Multiverso da História: E SE A URSS VENCESSE A GUERRA FRIA?
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Em 1991, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas conheceu seu fim, com o colapso completo do sistema socialista nas dezenas de países membros do bloco vermelho. Naquele momento, os Estados Unidos assumiram o posto de única superpotência mundial, não havia mais um rival a altura de seus ideais, poder bélico ou cultural. Mas, e se fosse diferente? E se União Soviética conseguisse se ajustar as dificuldades? E os Americanos, se perdessem em suas crises? Como seria, se o mundo fosse vermelho? É isso que vamos descobrir hoje, em mais um episódio do multiverso da história.
De antemão. Afirmo que essa simulação foi feita com consultas no Chat GPT sobre o que possivelmente aconteceria. Aqui, estamos centrados em construir uma fantasia política, como entretenimento, NÃO COMO PROPAGANDA. Aqui, não estamos nos comprometendo com espectro político algum, com o intuito que esse seja um conteúdo que possa ser consumido sem distinção, tanto por esquerdistas, quanto por direitista. Sem mais delongas, vamos começar!

Capítulo 1: Sul Vermelho

Pouco após a Revolução Cubana, a URSS decidiria expandir seu domínio sobre a América do Sul, percebendo o impacto que isso teria sobre a influência norte-americana, podendo barrá-los culturalmente e economicamente, com projetos para fechar as rotas comerciais do Bloco Capitalista na região.
Na nossa realidade, os EUA agiram primeiro e detiveram os avanços comunistas na América do Sul, na maioria dos casos, implementando regimes militares como barreira, como ocorreu no Brasil, Chile e Argentina.
Nesse caso, os soviéticos agiriam primeiro, fortalecendo presidentes como João Goulart no Brasil e Frondizi na Argentina. Esses governantes tentavam uma transição discreta ao socialismo, mas os soviéticos iriam pressionar, acelerando o processo de transição.
O que se seguiu foi uma sequência de intervenções armadas simultâneas:
Tropas soviéticas desembarcaram em portos brasileiros como Santos e Recife, oficialmente para “proteger aliados do povo”.
Na Argentina, conselheiros militares e tanques de origem russa circulavam discretamente pelas ruas de Córdoba e Rosário.
No Chile, o movimento estudantil ganhava força com o apoio de rádios clandestinas financiadas por Moscou.
Obviamente, essa interferência militar em diversos países resultaria em uma intervenção internacional e conflitos dentro dos países.
Washington estaria ansiosa para responder, mas, com a Guerra do Vietnã, sua capacidade de interferir estaria limitada, não apenas pelos extensos gastos e baixas militares, mas também pela moral manchada na mídia e na opinião de boa parte do povo. Assim, os Estados Unidos apoiariam com armamento e logística os grupos de resistência em países como Brasil, Argentina e Chile. Destroieres soviéticos se instalariam na costa brasileira e despachariam suas tropas a partir dali.
🗺️ Tabela: Status dos Países Sul-Americanos (em 1964)
País | Situação Política | Alinhamento Geopolítico | Observações |
Brasil | Governo socialista pró-URSS | Bloco Soviético | Tropas soviéticas em solo; nacionalização de empresas estrangeiras. |
Argentina | Governo revolucionário de esquerda | Bloco Soviético | Frondizi destituído por conselho popular apoiado por Moscou. |
Chile | Democracia instável | Neutro (com viés pró-EUA) | Influência crescente de movimentos de esquerda. |
Uruguai | Democracia liberal | Alvo de propaganda soviética | Foco em infiltração ideológica e sindical. |
Bolívia | Governo militar fraco | Oscilante | Instável, com guerrilhas em ambos os lados. |
Paraguai | Ditadura conservadora | Aliado dos EUA | Recebe armamento norte-americano. |
Peru | Democracia autoritária | Pró-EUA | Permite bases de observação da CIA. |
Venezuela | Democracia frágil | Alvo de influência cubana | Situação interna tensa, mas sob controle. |
Colômbia | Democracia liberal | Aliado dos EUA | Apoia ações logísticas contra o Eixo Vermelho. |
Equador | Neutro | Pressionado por ambos os lados | Dividido entre elite pró-Ocidente e movimentos populares. |
Os comunistas se manteriam instalados no Brasil e na Argentina, e a partir dessas bases, iriam expandir-se, unindo forças com as tropas revolucionárias de ambos os países. Os Estadunidenses, ainda isolacionistas nesse cenário, se limitariam a fornecer treinamento e equipamentos aos países ainda foram do Bloco Comunista. A situação era tensa, os EUA precisavam decidir, abandonar o Vietnã e impedir o avanço socialista na América? Deixar os dois conflitos e acalmar os ânimos populares? Ou abrir dois fronts? A contragosto da opinião pública, a possibilidade de uma guerra direta contra os vermelhos tornava-se cada vez mais próxima.
Força | País/Aliança | Números Estimados (1964) | Função Principal |
Exército Vermelho (URSS) | União Soviética | 35.000 soldados na América do Sul | Intervenção militar direta e logística. |
Força Revolucionária Brasileira | Brasil (socialista) | 50.000 soldados + milícias | Controle interno e repressão a dissidentes. |
Milícias Populares Argentinas | Argentina (socialista) | 40.000 combatentes | Tomada de instituições e resistência rural. |
Grupos Contra-Revolucionários | Apoio dos EUA | ~25.000 no total | Guerrilhas urbanas e sabotagem industrial. |
Força Aérea Soviética | União Soviética | 120 aeronaves (operando do Brasil) | Supremacia aérea e defesa costeira. |
CIA e Operações Especiais | Estados Unidos | Presença não declarada | Coordenação de ações secretas e inteligência. |
🎯 Consequências Diretas nos EUA (1964)
📉 Crise no mercado de commodities: Exportações sul-americanas controladas por governos socialistas são redirecionadas para o bloco soviético, quebrando contratos com empresas americanas.
🛢️ Choque no petróleo e no café: Brasil e Venezuela (pressionada) formam uma aliança energética regional, elevando preços e pressionando Wall Street.
📰 Opinião pública americana em colapso: A mídia, já crítica à guerra do Vietnã, passa a especular uma nova guerra “ao sul”, para “proteger os valores da América”.
🧨 Debate militar: o Pentágono propõe um bloqueio naval ao Brasil e planos de infiltração no Paraguai e Chile para conter o avanço comunista.
💥 Risco de Guerra Total: em 1965, pela primeira vez desde a Crise dos Mísseis de Cuba, o termo “terceira guerra mundial” volta aos noticiários.
Capítulo 2: O Xadrez Mundial

Os EUA reúnem-se com seus aliados mais poderosos, como Reino Unido, França e Japão, e estudam a viabilidade de uma intervenção na América do Sul, que divide opiniões. Os britânicos se mostram favoráveis, mas os japoneses preveem um conflito de larga escala, algo prejudicial a longo prazo.
Enquanto isso, soviéticos e chineses fecham um acordo vital, deixando de lado suas divergências, e aliando-se definitivamente. Os soviéticos precisariam de um aliado forte, caso um conflito maior explodisse na América, além de uma parceiro comercial em plena crescimento.
Pressionando pela mídia e movimentos sociais, o governo enfim abre mão do conflito do Vietnã, deixando-o nas mãos dos comunistas, mas não após milhares de mortes e uma imagem pública bastante desgastada, que serviu para aumentar a moral soviética.
Enfim, os diplomatas estadunidenses soltam a carta que definiria a tônica do conflito. Um boicote econômico a todos os países sul-americanos alinhados aos soviéticos, incluindo bloqueios marinhos, impedindo o comércio naval. Além disso, um acordo seria firmado entre os países alinhados ao Bloco Capitalista, prometendo intervenção direta caso os soviéticos se expandissem sobre eles.
Os soviéticos não ficam por baixo. O bloqueio naval iria comprometer totalmente seu plano de linha comercial com a América do Sul. Com isso, eles dão um ultimato. Ou os americanos removem seus navios, ou eles irão responder com força.
Em um impasse completo, os países escolhem seus lados. Britânicos e franceses se unem aos americanos, deixando suas marinhas à disposição. Com a criação do MAD (Destruição Mútua Assegurada), o uso de armas atômicas em conflitos que não envolvessem diretamente os territórios das potências era inconcebível.
Bloco Socialista Global | Bloco Capitalista Ocidental |
União Soviética | Estados Unidos |
China | Reino Unido |
Brasil e Argentina Socialistas | França |
Cuba, Vietnã, Coreia do Norte | Canadá, Austrália, Itália |
Movimentos pró-socialistas na África | Japão (apoio logístico e neutro) |
Os lados estavam definidos, e as ameaças estavam no ar. Os gastos militares de todos os envolvidos começavam a crescer, e a mídia não parava de comentar. Porém, os países do Bloco Capitalista sentiam dificuldade, seu povo não queria outra guerra, e o Vietnã já havia provado isso. Apesar da propaganda, muitas pessoas não se convenceram. Na URSS, a doutrinação impedia que a maioria da população se opusesse a isso. Para os sul-americanos, era uma luta por uma segunda independência, para livrar-se dos mandos e desmandos, seja dos Estados Unidos, seja da União Soviética.
Os líderes capitalistas se decidem entre si, se a situação continuar, haverá conflito direto, e a mesma coisa se confirma do lado comunista.
O tempo passa, e o bloqueio americano permanece, e suas exigências aumentam. Agora, eles desejavam a retirada das forças soviéticas da América do Sul. Isso não seria aceito. Era um momento de tensão, quem piscasse primeiro, iniciaria a guerra. Os soviéticos decidem dar o primeiro passo em Abril de 1966, e utilizam seus destroieres para atacar o bloqueio naval norte-americano. Simultaneamente, eles avançam sobre o Paraguai, tentando anular o principal aliado capitalista na região. Sem escolha, os EUA cumprem sua promessa e enviam suas tropas para o Paraguai, enquanto a Marinha Britânica envia reforços junto à Marinha Estadunidense para responder ao ataque vermelho. Uma guerra pela América se iniciava.
Capítulo 3: Guerra pela América

Os EUA enviam milhares de soldados ao Paraguai, unindo forças com outros aliados locais como Peru e Chile. Enquanto isso, suas forças combatiam diretamente os soviéticos na costa brasileira, com o auxílio de dezenas de navios Britânicos.
Do lado soviético, as forças armadas de Brasil e Argentina são devidamente treinadas e equipadas, e lutam junto as tropas soviéticas pela manutenção na ocupação do Paraguai, uma vez que ainda não tinha tropas terrestres suficientes.
Forças Terrestres Envolvidas (Início do Conflito – Abril de 1966)
Exército / Grupo | País / Aliança | Efetivo Estimado | Localização Inicial | Função Principal |
Exército Vermelho Soviético | URSS | 50.000 soldados | Brasil (Minas Gerais, Bahia), Argentina (Córdoba) | Avanço terrestre e apoio aos aliados locais |
Exército Popular Brasileiro | Brasil Socialista | 65.000 soldados | Fronteiras com Paraguai e Bolívia | Defesa territorial e suporte ao avanço soviético |
Milícias Argentinas Revolucionárias | Argentina Socialista | 40.000 milicianos | Norte da Argentina e região andina | Guerrilha e sabotagem em áreas hostis |
Forças Armadas do Paraguai | Paraguai (pró-EUA) | 30.000 soldados | Assunção, fronteira norte | Defesa nacional e contenção do avanço vermelho |
Fuzileiros Navais dos EUA (1ª Divisão) | Estados Unidos | 20.000 soldados | Sul do Paraguai (encaminhados via Argentina) | Reforço tático contra os soviéticos |
Unidades Especiais Britânicas (SAS) | Reino Unido | ~5.000 operacionais | Apoio a bases no Paraguai | Inteligência, sabotagem e ações rápidas |
CIA & Operadores Especiais | EUA | número indefinido | Toda a América do Sul | Infiltração, assassinatos seletivos, desinformação |
⚔️ A Frente Terrestre – A Invasão do Paraguai
🔻 Operação Martelo do Sul (URSS + Brasil)
A primeira ofensiva terrestre foi lançada pela URSS em conjunto com o Exército Popular Brasileiro. Nomeada Operação Martelo do Sul, a missão tinha um objetivo claro: tomar Assunção rapidamente, neutralizando o único aliado pró-EUA no coração do continente.
Táticas empregadas:
Ataques rápidos e coordenados com blindados soviéticos T-62, com apoio de helicópteros Mi-4, abrindo caminho pelas fronteiras de Mato Grosso do Sul e Missiones (Argentina).
Uso de guerra eletrônica para desorientar comunicações paraguaias, com interferência de rádios e sabotagem de cabos.
Milícias paraguaias pró-socialistas, infiltradas meses antes, atacaram arsenais e estações de rádio em Assunção simultaneamente ao início da invasão.
Apesar da resistência corajosa das forças paraguaias, mal equipadas e mal treinadas, o avanço soviético foi avassalador. Em cinco dias, a cidade de Encarnación caiu. Em dez dias, as tropas soviéticas estavam a 40 km de Assunção.
🟦 Contra-Ataque Aliado – Operação Rocha Livre
Em resposta, os EUA lançaram a Operação Rocha Livre, desembarcando 20.000 fuzileiros navais na fronteira sul do Paraguai, via bases improvisadas no norte argentino e apoio britânico no Atlântico.
Táticas empregadas:
Ataques coordenados com inteligência aérea, usando aviões espiões U-2 e satélites para mapear posições soviéticas em tempo real.
Uso de equipamentos de última geração, como lançadores portáteis antitanque LAW e helicópteros Huey para ataques rápidos.
Bombardeio cirúrgico de pontes e ferrovias, retardando o avanço vermelho rumo à capital.
As tropas americanas conseguiram estabilizar a linha de frente ao sul, estabelecendo um cinturão defensivo em Pilar e San Juan Bautista, enquanto forças britânicas infiltravam comandos do SAS para atacar comboios soviéticos à retaguarda.
⚓ A Frente Naval – A Batalha do Atlântico Sul
🔺 Confronto em Alto-Mar
Quase simultaneamente, a Marinha Soviética lançou uma ofensiva contra o bloqueio americano, resultando na primeira grande batalha naval em décadas. O embate ocorreu ao largo da costa entre o Recife e Fernando de Noronha.
Táticas soviéticas:
Lançamento surpresa de torpedos por submarinos da classe Victor, que afundaram dois destróieres norte-americanos.
Uso de mísseis antinavio P-15 Termit (Styx) disparados de fragatas brasileiras camufladas entre embarcações civis.
Formação em “mosaico naval”, com navios misturados a comboios comerciais, dificultando a resposta americana sem risco de danos colaterais.
Resposta americana e britânica:
A Marinha dos EUA ativou a doutrina “Zonas de Fogo Livre”, autorizando bombardeio total sobre qualquer embarcação considerada hostil na zona de bloqueio.
Porta-aviões lançaram caças F-4 Phantom para neutralizar ameaças aéreas e dar cobertura aos navios danificados.
A Royal Navy empregou destroyers Type 12 com sonares de longo alcance para caçar submarinos soviéticos.
🚢 Resultado:
Perdas soviéticas: 4 embarcações afundadas (2 destróieres, 1 submarino, 1 navio de abastecimento)
Perdas dos EUA/Reino Unido: 3 destróieres, 1 fragata britânica
A batalha terminou sem um vencedor claro, mas o bloqueio naval foi mantido, mesmo com pesadas baixas. A tensão escalava, e agora não havia mais como parar a guerra sem derramamento de sangue em larga escala.
📉 Efeitos Imediatos
Assunção em colapso: com civis fugindo, hospitais sobrecarregados e bombardeios nas imediações.
Protestos crescem em Buenos Aires e Rio de Janeiro contra a guerra — mas são rapidamente reprimidos.
ONU inoperante, com o Conselho de Segurança dividido e vetos mútuos entre EUA e URSS.
MAD (Destruição Mútua Assegurada) reforçada: uso de armas nucleares continua proibido em território fora das potências, mas a paranoia cresce.
O conflito é devastador, envolvendo gastos financeiros exorbitantes, e uma rejeição ímpar por parte do público. Principalmente entre os jovens, a guerra é motivo de protestos nos EUA e na Europa. Nos países do Bloco Socialista, tais movimentos eram suprimidos pela força, silenciando-os antes que se tornassem problemas.
O Japão estava em uma situação tensa, pois sabia que caso se envolvesse, entraria em guerra com a China. Os franceses por sua vez, abandonaram seu apoio simbólico e enviando tropas para o front terrestre. Mesmo com as duas maiores potências continentais ao seu lado, a URSS percebeu que dificilmente venceria aquela guerra, pelo menos no campo de batalha....
Capítulo 4: Guerra de Narrativas

Com a entrada francesa, os rumos do conflito começam a mudar. Após 2 anos de conflito, em 1968, os Soviéticos recuam no território paraguaio, sendo cercado em suas duas bases. Com o bloqueio naval, os Soviéticos se viam privados de armamentos e outros recursos, tentando de alguma forma criar uma máquina de guerra através da indústria brasileira, mas, não havia nem estrutura nem mão de obra suficiente para essa empreitada, além dos bombardeios estratégicos da força aérea americana, que lhes privava de mais recursos.
O front naval tornava-se insustentável, tendo de lidar com três frotas adversárias, e muitíssimo longe de quaisquer bases de apoio. Reforços do Soviéticos chegam ao continente, reequilibrando o conflito, mas ainda não o suficiente para lidar com o poder massivo do Bloca Capitalista.
Porém, as manifestações internas tornavam-se insustentáveis, e cada vez mais violentas. Países como o Japão pediam por uma solução diplomática urgente, antes que o conflito ganhasse mais força. Algumas reuniões seriam realizadas entre líderes americanos e comunistas, mas, haviam ponto dos quais nenhum lado estava disposto a ceder, e com isso, a chama de guerra seguia se alastrando.
Em resposta, artistas de todo o mundo, especialmente de esquerda, organizam eventos e músicas em tom crítico ao conflito, movimentando ainda mais manifestações, que agora dominavam também Paris. O socialismo se tornava mais palatável para muitos, sendo desenhados como heróis de resistência. Os esforço para manter essa ideia era vital para os comunistas.
Protestos Estratégicos (1968–1969)
📍 Paris – Maio de 1968 (Segunda Fase)
Após a eclosão original dos protestos estudantis e operários, o envolvimento francês na guerra reativou a mobilização. Em novembro de 1968, mais de 500 mil pessoas tomaram as ruas, exigindo a retirada imediata da França da Guerra da América.
Slogans famosos: "Nem Washington, nem Moscou! A América Latina para os latinos!" e "Tragam nossos filhos de volta!"
A repressão foi intensa, com mais de 150 mortos e milhares de feridos, transformando o conflito em guerra moral dentro da França.
📍 Tóquio – A Revolta do Silêncio (1969)
No Japão, tradicionalmente mais contido, o ano de 1969 marcou um ponto de virada. Universidades foram ocupadas, trens pararam, e a Praça Hibiya foi tomada por 200 mil manifestantes exigindo o fim do apoio logístico ao bloco capitalista.
Protestos pacíficos tornaram-se violentos após confrontos com a polícia, 21 mortos e mais de 3 mil presos.
A opinião pública japonesa mudou radicalmente, obrigando o primeiro-ministro a suspender parte do apoio aos EUA.
📍 Rio de Janeiro – A Marcha das Mães (1969)
Com milhares de jovens brasileiros enviados à guerra ou mortos em bombardeios, o Brasil socialista começou a sentir a pressão interna. Em agosto de 1969, um grupo de mulheres — mães de soldados e vítimas — organizou um protesto histórico.
A marcha foi duramente reprimida, com tropas soviéticas apoiando a polícia política local.
O massacre da Cinelândia, como ficou conhecido, deixou 62 mortos e centenas de desaparecidos.
O episódio gerou um racha interno no governo brasileiro, com desertores e oficiais se unindo a uma nascente resistência armada no interior de Minas, Goiás e Paraná.
🧨 O Avanço que Não Anda
A ofensiva de 1968-69 havia rendido a tomada completa do Paraguai e o controle das principais rotas comerciais do Cone Sul. Mas 1970 começava com um impasse militar e um desgaste crescente:
A manutenção de bases no Paraguai exigia linhas logísticas enormes, constantemente atacadas por guerrilheiros paraguaios e forças especiais americanas.
O reabastecimento por via aérea era limitado, caro e alvo constante de emboscadas.
A infraestrutura brasileira não suportava mais o esforço de guerra. Faltava carvão, aço, munição, veículos e até comida para soldados no interior do continente.
O Exército Vermelho, que um dia desfilava em Assunção com tanques T-62 reluzentes, agora via suas tropas cavando trincheiras no mato, usando munições recicladas e uniformes reaproveitados. As doenças tropicais causavam mais baixas que os fuzis americanos.
🔥 A Guerrilha no Brasil
Ao mesmo tempo, a situação interna no Brasil começava a desmoronar. As promessas de igualdade e prosperidade do regime socialista se tornaram fumaça diante da fome, da censura e da repressão.
Em regiões como o sul de Goiás, o interior do Paraná e o norte de Minas Gerais, antigos militares nacionalistas, camponeses e estudantes decepcionados começaram a formar células de guerrilha rural.
No Rio e em São Paulo, grupos urbanos iniciavam ataques a infraestruturas soviéticas e sabotagens, com apoio indireto de CIA e MI6.
A Resistência Nacional Brasileira — como passou a ser chamada — ainda era desorganizada, mas já obrigava o governo brasileiro e os soviéticos a dividirem tropas entre guerra externa e repressão interna.
💣 Contraofensivas falhas
Tentando recuperar a iniciativa, os soviéticos lançaram a Operação Gavião, um plano para invadir o sul da Bolívia, criar um novo corredor logístico com aliados locais e cercar as forças americanas ainda operando no Chaco paraguaio.
Mas o terreno montanhoso e a recusa do povo boliviano frustraram a ofensiva.
Guerrilheiros bolivianos e peruanos atacaram colunas soviéticas com conhecimento do terreno e apoio popular.
A URSS perdeu mais de 5 mil soldados em 3 meses, sem ganhos territoriais.
Foi o início de uma nova fase da guerra: a resistência nacionalista latino-americana, armada pela CIA e treinada pelo MI6, ganhava força rapidamente.
🩸 A Tabela do Desgaste (América do Sul, até 1970)
Bloco / Exército | Baixas (Militares) | Situação Estratégica |
URSS (Forças Expedicionárias) | 89.000 | Isoladas, estagnadas, sob ataque constante |
Brasil Socialista (Forças Regulares) | 64.000 | Repressão interna + apoio logístico falho |
Paraguai (ocupado) | 53.000 | Totalmente sob ocupação, mas com foco de rebeldes armados |
Guerrilhas latino-americanas (CIA/M15) | 18.000 | Expansão contínua, especialmente no Brasil e Bolívia |
Estados Unidos (América do Sul) | 44.000 | Controlam sul do Paraguai, operam como força de reação rápida |
França e Reino Unido (Forças Especiais) | 12.000 |
O esgotamento de recursos e as deserções consecutivas, levaram a União Soviética a um momento de impasse, não havia como continuar. Dia após dia, eles perdiam território, sendo pressionados cada vez para trás. Sem apoio naval, eles não tinham mais recursos, era impossível continuar.
Ameaças atómicas foram proferidas, mas sem chegar as vias. Os líderes comunistas sabiam que só havia uma forma de resistir, através da narrativa.
Após 4 anos de guerra, e quase 90 mil baixas, a União Soviética é derrotada pelos Estados Unidos e seus aliados, abrindo mão de sua presença na marinha brasileira e deixando a expansão ao Paraguai de lado. Alguns militares permaneceram em Buenos Aires e Brasília, dispostos a negociar as condições da rendição com os Aliados. Mas, apesar da vitória na América do Sul, o conflito caseiro para americanos e ingleses, continuava.
Os cidadãos dos países do bloco socialista, se sensibilizaram com a situação deplorável dos habitantes das nações afetadas, em mais uma guerra movida por interesses políticos e ideológicos, o efeito disso foi devastador. O ego ideológico deixou o mundo a beira de uma terceira guerra mundial, isso estava além do admissível. Pela primeira vez, os governantes teriam que ouvir seu povo.
Os soldados retornam aos seus países, e assim como o ocorrido com os veteranos do Vietnã em nossa realidade, foram recebidos com desdém, não havia mais heroísmo na guerra. As negociações são moldadas por essa comoção popular. O Japão propõe uma paz condicional. O bloqueio naval estadunidense deveria ser desfeito, assim como os embargos impostos pela URSS sobre os países vizinhos aos seus pontos de influência. Para eles, para boa parte dos povos, cada um deveria decidir seu destino, sem um grande país definindo seu destino.
A União Soviética sente a pressão popular, nem mesmo a repressão pode esconder a insatisfação do povo.
Afim de amenizar os protestos desenfreados, ambos os lados entram em consenso. Os regimes soviéticos na América do Sul foram obrigados a adaptar-se, renunciando práticas como a perseguição religiosa, que com certeza iria queimar sua imagem, e gerar novos conflitos.
Os meses se passam, e as negociações restauram o Status QO, de forma que dificilmente haveria outro conflito daquela magnitude entre potências europeias. Assim, conforme os anos avançam, os países se recuperam, e disputa cultural/ideológica volta ao que era, mas, o lado vermelho tornava-se cada vez mais forte.
Capítulo 5: O Mundo Vermelho

📰 A Vitória que Custou Caro Demais
As imagens dos horrores da guerra — crianças mutiladas, vilarejos dizimados por bombardeios aéreos, civis fuzilados por milícias financiadas por ambos os lados — tomaram as capas dos jornais.Redações como Le Monde, Der Spiegel, The New York Times e O Globo questionavam:
“Quem realmente venceu?”“Quantos morreram pela ilusão de controle geopolítico?”“Seria a América do Sul apenas mais um tabuleiro, como foi o Vietnã?”
A pressão popular foi insustentável. Protestos tomaram Paris, Berlim, Barcelona, Roma e Buenos Aires.Em Londres e Washington, apesar da repressão, milhões de cidadãos exigiam o fim imediato do bloqueio naval e respeito à autodeterminação dos povos sul-americanos.
🕊️ O Acordo de Santiago (1972)
Cansados, desmoralizados e enfrentando ameaças de greve geral e colapso político, os líderes do Bloco Capitalista recuaram. Nas reuniões de paz realizadas em Santiago do Chile — cidade neutra —, uma nova ordem foi acordada:
O bloqueio naval seria suspenso imediatamente.
As tropas aliadas se retirariam gradualmente do sul do Paraguai.
Os governos socialistas em Brasil, Argentina e Bolívia seriam mantidos, sob condição de democratização e afastamento da doutrina soviética.
Um comitê internacional de mediação seria criado, incluindo diplomatas de países não alinhados, como Índia, Iugoslávia e Suécia.
🔄 O Socialismo que Renasce Moderado
O acordo marcou o nascimento do Socialismo Latino-Americano Independente.Distante da URSS, sem repressão massiva, mas ainda focado em justiça social, distribuição de terras e soberania nacional.
Chamado por alguns de Socialismo Verde-Ouro no Brasil, ou Peronismo Vermelho na Argentina, ele combinava:
Democracia com planejamento estatal.
Reforma agrária com liberdade de imprensa.
Cultura socialista com autonomia religiosa e sindical.
Esses países não eram mais satélites de Moscou, mas novos modelos que inspirariam gerações de esquerda ao redor do mundo.
No Brasil, líderes de uma esquerda mais moderada assumam a Presidência, como Leonel Brizola, mantendo as conexões com o Bloco Socialista, mas, sem render-se ao seu autoritarismo, tentando evitar um cisma dentro do país.
🌍 O Efeito Dominó na Europa
Com o desgaste moral do Bloco Capitalista e a narrativa humanista ganhando espaço, a esquerda europeia ascendeu como nunca antes:
País | Consequência direta após 1972 |
França | Partido Socialista vence as eleições de 1974. |
Alemanha | SPD conquista maioria com discurso anti-intervencionista. |
Itália | O Partido Comunista entra no governo pela primeira vez. |
Espanha | Após a morte de Franco, governo de transição inclina-se à social-democracia. |
Enquanto isso, apenas Estados Unidos e Reino Unido permaneciam firmemente anti-esquerda, isolados culturalmente do novo consenso global. O socialismo se infiltrava em diversas camadas da sociedade dos países dos quais penetrava, sua narrativa havia vencido. A guerra ideológica era deles. Agora, a União Soviética prepara um investimento massivo nos mais diversos aspectos culturais, sociais e econômicos em sua nova zona de influência. Caso o experimento funcionasse, eles teriam caminho livre para prosseguir pela América sem uso da força.
Os EUA podem ter aberto mão do bloqueio econômico militar, mas aplicaram embargos diretos contra todos os países alinhados ao bloco soviético. Dessa vez, os comunistas tinham mais lenha para queimar. O mundo estava verdadeiramente dividido, mas os comunistas tinham em pauta o Projeto Século Vermelho, um domínio absoluto da economia mundial.
Século Vermelho
🏭 1. Industrialização Acelerada do Sul Global
Criação de zonas industriais integradas no Brasil (Sudeste), Argentina (Buenos Aires-Córdoba), Colômbia (Medellín) e Chile (Valparaíso).
Transferência massiva de tecnologia soviética e chinesa.
Linhas de crédito em rublos e yuan para desenvolvimento interno, sem imposições do FMI.
📚 2. Revolução Cultural Internacional
Escolas com currículo marxista moderado, incentivando pensamento crítico e integração cultural latino-europeia.
Centros culturais soviéticos e chineses construídos em todas as capitais aliadas.
Criação da Nova TV Internacional Socialista, com conteúdo exportado para África, Ásia e América Latina, como alternativa à BBC e CNN.
🎬 3. Cinema, música e esporte como armas ideológicas
Financiamento de produções culturais que valorizavam justiça social, protagonismo do Sul e crítica ao imperialismo.
Festivais internacionais socialistas em São Paulo, Roma e Pequim.
Criação da Liga Popular dos Povos Unidos, uma “Copa do Mundo” alternativa dominada por seleções do Bloco Socialista.
🇮🇹🇫🇷 Europa: A Fratura Irreversível
Em 1974, França e Itália elegem governos socialistas autênticos, e os EUA pressionam para sua expulsão da OTAN — o que ocorre em 1975.Ambos os países, humilhados pelas imposições de Washington, optam por se unir ao Pacto de Varsóvia e aos projetos de desenvolvimento do Aurora.
Paris torna-se um novo polo de cinema socialista.
Roma acolhe o novo Centro de Tecnologia Aplicada Internacional (CTAI), com colaboração russa, chinesa e argentina.
Enquanto isso, a Alemanha Ocidental enfrenta instabilidade, com crescimento da esquerda e divisão interna sobre sua posição no mundo.
💢 Os EUA: Gigante Ferido
Sem aliados de peso na Europa Ocidental, com América Latina perdida e isolado diplomaticamente, os Estados Unidos entram em retração:
Sanções e embargos contra países socialistas são mantidos, mas cada vez menos eficazes.
O dólar perde força internacional, substituído parcialmente por acordos bilaterais em rublos e yuan.
A cultura americana continua forte, mas enfrenta competição real pela primeira vez em décadas.
📊 Tabela Comparativa dos Blocos (1975)
Indicador | Bloco Socialista | Bloco Capitalista |
Principais Países | URSS, China, Brasil, Argentina, França, Itália, Colômbia, Índia¹ | EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha Ocidental, Canadá, Austrália |
% da População Mundial | 53% | 42% |
% do Território Global | 51% | 44% |
PIB Total (estimado) | US$ 11,3 trilhões | US$ 13,1 trilhões |
PIB Médio per capita | US$ 3.200 | US$ 6.800 |
IDH Médio (estimado) | 0,720 | 0,755 |
Investimento Cultural (1975) | US$ 38 bilhões | US$ 22 bilhões |
% de influência nas Nações Unidas | 58% (votos alinhados) | 39% |
Alianças Militares | Pacto de Varsóvia+, Aliança do Sul Global (ASG) | OTAN, ANZUS |
¹ Índia oficialmente neutra, mas alinhada com bloco socialista em várias frentes culturais e comerciais.
Capítulo 6: Século Vermelho

Os investimentos massivos da União Soviética começava a sangrar a economia do país próximo ao início da década de 1980. Porém, as indústrias recém desenvolvidas na América do Sul passam a assumir seu papel, e abrir um novo mercado.
💸 O Preço da Influência
O sucesso da expansão global socialista teve um custo: A URSS, entre 1972 e 1980, gastou quase 30% de seu PIB em ajuda externa, infraestrutura e cultura nos países aliados.Isso gerou pressões internas e escassez em várias regiões soviéticas, obrigando o Kremlin a mudar de estratégia:
Descentralizar o investimento cultural, dando mais autonomia a França, Brasil e Índia.
Estimular autossuficiência econômica nos aliados, especialmente no Sul Global.
Reduzir o apoio militar direto, priorizando soft power e acordos comerciais.
🇫🇷 França – O Novo Coração Cultural da Esquerda
Expulsa da OTAN, a França virou a Hollywood do mundo socialista:
Criação da UniCine, conglomerado de estúdios financiado por Moscou e Pequim.
Filmes com orçamentos milionários e temáticas sociais ganham prêmios mundiais.
Atores franceses tornam-se ícones globais: “o cinema socialista é humano e verdadeiro”, dizia a campanha do Festival de Lyon.
A língua francesa passou a ser ensinada nas escolas do Brasil, Índia e China como segunda língua oficial do Bloco Vermelho.
🇧🇷 Brasil – A Fábrica do Sul
O Brasil, agraciado por sua posição geográfica e populacional, tornou-se o principal motor industrial do Hemisfério Sul:
🏭 Como o socialismo se aplicou na prática no Brasil:
Indústria planificada com autonomia regional
As regiões Sul e Sudeste especializaram-se em metalurgia, transporte e tecnologia.
O Nordeste tornou-se polo de energias renováveis, com ajuda da China.
Amazônia virou modelo internacional de preservação socialista, com investimento ecológico.
Educação gratuita e obrigatória até os 18 anos
Currículos centrados em ciência, cultura latino-americana e pensamento crítico.
A Universidade Popular do Brasil (UPB) tornou-se uma das 10 melhores do mundo.
Saúde 100% pública com tecnologia soviética e cubana
O SUS socialista brasileiro era referência global em vacinação e medicina preventiva.
Cultura popular valorizada
Novelas com temas sociais dominavam América Latina e África.
O “MPB socialista” virou símbolo de engajamento e exportação musical.
📊 Superando o Ocidente – Comparativo em 1990
Após anos de crescimento coordenado e alianças sólidas, o Bloco Socialista supera os capitalistas em dois indicadores centrais:
Indicador | Bloco Socialista (1990) | Bloco Capitalista (1990) |
PIB Total | US$ 24 trilhões | US$ 21,7 trilhões |
% do Comércio Global | 56% | 41% |
Países influenciados diretamente | 67 países (~52% do mundo) | 39 países (~31%) |
Domínio Cultural estimado¹ | 63% | 37% |
¹ Medido com base em cinema, literatura, música, idioma e educação.
Porém, assim como na realidade, o socialismo sempre gera problemas crônicos, e praticamente onipresentes nesse modelo econômico. Abaixo, vamos apresentar fontes que detalham tais problemas, e explicar como eles poderiam afetar os países nessa realidade hipotética.
⚠️ 1. Ineficiências da economia planificada
Problemas de planejamento central: produzir tudo “no papel” é uma dificuldade. Os planejadores causavam descompassos entre oferta e demanda, gerando escassez de produtos populares (como bens de consumo) e excesso de insumos industriais .
Baixa inovação tecnológica: com pouca competição, empresas estatais brasileiras sob o Plano Aurora desenvolveriam tecnologia ultrapassada comparado ao mundo livre .
🏭 2. Incentivos distorcidos e falta de meritocracia
Sem propriedade privada clara, não haveria incentivo para inovação ou excelência, tal como vemos nos estados socialistas da vida real .
Servidores brasileiros ou franceses competentes ganhariam tanto quanto incompetentes — levando à queda do desempenho e aumento de corrupção por “jeitinho” .
🏥 3. Corrupção e burocracia enxameadas
Quando o Estado controla todos os recursos — como vimos em Cuba e URSS — a “nomenklatura” ou elites com vínculos partidários se tornam privilegiadas, com acesso a produtos e serviços de melhor qualidade en.wikipedia.org.
A burocracia inchada no Brasil geraria enormes gastos públicos, but insubordinate, slow-moving, prone to favoritism — como denunciado por economistas em Venezuela e Argentina .
🍽️ 4. Escassez de bens e mercados paralelos
Faltariam itens de consumo: remédios, cosméticos, alimentos diversificados — os quais seriam adquiridos somente com moeda forte ou no mercado paralelo .
Em países socialistas emergentes, a escassez fomentaria o mercado cinza e economia subterrânea, minando a confiança pública .
🧠 5. Autoritarismo velado e restrições às liberdades
Mesmo o socialismo “brando” do Brasil e da França teria dificuldades em manter plena liberdade de imprensa e manifestação — a forte priorização do ideário socialista levaria a certa censura velada e perseguições leves.
Esse risco existe até em modelos social-democratas europeus, como alerta o Dissent Magazine dissentmagazine.org.
🌍 6. Dívidas externas e vulnerabilidade
Ao sustentar a industrialização e planos culturais massivos com créditos em rublos e yuan, o Brasil e França acumulariam dívidas volumosas, que se tornariam difíceis de liquidar em meio a flutuações cambiais .
Isso também ocorreu no leste europeu na realidade real, quando as dívidas levaram ao colapso do bloco .
🔧 7. Baixo dinamismo econômico e queda no crescimento
Enquanto economias mistas social-democratas podem prosperar, socialismos estritos tendem ao crescimento mais lento — por conta dos problemas acima .
O “Brexiting demise” da URSS ocorreu também por esses padrões, com estagnação marcante nos anos 80 .
✅ Conclusão: o preço por trás da utopia
Desafio | Explicação resumida |
Ineficiência produtiva | Centralização distorce oferta e demanda |
Falta de incentivos | Inovação e mérito são penalizados |
Corrupção e burocracia | Elitismo e privilégios emergem |
Escassez e mercado paralelo | Desequilíbrios geram economia informal |
Restrição de liberdades | Censura e autoritarismo |
Endividamento e dependência | Dívidas externas desestabilizam |
Estagnação econômica | Crescimento inferior à economia mista |
Estes são os riscos claros que o Brasil, França e demais aliados fariam bem em enfrentar enquanto testavam um socialismo praticável, moderno e sem recorrer à força. Agora, vamos para o capítulo final, especulando como seria a nossa realidade, sobre essa nova divisão global.
Capítulo 7: Um Mundo, Dois Amanhãs

Por fim, após uma terrível guerra, décadas de reconstrução, conflitos narrativos e ideológicos, o mundo encontrava uma ´´normalidade. O Muro de Berlim cai em 1989, assim como em nossa realidade, e os alemães rapidamente se alinham ao Bloco Estadunidense, querendo desvencilhar-se ao máximo do socialismo. As culturas de ambas as ideologias eram consumidas por bilhões. Seu poder econômico era parelho, assim como sua força militar. Os EUA e seus aliados seguiam defensores ferrenhos das liberdades individuais, mantendo um estilo semelhante ao que vivemos atualmente. A União Soviética e seus aliados, mantinham o firme controle estatal sob o sistema, apesar dos regimes mais flexíveis na América do Sul. A Saúde e Educação se destacavam, mas, a insegurança e desequilíbrio econômico, seguiam como problemas sem solução. E sob esse prisma, as décadas se passaram.
📆 Linha do tempo resumida (1990–2025)
1990 – Reunificação da Alemanha
A Alemanha Oriental colapsa economicamente e se junta ao Ocidente.
A nova Alemanha unificada alinha-se aos EUA, tornando-se líder econômica da nova Europa capitalista, reequilibrando o bloco.
1995 – Criação do “Bloco Continental”
Brasil, França, Índia, África do Sul e Vietnã formam uma aliança econômica e cultural dentro do Bloco Socialista.
A URSS e a China recuam em protagonismo político, mas a influência global do socialismo segue firme.
2001 – Crise energética nos EUA
Choques de petróleo e desaceleração tecnológica fazem os EUA perder momentaneamente o status de maior economia.
2008 – Revolução Verde socialista
Brasil e Índia lideram uma onda de inovações sustentáveis no setor agrícola e energético, se tornando referência global.
A “Nova Esquerda” aposta em crescimento com tecnologia limpa.
2010–2025 – A Guerra Fria 2.0
As tensões retornam em forma de boicotes culturais, espionagem digital, sabotagens comerciais e influência em eleições.
O mundo nunca mais voltou a ser uno.
Dois modelos coabitam a Terra. Ambos imperfeitos. Ambos ambiciosos.
📊 Tabela Final – Comparativo Global (2025)
Indicador | Bloco Socialista | Bloco Capitalista |
Principais países | URSS, China, Brasil, Índia, França, África do Sul | EUA, Reino Unido, Alemanha, Japão, Austrália |
População total (est.) | 4,7 bilhões (~58%) | 3,2 bilhões (~39%) |
PIB total (em trilhões USD) | $102,6 T | $89,1 T |
PIB per capita médio | $21.400 | $27.800 |
IDH médio | 0,820 | 0,873 |
% do comércio global | 54% | 43% |
Participação em universidades top 100 | 41% | 59% |
Idiomas mais falados | Chinês, Espanhol, Russo, Francês | Inglês, Alemão, Japonês |
🏆 Status Global por Categoria (2025)
Categoria | Potência dominante | Justificativa |
Militar | 🇺🇸 EUA | Maior orçamento e presença militar global; base da OTAN reforçada. |
Econômica | 🇨🇳 China (Bloco Socialista) | Superou os EUA em PIB total; centro industrial mundial. |
Tecnológica | 🇺🇸 EUA | Liderança em IA, defesa e chips avançados. |
Cultural | 🇫🇷 França (Bloco Socialista) | Cinema, literatura e arte influenciam o Sul Global e parte da Europa. |
Educacional | 🇩🇪 Alemanha (Bloco Capitalista) | Sistema universitário altamente consolidado e prestigiado. |
Esportiva | 🇧🇷 Brasil (Bloco Socialista) | Domina o futebol mundial, Olimpíadas e influência esportiva nas massas. |
Diplomática | 🇮🇳 Índia (Bloco Socialista) | Considerada mediadora entre mundos, com alta influência na ONU. |
E essa foi a nossa simulação de como seria um mundo onde União Soviética não só não colapsou, como seguiu duelando com os capitalistas pela influência global, e por muitos aspectos, conseguiu. Como dito inicialmente, essa é uma simulação feita pelo Chat GPT, com uma narrativa desenvolvida por nós. Como também já dissemos, não estamos aqui para defender ideal político nenhum, apenas especular sobre possibilidades, como sempre fizemos, criticando quando necessário, as incoerências políticas. Enfim, esperamos que tenham gostado da história. Fiquem sempre atentos aos próximos capítulos do Multiverso da História, que muito provavelmente irá explorar uma grande revolução ocorrida na França.
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