expansão de postos de saúde em áreas rurais.

  • Distribuição nacional de kits de higiene e medicamentos essenciais.

  • Incentivo à formação de agentes comunitários de saúde.

  • Campanhas de prevenção ao HIV

🚑 Impacto: Entre 1990 e 1993, a taxa de mortalidade infantil tem a maior queda da história até então, e o SUS (ainda embrionário) começa a ser organizado de forma mais coesa.

Com o Brasil em franca ascensão, Silvio teria de lidar com novas questões, assim como Itamar Franco teve de lidar em 1993. A recém criada Constituição de 1988, deixava brechas que seriam corrigidas ao longo dos anos, mas, uma das exigências de certos setores sociais, era de um plesbicito para tratar da forma de Governo no país, onde a população teria de escolher entre Parlamentarismo, Presidencialismo, e Monarquia Constitucional.

O PSDB de FHC defenderia o Parlamentarismo, e o PT, o Presidencialismo, enquanto a Monarquia seria rapidamente rechaçada por boa parte da público, por soar como um regime autoritário.

Silvio ficaria tentando a estabelecer o Parlamentarismo no país, mas também, desejaria manter-se no cargo por mais um mandato, para garantir que a transição de poder fosse feito de maneira estável. Com isso, ele negociaria com o PSDB e seus aliados, para ratificar seu apoio, em troca de uma opinião favorável a reeleição no Congresso.

Abravanel levaria a questão da reeleição ao grande público, que a veria com bons olhos, uma vez que a popularidade do Presidente estaria em alta, por volta de 1993. Não teria outro homem capaz de promover tais mudanças no país de forma organizada, que não Silvio Santos.

Popularidade (aprovação pública)

Ano

Silvio (estimado)

1990

80% (lua de mel)

1991

65%

1992

55% (queda com crise econômica)

1993

70% (retomada com crescimento)

Capítulo 4: Reconstruindo as Bases

Em 1993, Silvio Santos enfrenta um dos maiores testes políticos de seu governo: o plebiscito sobre o sistema de governo. Marcado para abril, o povo seria convocado a decidir entre:

  • Presidencialismo (modelo vigente)

  • Parlamentarismo

  • Monarquia constitucional

Com sua popularidade ainda em alta após os avanços no combate à hiperinflação e um estilo de governo comunicativo e conciliador, Silvio surpreende os aliados ao declarar apoio ao Parlamentarismo.

Nos bastidores, Silvio articula um acordo com o PSDB, partido que liderava a defesa do Parlamentarismo com figuras como Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso.

  • Em troca do apoio do governo ao novo sistema, Silvio exigiria o apoio político e jurídico do PSDB a uma emenda constitucional que permitiria a reeleição presidencial.

  • A justificativa pública era simples: “Um sistema novo precisa de um líder conhecido para guiar a transição”.

O acordo divide opiniões dentro e fora do partido, mas Fernando Henrique, percebendo a força popular de Silvio, aceita negociar. Porém, o PSDB almejaria uma parte no Governo, através do próprio FHC, preferencialmente, como Vice-Presidente de Silvio e Primeiro-Ministro.

Com pleno apoio governamental e de diversos partidos, o Parlamentarismo triunfa com 55% dos votos, contra 40% para do Presidencialismo, e apenas 5% para a Monarquia.

Assim sendo, a reeleição entre em pauta, mas, serve de bode expiatório para a oposição, especialmente de Esquerda, temendo um plano de poder além do aceitável. Os acordos secretos, privatizações e erros do Governo, seriam apontados diariamente pela oposição, e previamente, Lula e Brizola formariam uma aliança, vendo a união de seus eleitorados, como a única chance de tirar Silvio do Governo.

Porém, boa parte do empresariado, imprensa, partidos e público, aprovariam a medida, por aprovar o trabalho do Presidente, e temer uma mudança brusca de poder. Assim sendo, Silvio se prepara para as eleições de 1994.

Capítulo 5: O Segundo Mandato

O governo Liberal de Silvio obteria grande sucesso, especialmente pela escolha de seus Ministros, adaptando-se perfeitamente as necessidades de cada uma de suas áreas, abrindo mão de ideologias.

A promessa de Silvio seria tornar o Brasil uma potência. Fora da crise, era hora de ascender ao topo do mundo. As relações amigáveis com as principais potências internacionais, abriria portas para esse sonho.

🌍 Um Brasil Internacionalizado

Silvio percebe que para garantir prosperidade e estabilidade, o país precisa se abrir ao mundo, mas com critério. Seu governo, agora em moldes parlamentaristas, adota um modelo de privatização “casual e estratégica”:

  • Telebrás é privatizada com forte regulação estatal, modernizando as telecomunicações e conectando o Brasil ao novo milênio digital.

  • Empresas de logística e energia passam por parcerias público-privadas, mantendo parte do controle nas mãos do Estado.

  • Os Correios e a Petrobrás seguem públicos, mas com reformas internas para aumentar competitividade e eficiência.


🤝 Diplomacia Pop: EUA, China e Europa

A política externa é marcada por uma abordagem pragmática e cordial. Silvio visita os principais líderes mundiais com seu tradicional carisma:

  • Alinha-se comercialmente aos EUA para garantir tecnologia, segurança e acesso a capitais.

  • Mantém boas relações com a China, exportando commodities e abrindo espaço para investimentos em infraestrutura.

  • A Europa é seu foco político, participando ativamente em fóruns e aproximando o Mercosul da União Europeia.


O Brasil assume a liderança do Mercosul, estabelecendo-se como o principal articulador econômico e diplomático da América do Sul, enquanto Argentina e Chile seguem a liderança brasileira.

A corrida eleitoral se inicia, com uma imensa polarização entre a chapa Silvio/FHC e Lula/Brizola, com duas visões muito distintas de Brasil.

🎙️ O Horário Eleitoral: Um Espetáculo Nacional

📺 Silvio Santos e FHC

  • Apresentação midiática impecável: Silvio transforma o horário eleitoral em um verdadeiro show de comunicação ágil, otimista, recheado de jingles e depoimentos de brasileiros que "venceram na vida".

  • FHC assume o papel técnico, detalhando os números da economia, apresentando gráficos e projetos sociais em andamento.

  • Frases de impacto como:

    “O Brasil voltou a sorrir. Agora, vamos garantir o futuro com estabilidade!”

🎤 Lula e Brizola

  • Apelam para o sentimento de injustiça social, com Lula relembrando sua origem operária e criticando as privatizações.

  • Brizola evoca o nacionalismo popular e ataca o que chama de "entreguismo" do governo.

  • Apresentam propostas como:

    • Reestatização da Telebrás.

    • Taxação progressiva sobre grandes fortunas.

    • Investimentos maciços em educação pública.

      📊 Resultado Especulativo do 1º Turno

Candidato

Partido

Votos (%)

Silvio Santos

PMB

41,5

Lula (com Brizola)

PT/PDT

29,7

Quércia

PMDB

10,2

Enéas Carneiro

PRONA

7,8

Espiridião Amin

PPR

4,3

Roberto Freire

PCB

2,1

José Maria Eymael

PSDC

1,1

Brancos/Nulos

3,3

A maioria dos candidatos demonstraria respeito as políticas de Silvio, mas seriam oposição a sua candidatura, por questionar a reeleição, algo que seria enfatizado no horário eleitoral e comícios. Silvio dedicaria seu horário eleitoral a explicar sua escolha pela reeleição, e é claro, exaltar todos os avanços de seu Governo, além de usar e abusar do Jingle chiclete ´´É o 26´´. Mas, o grande divisor de águas dessa eleição, seria novamente, o debate na Globo.

🗣️ Destaques do Debate

🔴 Lula (agressivo e direto):

“Silvio, o senhor vende sabonete, mas governar o Brasil não é como fazer propaganda de carnê do Baú. O povo precisa de política séria, não de truques de auditório! Reeleição? Isso é golpe branco! O senhor sequer sabe o que é a reforma agrária!”

🔵 Silvio Santos (sereno, carismático):

“Ô Lula, você sabe que eu respeito você... Mas o povo sabe em quem confiar. Eu não vivo de sindicato, vivo de trabalho. E agora, estou aqui para dar oportunidade, pra dar estabilidade, pra dar dignidade. É disso que o Brasil precisa.”

🟡 Quércia:

“O problema não é o Silvio ser comunicador. O problema é reeleição em um país onde nem temos leis firmes pra isso. O PMB tá querendo legislar em causa própria.”

⚫ Enéas:

“Esse debate é uma palhaçada! O país está dominado por demagogos! O Brasil precisa de ordem, de nacionalismo e de um plano estratégico militar. Chega de oba-oba!”

🟣 Amin:

“O Brasil precisa de experiência administrativa. Nem o operário da esquerda, nem o empresário da televisão resolverão nossos problemas.”

🎬 Clímax do Debate

Lula (batendo na mesa):

“O senhor fala em dignidade, Silvio? Mas e os direitos dos trabalhadores? E o salário mínimo? O senhor quer entregar tudo para a iniciativa privada?”

Silvio (com sorriso contido):

“Lula... Você sabe o que é pagar salário pra mais de 3 mil funcionários? Eu sei. Eu faço isso todo mês. E vou fazer pelo Brasil, com responsabilidade. Sem discurso de palanque.”

Silvio sairia bem do debate, resistindo ao ataque coordenado de todos os candidatos, algo percebido pelo povo, o que aumentaria ainda mais o prestígio do apresentador, que obteria votos extras no eleitorado de Quércia, Amin e até mesmo de Lula, com muitos percebendo o compromisso de Silvio com todos os cidadãos, e confiando de que com o país estável, mudanças ainda maiores e decisivas para suas vidas. Com sua imagem ilibada, Silvio para a votação.

Eleições Presidenciais de 1994 – Resultado Simulado (1º Turno)

Vitória de Silvio Santos com ampla margem, sem necessidade de segundo turno

Região

Estado

Silvio Santos (%)

Lula (%)

Outros Candidatos (%)

Sudeste

São Paulo

56,2%

20,5%

23,3%


Rio de Janeiro

52,1%

27,4%

20,5%


Minas Gerais

58,0%

22,0%

20,0%


Espírito Santo

59,5%

19,0%

21,5%

Sul

Paraná

60,2%

18,0%

21,8%


Santa Catarina

61,7%

17,3%

21,0%


Rio Grande do Sul

41,0%

45,0%

14,0%

Centro-Oeste

Goiás

64,5%

15,0%

20,5%


Mato Grosso

62,3%

16,2%

21,5%


Mato Grosso do Sul

60,1%

18,0%

21,9%


Distrito Federal

63,7%

17,3%

19,0%

Nordeste

Bahia

47,5%

38,0%

14,5%


Pernambuco

49,1%

37,0%

13,9%


Ceará

50,0%

35,5%

14,5%


Maranhão

46,2%

39,8%

14,0%


Demais estados do NE (média)

48,0%

37,0%

15,0%

Norte

Pará

51,4%

34,0%

14,6%


Amazonas

52,5%

32,3%

15,2%


Acre, Rondônia, etc. (média)

53,0%

31,0%

16,0%

Silvio teria uma votação expressiva em todas as regiões do Brasil, vencendo ainda em Primeiro Turno, obtendo números ainda mais impressionantes nas principais Capitais do País.

🗳️ Resultados Especulativos por Capitais – Eleição Presidencial 1994

Capital

Estado

Vencedor

Silvio Santos (%)

Lula (%)

Outros (%)

São Paulo

SP

🟦 Silvio

58,3%

24,0%

17,7%

Rio de Janeiro

RJ

🟦 Silvio

54,1%

28,5%

17,4%

Belo Horizonte

MG

🟦 Silvio

60,0%

21,0%

19,0%

Brasília

DF

🟦 Silvio

63,7%

17,5%

18,8%

Curitiba

PR

🟦 Silvio

62,4%

17,1%

20,5%

Porto Alegre

RS

🔴 Lula

44,0%

49,5%

6,5%

Florianópolis

SC

🟦 Silvio

60,5%

18,2%

21,3%

Salvador

BA

🟦 Silvio

48,8%

39,3%

11,9%

Assim, pela primeira vez desde a redemocratização, um Presidente foi reeleito, e sob sua ordem, um novo estilo de Governo, que promete manter a estabilidade no país com a chegada do novo século, Silvio Santos, do PMB, era novamente o Presidente da República Federativa do Brasil.


Capítulo 6: O Fim do Ciclo

Retomando os trabalhos em 1995, Silvio aproveitaria o pleno apoio do novo Parlamento e Primeiro-Ministro, para aprovar projetos fundamentais para elevar o Brasil a um novo patamar de desenvolvimento.

🏛️ Aliança com o Parlamento e as Reformas Legislativas

Sob o novo regime parlamentarista, Silvio, agora na figura de Chefe de Estado e Líder Nacional, trabalha lado a lado com o Primeiro-Ministro FHC (que renuncia em 1997 para disputar a presidência do Parlamento), impulsionando um pacote legislativo ambicioso, com foco em:

  • Segurança Pública:

    • Criação de uma Força Nacional Integrada, com apoio federal a estados em crise.

    • Reforma das polícias, com modernização, treinamento e fiscalização.

    • Leis mais rígidas para crimes violentos, com estabelecimento da prisão perpétua.

  • Combate à Corrupção:

    • Criação de uma Controladoria Geral Independente.

    • Lei de Ficha Limpa (antecipada).

    • Implantação de transparência digital nas contas públicas.

  • Tecnologia e Indústria:

    • Criação de polos industriais tecnológicos em Campinas, Recife e Porto Alegre.

    • Acordos de transferência de tecnologia com Alemanha, Japão e Estados Unidos.

    • Incentivo à pesquisa nacional com bolsas e parcerias entre universidades e empresas.

Com uma indústria estável, e corrupção sob controle, Silvio teria plenas capacidades de elevar o Brasil as maiores economias do mundo:

📈 Resultados Econômicos e Geopolíticos

Com uma equipe técnica forte e articulações bem-sucedidas no exterior, o Brasil entra em um ciclo virtuoso de crescimento:

Indicador Econômico

1994

1998 (fim do 2º mandato)

PIB (US$ trilhões)

0,54

1,15

Inflação anual (%)

22,4%

5,9%

IDH

0,683

0,736

Ranking Econômico

11º

7º mundial

Investimento estrangeiro

US$ 8 bi

US$ 36 bi

A diplomacia brasileira brilha. Silvio se torna uma figura midiática global, e o Brasil lidera o Mercosul com autoridade, sendo chamado a reuniões do G8 como convidado permanente. A proximidade com Europa e EUA é equilibrada por relações estratégicas com a Ásia e África lusófona.

Porém, uma das promessas de Silvio, era fazer com que esse crescimento chegasse as casas de todo o povo brasileiro, e agora, com um crescimento ascendente, seria o momento de desenvolver programas e medidas para garantir a dignidade social das camadas mais pobres da sociedade.

🧩 Ascensão Social e Responsabilidade Fiscal

Mesmo com foco em crescimento e reformas estruturais, Silvio não ignorou as camadas mais vulneráveis da população. Com sua habilidade comunicativa e intuição popular, ele compreendeu a urgência de resgatar milhões de brasileiros da miséria, mas sem comprometer as contas públicas.

Entre os programas sociais do segundo mandato, destacam-se:

  • Programa "Família Brasileira" – Um sistema de transferência de renda com foco em:

    • Educação obrigatória e acompanhamento escolar das crianças.

    • Incentivos fiscais a famílias com vacinação em dia.

    • Cartão eletrônico com controle de gastos e metas mensais.

  • "Minha Terra, Minha Renda" – Reforma agrária modernizada com assistência técnica, financiamento e criação de cooperativas rurais integradas ao mercado externo.

  • "Saúde para Todos" – Ampliação de postos de saúde em periferias urbanas e zonas rurais, com foco em saneamento, saúde preventiva e digitalização de prontuários.

  • "Brasil Empreendedor" – Linhas de microcrédito com parceria entre o Banco do Brasil e agências regionais para fomentar pequenos negócios, especialmente no Norte e Nordeste.

Essas iniciativas contribuíram para um salto significativo no padrão de vida das classes C, D e E, criando um novo consumidor e cidadão mais integrado à economia formal, sem gerar desequilíbrio fiscal ou inflação.

Indicador Social

1994

1998 (fim do 2º mandato)

Pobreza extrema (% população)

23%

11,4%

Classe média consolidada

32%

47%

Cobertura vacinal infantil

72%

93%

Mortalidade infantil

37/1000

19/1000

Déficit público (%)

-3,8%

-1,1%

O Governo Silvio seria considerado um modelo para as futuras gerações, como um exemplo de superação, de um homem que saiu da pobreza até os milhões, e que mesmo assim, não abriu mão de sua humanidade, dedicando 8 anos de sua vida para levar seu país a um lugar melhor, mostrando-se digno de todos aqueles que depositaram sua confiança nele. Sua aprovação pelo DataFolha batia os 82%, elevando-o a posição de um verdadeiro ícone nacional, respeitado por todos os setores da sociedade brasileira.

✅ Avaliação Final de Governo

Indicador

Início do Mandato (1990)

Fim do Segundo Mandato (2002)

Inflação (IPCA anual)

1.764%

6,2%

PIB per capita (US$)

US$ 2.700

US$ 6.400

IDH

0,590

0,732

Dívida externa (% PIB)

38%

21%

Índice de confiança (internacional)

Baixo

Alto (grau de investimento)

Aprovação popular

83% (Datafolha 2002)

Após o fim do mandato, Silvio retorna ao SBT, agora transformado em um verdadeiro império midiático latino-americano, com forte presença digital, canais internacionais e uma nova geração de comunicadores formados sob sua tutela.

Ele passa a atuar como "patrono moral" da democracia brasileira, sempre convocado para mediações importantes e homenagens. Não voltou a disputar cargos, mas permaneceu como o brasileiro mais popular do país por mais de uma década, sendo comparado a figuras como Mandela, Churchill e Juscelino.

Em 2006, ao completar 75 anos, lança sua autobiografia "Quem Quer Mandar no Brasil?", que se torna o livro mais vendido da história política nacional.

Silvio se despede da vida pública aos poucos, com entrevistas ocasionais e aparições pontuais. Seu legado político é celebrado em escolas, universidades e nas ruas. Um busto dourado em Brasília eterniza a frase que disse ao deixar o Planalto:

“Eu entrei como camelô, saio como brasileiro. E deixo um país melhor do que encontrei.”




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É O 26, COM SILVIO SANTOS CHEGOU A NOSSA VEZ!

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Line Li
Line Li
há 3 dias

Silvio Santos o ÍCONE DA TV BRASILEIRA

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