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OS MAIORES MENTORES DA FICÇÃO

Por trás de todo o grande herói, temos um grande mentor. Não somente para treina-lo em suas habilidades, mas moldar sua mente para aprender verdadeiramente como agir da forma correta. Hoje, vamos conhecer alguns dos maiores mentores da ficção, explorando as mais diversa franquias.

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Sr. Miyagi

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Nariyosi Miyagi foi um exímio mestre de Karatê, tendo sido treinado desde a sua infância em Okinawa. Na juventude, cometeu diversos erros, incluindo uma rixa vitalícia com seu irmão, Sato. E, posteriormente, tendo sido um dos lutadores a matar seu adversário no Sekai Taikai, sendo banido da competição internacional para sempre.

Após tantos problemas trazidos pelo Karatê, Nariyosi se mudou para os EUA, ostentando uma vida simples como zelador de um pequeno condomínio, buscando nunca mais se envolver em lutas. Ao invés disso, preferiu usar a arte marcial que permeou sua vida até então, como um estilo de viver.

Porém, seus caminhos se cruzaram com os de Daniel Larusso, que vinha sendo perseguido por Johnny Lawrence e sua gangue do Cobra Kai. A única forma de impedi-los: levar Daniel ao torneio para vencê-los. Miyagi então fez o que jurou nunca mais fazer, lutar, e ensinar alguém a fazer o mesmo. Porém, ele não ensinou Daniel a lutar para destruir seus inimigos, muito menos para ganhar troféus, e sim, para defender-se, e ter uma maior compreensão do mundo à sua volta, uma vez que a arte marcial é capaz de levá-los a um novo nível de consciência.

Mesmo que por muitas vezes não entendesse o que seu mestre queria ensiná-lo, Daniel superou suas dúvidas e seguiu seus ensinamentos à risca (mesmo que pintar muros e lustrar carros não fossem lá muito divertidos).

Daniel vence o torneio e continua sob a tutela de Miyagi. Ao lado dele, viaja a Okinawa, onde eles se tornam mais que mestre e aprendiz, se tornam amigos. Daniel entende os traumas vividos por seu mentor, compreendendo por que de sua rejeição à violência e seu temor do passado.

Porém, a relação deles nem sempre foi mil maravilhas. Quando Terry Silver surgiu para Larusso, lhe oferecendo uma forma mais rápida e fácil de evoluir, ele abandonou os ensinamentos de seu velho mestre e adotou um estilo mais violento e imediatista. Porém, Larusso ainda foi capaz de perceber seu erro e voltar para Miyagi.

Mesmo anos após a morte do Sensei, Daniel seguiu leal aos seus preceitos, e assim treinou seus filhos e diversos outros jovens de All Valey, sob esses mesmos ideais. Tentando ao máximo honrar o legado do homem que não só salvou sua vida na adolescência, mas que mudou totalmente a forma com a qual ele enxergava o mundo.

Daniel muitas vezes deslizou nessa missão, fazendo as coisas do seu jeito, e isso não necessariamente está errado. Um mentor diligente não deseja que seu pupilo seja igual a ele, e sim que faça algo novo, mas sem perder a essência de seus ensinamentos, e isso Larusso nunca fez.

Miyagi é sem dúvida, a figura mais lendária do universo de Karatê Kid, que não à toa, recebeu seu nome ´´Miyagiverso´´.

Mestre Yoda

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Como alguém com quase mil anos de sabedoria pode errar tanto?

Yoda não foi mestre de apenas um, nem dois, nem três, mas de dezenas de milhares de Cavaleiros Jedi, em seus mais de 900 anos de Ordem Jedi. Não à toa, atingiu o nível de Grão-Mestre.

Seu conhecimento da força é quase ilimitado, assim como sua devoção a ela. Para todos, ele sempre foi uma referência. Mas, nem isso lhe impediu de falhar, várias e várias vezes. A primeira falha foi ao permitir que Conde Dookan, seu aprendiz mais poderoso, se voltasse para o lado sombrio, sendo incapaz de perceber que suas ideias revolucionárias poderiam levá-lo às trevas.

Ele também falhou ao manter-se cético quanto ao retorno dos Sith em Ameaça Fantasma, permitindo assim que Qui Gon Jin morresse .E, por fim, falhou ao não prestar ajuda adequada a Anakin Skywalker, que temia pela morte de Padmé. Yoda apenas lhe pediu que esquecesse tudo aquilo. Dessa forma, Skywalker voltou-se para Palpatine, e todos sabem o que acontece depois disso...

Após a Ordem 66, Yoda exilou-se em Dagobah, um planeta imerso no lado sombrio da força, que poderia manter sua presença oculta para Palpatine e Vader.

Por anos, ele mal pôde tocar a Força. Sua ignorância em perceber os fatos, seu fracasso em matar Sidius, tudo isso martelava sua mente, fazendo-o, pela primeira vez em seus quase um milênio de vida, duvidar da Força.

Porém, com meditações e foco, ele pode reerguer sua fé e afastar de si as energias sombrias que permeavam o planeta. Não muito tempo depois, Luke foi ao seu encontro (nos eventos de Império Contra-Ataca).

Yoda via muito de Anakin nele, e temia que seu destino fosse igualmente trágico. Mas, Obi Wan lhe implorou que desse uma chance. Sem alternativas, ele cedeu. O velho Jedi não dedicou seu tempo a ensiná-lo técnicas com sabre de luz, e sim, a confiar na Força. Ele percebeu em Skywalker muita dúvida e, o pior, muita raiva.

Quando Luke recusou-se a tirar suas armas ao entrar na caverna obscura, e ao sair de lá, viu a si mesmo na armadura de Vader, como um reflexo do mal que havia dentro dele mesmo, Yoda temeu o pior.

Quando Luke duvidou que poderia erguer seu X-Wing das águas de Dagobah, Yoda provou o contrário, erguendo-o com facilidade, apesar de seu pequeno tamanho. Mostrando para Luke que, para quem tem fé na Força, tamanho não é nada, o que sua mente diz, não significa nada. Assim, proferindo um dos discursos mais icônicos do cinema:


Aliada minha é a força, e poderosa aliada ela é, a vida a cria, crescer ela faz, é a energia que cerca-nos, e liga-nos, luminosos seres somos nós e não essa rude matéria. Você precisa sentir a força ao seu redor, sinta entre você e a árvore, a pedra, em todo lugar, sim, mesmo entre a terra e a nave.


Aqui, Yoda explica em poucas frases a grandeza da Força, como a energia que rege toda a vida na Galáxia. Deixando claro para Luke: Para a Força, NADA É IMPOSSÍVEL!

Porém, até mesmo Yoda ainda tinha o que aprender com Luke. Ele lhe ensinou tudo sobre a Força, mas ainda assim, não era capaz de enxergar o bem dentro de Darth Vader, que Luke havia descoberto ser seu pai.

Yoda morreu devido ao peso dos anos sob si, crente de que Luke deveria matar seu pai, e de que os sentimentos que tinha dentro de seu coração, por mais que lhe dessem mérito, poderiam ser úteis ao Imperador, para manipulá-lo. Obi Wan achava o mesmo.

Porém, Luke permaneceu confiante de que havia algo bom em seu pai, por mais monstruoso que ele agora fosse. E foi essa fé que permitiu que Anakin aflorasse uma última vez, salvando Luke de Palpatine, e cumprindo seu destino.

Assim, Luke provou a Yoda, mesmo depois da morte, que ele estava errado. Que nem mesmo com todo seu conhecimento, ele era capaz de entender tudo, e que um jovem como ele poderia ter algo a ensiná-lo.

Luke é o exemplo perfeito do pupilo que supera o mestre, em poder e em conhecimento. Provando que Yoda fez muito bem o seu trabalho, tornando Luke hábil a entender a vontade da Força, acima de tudo, até mesmo dos dogmas Jedi.

Mestre Splinter

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Splinter é o mentor das Tartarugas Ninjas, protegendo-as durante a infância nos esgotos de Nova York e treinando-as na arte do Ninjutsu.

Splinter era originalmente um mestre japonês chamado Hamato Yoshi, que após sofrer um acidente com mutagênico, teve seu DNA cruzado com o de ratos, tornando-se um híbrido bizarro entre ambas as espécies. Em meio a esse acidente, ele resgatou quatro pequenas tartarugas, as quais nomeou com os nomes de quatro artistas renascentistas: Raphael, Leonardo, Michelangelo e Donatello.

Ele não foi apenas um mestre para eles, foi um pai. Ele nunca quis que seus filhos fossem até a superfície, temendo o que o mundo exterior poderia fazer a eles, mas ao mesmo tempo, sabia que o mundo precisava de seus dons. A cruzada de justiça das Tartarugas o levou a reencontrar seu antigo inimigo, o Destruidor, com quem, em sua vida humana, disputou o amor de uma mulher.

Em toda versão, seja nos quadrinhos, nas animações ou nos filmes, Splinter é aquele que perdoa quando Raphael foge, que acredita em Leonardo mesmo diante do fracasso, e que sorri com ternura diante das bobagens de Michelangelo. É a figura que sofre calado, mas que nunca deixa de lutar — seja com sabedoria ou com os próprios punhos — por aqueles que ama.

Sua rivalidade com o Destruidor é mais que um embate de vilão e herói: é um lembrete de que o passado mal resolvido pode ressurgir a qualquer momento. Mas Splinter nunca deixa que o ódio defina quem ele é.

Algo curioso na concepção de Splinter e seus filhos está na inspiração que seu criador, Kevin Eastman, teve para moldá-los. As Tartarugas, como alguns já sabem, são inspiradas em jovens negros dos bairros periféricos da Grande Maçã. Desde suas personalidades até seu jeito de se expressar, refletem com clareza o linguajar das comunidades mais humildes da Capital do Mundo. Splinter, por sua vez, deveria representar um asiático mais velho. A junção desses dois mundos distintos é justamente a forma que o autor teve de exemplificar a heterogeneidade cultural de Nova York, onde pessoas de todos os cantos do mundo, com costumes completamente distintos, constituem famílias e promovem uma diversidade raríssima para boa parte do mundo.

Splinter vai muito além de um mestre, é um pai e conselheiro, que escolheu seus filhos por amor.

Alvo Dumbledore

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Talvez o mentor mais controverso da lista.

Dumbledore sempre foi uma figura dúbia em Harry Potter. Ele foi responsável por deter Grindewald, acabando com um dos maiores terrores que o mundo bruxo já viveu. Ele também promoveu leis que auxiliaram a relação entre bruxos e trouxas e trouxeram justiça a criaturas marginalizadas. Porém, é difícil esquecer que, inicialmente, ele compartilhou suas ideias com Grindewald e viveu cercado de mentiras.

Quando a Primeira Guerra Bruxa estourou, ele foi a única barreira do Ministério da Magia, para que Voldemort não dominasse a Grã-Bretanha.

No entanto, quando Harry Potter inexplicavelmente conseguiu sobreviver ao ataque do Lorde das Trevas, Dumbledore começou um plano à parte junto a Severo Snape, para eliminar o vilão definitivamente, não importava o custo.

A partir do momento em que Harry chegou a Hogwarts, Dumbledore permitiu que corresse todo o tipo de risco. Desde a Pedra Filosofal até deixá-lo participar do Torneio Tribruxo, Alvo lhe ajudou, mas nunca impediu que Potter corresse tais riscos, pois ele queria que as coisas ocorressem livremente.

Dumbledore sabia que havia uma parte de Voldemort vivendo em Harry Potter. Sabia que, para deter o Lorde das Trevas, o Menino Que Sobreviveu precisaria morrer. Até mesmo Snape, que sempre detestou Potter, ficou chocado ao perceber as intenções do diretor, mas sabia que era o preço a se pagar.

Em Enigma do Príncipe, Alvo mostrou-se disposto a entregar sua própria vida pela causa, permitindo que Snape o matasse. Ele poderia ser frio, mas não era egoísta.

Ele sabia que havia uma possibilidade de Harry sobreviver ao seu segundo encontro com Voldemort. EmCálice de Fogo, quando o vilão usou o sangue de Potter para recuperar sua forma física, o que poderia proteger Harry caso o vilão tentasse matá-lo novamente, mas não tinha total certeza.

Por sorte, Harry sobreviveu e derrotou o Lorde das Trevas.

Mas é claro, Dumbledore não foi só irresponsável. Ele ajudou Harry em Câmara Secreta, lhe dando a espada de Grifinória. Lhe deu o Vira-Tempo para salvar Sirius em Prisioneiro de Azkaban. Salvou-o das mãos de Barto Crouch Jr. em Cálice de Fogo, e do próprio Voldemort em Ordem da Fênix.

Mas, muito mais que salvá-lo e ajudá-lo, Dumbledore também foi um guia. Ele ajudou Harry a superar as tentações do Espelho de Ojesed, a suportar a raiva por perder Sirius, a compreender sua relação intrínseca com Voldemort.

Alvo pode tê-lo usado, mas Harry com certeza aprendeu muito com o diretor, e no final, não sentiu amargura por ele ter agido assim, sabendo que o fazia por um bem maior.

Talvez essa seja a grande magia por trás de Dumbledore. Ele não é um herói, não é um mentor certinho e exemplar. É um homem cheio de sabedoria, que muito ajudou Harry, mas que sempre teve algo sombrio oculto por trás de seus óculos de meia-lua.

Por sorte, Dumbledore nem de longe foi o único mentor de Harry. Sirius, Lupin, Hagrid e até mesmo Snape em certa medida, também foram fundamentais na jornada do Eleito.

Gandalf

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Gandalf é o perfeito arquétipo do mentor sábio, um antigo herói, que agora tem o dever de guiar os escolhidos, nesse caso, Frodo e Aragorn. Como um ser milenar, o Mago Cinzento se muniu da arma mais poderosa do mundo, a sabedoria, guiando com maestria seus aliados até a queda de Sauron. A sabedoria não reside somente na inteligência, mas também na coragem de arriscar-se pela missão, como quando lançou-se junto a Balrog em um poço, para proteger Frodo e seus aliados.

Sua sabedoria, em muito se assemelha ao ideal cristão da mesma:

"Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada"


Em Tiago 1:5, a Bíblia explicita a importância da sabedoria e de como o Senhor a distribui para todo aquele que lhe pedir. Isso contradiz aqueles que dizem que religião e conhecimento não podem andar juntos. Muitos esquecem que até mesmo a teoria do Big Bang nasceu das ideias de um padre cientista, mostrando que fé e razão não são opostas, mas aliadas.

Assim sendo, Gandalf é o grande exemplo do poder da sabedoria cristã, não apenas por seu conhecimento, pois inteligência sem propósito benéfico ao próximo é ignorância velada. Agora, a inteligência usada para o bem, essa sim, é considerada a mais pura sabedoria, pois envolve não só a mente, mas também a alma.  

Jiraya

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Se existe um personagem em Naruto que sintetiza o espírito de mentor falho, mas absolutamente inspirador, esse alguém é Jiraiya. Sábio, poderoso e carismático, o lendário Sannin carregava em si tanto o peso de suas derrotas quanto a esperança de transformar o mundo através da próxima geração.

Jiraiya falhou com quase todos os seus alunos. Orochimaru se tornou um criminoso. Nagato virou o temido Pain e devastou Konoha. E mesmo Naruto, embora tenha evoluído muito sob sua tutela, foi mais moldado pelas experiências dolorosas do que pelo treinamento técnico de seu mestre.

Porém, Jiraiya jamais deixou de acreditar. Era um sonhador incurável, disposto a apostar tudo por um mundo melhor, mesmo que não vivesse para vê-lo. Ele era o tipo de professor que ensinava com o coração. Mostrava a Naruto que errar faz parte do caminho, e que há honra em continuar mesmo quando tudo parece perdido.

Sua morte foi um momento catártico em Naruto Shippuden. Enfrentando sozinho a ameaça de Pain, o mesmo menino que um dia jurou proteger, Jiraiya lutou até o fim para enviar uma última pista que pudesse salvar Konoha. Sua partida marcou o protagonista, mas também o preparou para o que estava por vir.

Jiraiya era imperfeito, sim. Muitas vezes distraído, falastrão, até irresponsável. Mas foi um dos poucos a acreditar sinceramente que Naruto poderia mudar o mundo. E no fim, esse legado fez toda a diferença.

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Tier NERD
Tier NERD
há 2 minutos
Rated 5 out of 5 stars.

Miagy é o melhor

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Mente Serena
Mente Serena
há 13 horas
Rated 5 out of 5 stars.

Gostei

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Gabriel Germano
Gabriel Germano
há 18 horas
Rated 5 out of 5 stars.

A parte do Yoda está perfeita

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