ELAS SÃO BONS EXEMPLOS?
- Canal Cultura POP
- há 3 dias
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Após o crescente sucesso de nossa primeira publicação, sobre os exemplos positivos de homens no cinema, e aqueles que muitos se espalham, mas que passam longe de serem boas pessoas. Porque não fazer a mesma coisa, porém, com personagens femininas? Aqui, creio que seja até mais difícil de diferenciar um caso do outro. Mas, tentaremos o possível! Após ler, comente a sua opinião.

Amor e Esperança- Mulher Maravilha

Criada em 1941, a Mulher-Maravilha surgiu como a primeira heroína dos quadrinhos, sendo quase 'uma versão feminina do Superman': alguém superpoderosa e um ícone moral. Porém, muitos não compreendem com precisão a sua concepção. Será que a Amazona é uma lutadora ou uma defensora da paz? Mas, na verdade, ela sempre simbolizou o balanço entre as duas coisas.
Diana Prince é a Princesa das Amazonas, treinada até a perfeição pelas maiores guerreiras da DC Comics. Porém, mesmo tendo crescido como uma guerreira, ela nunca se esqueceu do ideal que diferenciava seu povo, do mundo dos homens, o amor e o carinho pelo próximo. A busca pela verdade e justiça, eram seu combustível, não um mero símbolo de guerra.
Ao saber da guerra no mundo dos homens, ela abriu mão da paz utópica da Ilha Paraíso e deixou para trás sua mãe e irmãs, rumo a um mundo que a subestimava simplesmente por ser o que era.
Mas, nem isso foi capaz de fazê-la desistir de cumprir seu destino, ajudar a humanidade a evoluir.
Prince não hesita em lutar, sendo capaz de medir forças até mesmo com Superman e Darkseid. Porém, mesmo sendo tão poderosa, ela compreende o verdadeiro ideal do heroísmo: inspirar as pessoas, aproximar-se delas. Diversas vezes, ela atuou em zonas de conflito, protegendo os oprimidos, especialmente as crianças, tendo um amor quase materno por elas. Na fase escrita por George Pérez na segunda metade da década de 1980, Diana abre as portas da Ilha Paraíso para a humanidade, partilhando com ela suas tecnologias, sabedoria e ideais, compreendendo que o mundo não se transforma apenas com força ou amor, mas com solidariedade, partilha e ação conjunta.
Ela é sem dúvida um símbolo de força, mas também de amor. De alguém que une as pessoas em torno de suas ideias. Ela não prega a violência ou a superioridade, mesmo tendo vivido em uma sociedade quase perfeita. Pelo contrário, decidiu ensinar e guiar as pessoas, para que possam ter as mesmas oportunidades.
Vítima ou Vilã?- Arlequina

Arlequina foi criada por Paul Dini, para o episódio ´´Um Favor para o Coringa´´, em Batman: Série Animada. A personagem foi tão bem recebida que tornou-se parte inalterável da mitologia do Palhaço do Crime, sendo quase tão popular quanto ele.
Esse sucesso estrondoso lhe rendeu uma história de origem no quadrinho "Amor Louco", pelas mãos de Dini. Lá, conhecemos o período em que Harleen era apenas uma estudante de psicologia. Mesmo na Universidade, Harleen já demonstrava um comportamento questionável: envolvia-se com professores em troca de boas notas e demonstrava fascínio por criminosos e mentes perturbadas, sinais claros de um desequilíbrio emocional latente.
É um erro pensar que ela foi apenas manipulada pelo Coringa. A verdade é que ele apenas destravou a vilã que já existia dentro de Harleen Quinzel e ela aceitou isso de bom grado. Ele a ensinou a deixar-se levar pela própria loucura, assim como ele.
Obviamente, ela sofreu diversos abusos nas mãos do Coringa, muitas vezes, chegando a separar-se dele, mas nunca por muito tempo. Em HQS modernas, a DC tentou reformulá-la, tornando-a mais independente, livrando-se do Coringa, e relacionando-se com Hera Venenosa.
Ainda assim, ela continua cometendo crimes, como cometia ao lado do Coringa. Apesar dos atos louváveis que fez ao lado do Esquadrão Suicida e das Sereias de Gotham, é impossível considerá-la uma heroína, ou até mesmo, uma anti-heroína, sua balança pende muito para o mal.
Ela tornou-se um ícone do empoderamento feminino, por ser corajosa o suficiente para abrir mão de um relacionamento tóxico, por mais que dependesse emocionalmente do parceiro. Admirável, sem dúvida! Suficiente para limpar sua barra por seus assassinatos, sequestros, roubos e torturas? Acho que isso não precisa nem de resposta!
Mãe e Mulher- Mortícia Addams

A personagem Mortícia Addams foi inspirada por Barbara Jean Day, esposa de seu criador, Charles Addams. Com um visual elegante, mas carregado de traços góticos, ela serviu como base para uma das figuras femininas mais singulares da cultura pop.
Mortícia foi criada sob esses preceitos. Um ideal de beleza, mas, com elementos sombrios, que a tornavam quase fantasmagórica. Ela, assim como toda a Família Addams, foi concebida como uma sátira à Família Tradicional estadunidense. Essa crítica foi ganhando força com o passar das décadas, até chegar à sua versão mais sublime, o filme de 1991.
Mortícia foi interpretada pela icônica Angelica Houston, após desbancar outros nomes de peso, como Cher. De acordo com o diretor, Barry Sonnenfeld: Angelica simplesmente ERA, Mortícia Addams.
Angelica Houston se encantou pela personagem justamente por ela romper com o arquétipo da mãe anulada. Mortícia é presente na vida dos filhos, mas sem abrir mão de si mesma ou do romance com seu marido.
Ela está sempre com seus filhos, mas nunca se esquece de seu marido. A tensão sexual entre ela e Gomez é constante ao longo de todo o filme, demonstrando um casal que não deixou sua intimidade de lado, apesar dos filhos. Ela é a demonstração de que a vida de uma mãe como mulher não para com a chegada dos filhos, apenas se readapta.
Mortícia nasceu como uma sátira à figura da mãe tradicional. Mas, ironicamente, personifica com mais autenticidade valores como amor, presença e equilíbrio familiar do que muitas representações ‘sérias’ que tentam seguir esse ideal.
Ícone Antissocial- Wandinha Addams

Wandinha se tornou um verdadeiro ícone pop após sua série na Netflix, com muitas garotas baseando-se em seu visual e comportamento para moldar suas próprias personalidades. Mas será mesmo, agir com frieza e indiferença como sinal de força é realmente um exemplo a seguir?
Wandinha nem sempre foi escrita como uma adolescente fria e calculista. Em 1964, na primeira série televisiva da Família Addams, a caçula da família era totalmente diferente.
Interpretada por Lisa Loring, Wandinha foi escrita com certa fidelidade em relação aos primeiros quadrinhos escritos por Charles Addams, em 1960. Ao contrário das versões mais recentes, a personagem é mais alegre e doce, além de muito mais jovem, e tem pouca importância em relação à série, tendo em vista que Gomez e Mortícia têm tranquilamente mais de 90% do tempo de tela.
Em 1991, a personagem enfim assumiu a persona que conhecemos hoje, sendo vivida pela lendária Christina Ricci. O humor mórbido, a apatia, o visual gótico, somado ao crescente protagonismo da personagem, tornaram-na um v.
Na série da Netflix, ficam claras as dificuldades que essa personalidade traz a Wandinha, como a dificuldade de manter-se em uma escola (apesar de ser brilhante), em fazer amizades e em entrar em relacionamentos. Na mesma série, temos o completo oposto disso, mas que muitas pessoas deixam em segundo plano.
Enid Sinclair tem uma personalidade completamente diferente de sua colega de quarto, sendo sorridente, receptiva e gentil. Até mesmo suas roupas são completamente diferentes. Mesmo sendo rejeitada várias vezes, Enid insiste na amizade com Addams, acreditando que haja algo bom por baixo da máscara sombria que sua colega apresenta. E ela estava certa.
A frieza emocional pode parecer uma armadura poderosa, mas na prática, ela costuma isolar, dificultar relações saudáveis e, em muitos casos, esconder dores não resolvidas. A juventude é uma fase de descoberta — não de esconderijo. Imitar Wandinha, sem compreender o limite entre estilo e conduta prejudicial, pode ser um desserviço a si mesmo.
Wandinha, obviamente, é uma grande sátira, que inclusive funciona muito bem. Mas não pode ser usado como escudo por jovens que desejavam se fechar para o mundo, com grosserias e apatia social. Isso é péssimo! Ninguém precisa ser como Enid, que vive sorrindo e abraçando a todos, mas viver nas sombras é ainda pior. O equilíbrio é sempre necessário, especialmente na juventude. Wandinha sempre foi uma sátira — e, como tal, deve ser apreciada com leveza. Inspirar-se no estilo é divertido, mas vestir sua frieza como escudo pode ser um caminho solitário. Entre Enid e Wandinha, o equilíbrio é sempre a escolha mais sábia.
A Plena Visão- Bela

Bela é uma das princesas mais queridas da Disney. Não apenas por sua coragem, beleza ou inteligência, mas principalmente por seu coração, que é capaz de ver o belo, até por detrás da face mais horrível.
Em 1991, a Disney lançou a Bela e a Fera, que, ao lado de Aladdin e Rei Leão, tornaram a década de 90 um verdadeiro sucesso para a empresa. A obra tem raízes em versões anteriores, como o livro de Gabrielle-Suzanne Barbot (1740) e a clássica adaptação francesa de 1946.
Bela é uma jovem um tanto deslocada em sua vila, por adorar ler. Sua inteligência abre seus olhos, fazendo-a recusar o pedido de casamento de Gastón, o homem forte e viril, desejado por todas na vila. Sua vida vira de ponta-cabeça quando seu pai, Maurice, é capturado por uma terrível fera. Ela vai ao seu resgate e aceita ficar presa no castelo em seu lugar.
A Fera era secretamente um belo príncipe, que foi amaldiçoado por uma bruxa, por ser arrogante e mesquinho. A única forma de livrar-se dessa punição era caso alguma mulher se apaixonasse por ele de todo o coração. Mas, como alguém vai se apaixonar por uma fera?
Mesmo irritado, ele tenta, ao seu modo, fazê-la enxergá-lo de outra forma, mas seu temperamento e aparência não ajudam. Mas, assim que ele a salva de um ataque de lobos, a visão da garota muda. Ele começa a demonstrar-se atencioso com ela. Seus interesses em comum pela literatura os aproximaram. Ela começava a enxergar o homem por baixo da Fera.
Ao final, Gastón é morto ao tentar assassinar a Fera. Bela então, beija o príncipe caído, demonstrando enfim seu amor por ele, e o libertando de sua terrível condição.
Bela demonstra o poder da compaixão e da sabedoria. Ela teve discernimento suficiente para perceber que Gastón, apesar de sua aparência, era superficial, egoísta e cruel, além de um imbecil completo. Alguém que não estava no seu nível. Já a Fera, mesmo que inicialmente complicada, demonstrou-se um homem de bom coração, por quem valia a pena lutar. Bela o julgou pelas ações, não pela aparência, e isso bastou para que ela se apaixonasse. Sua transformação em um príncipe encantado clássico, nada mais é, que uma metáfora para quando nos apaixonamos por alguém. Por mais que a pessoa tenha seus defeitos, para nós, ela sempre será perfeita.
Bela traz uma lição de humildade, autoconhecimento e empatia, sendo sem dúvida, um belo exemplo de como ir além das aparências, para realmente conhecer alguém. Pois somente assim podemos alcançar uma visão plena das pessoas ao nosso redor.
Amor ou Controle? - Anastasia Grey

Não dá para se esperar muito de uma obra questionável, que nasceu como uma fanfic de uma obra ainda mais questionável (vulgo Crepúsculo). Mas, não estamos aqui para falar dos incontáveis problemas narrativos que Cinquenta Tons de Cinza possui, mas sim, dos problemas que sua protagonista apresenta.
Anastasia é uma jornalista retraída, que acaba sendo cotada para entrevistar o magnata Christian Grey. Inexplicavelmente, ele adquire uma fixação obsessiva por ela, passando a persegui-la por toda parte.
Grey descobre seu local de trabalho, onde ela mora, lhe proíbe de falar com seus familiares e passa a literalmente tomar conta de sua vida, como se fosse dono da mesma.
Ela, por sua vez, acha isso 'fofo', e dá uma chance ao galã, até descobrir que o homem gosta de maneiras um tanto 'sofisticadas' de fazer amor. Apesar disso, e de todas as outras bizarrices que testemunha, Anastasia não o rejeita, por completo. Mesmo que por vezes acabe afastando-se dele, ela sempre acaba voltando para Christian.
Acho que os fatos falam por si, não é mesmo? Christian é um homem dominador, que reprime a liberdade da própria companheira, que, devido a uma dependência emocional, não consegue cortar laços com ele. A química péssima entre os atores e o roteiro igualmente desastroso não colaboram para que a relação de ambos pareça minimamente palatável.
Ao longo da trilogia, faíscas de um amadurecimento ameaçam surgir, mas quase sempre acabam sendo enterradas novamente. Grey segue obsessivo, e ela segue submissa. Ela permanece inerte, pois acha que essa perseguição se trata de uma preocupação de alguém que se importa com ela, quando na verdade, é apenas alguém tentando controla-la.
Anastasia representa alguém que abriu mão da própria vida por um relacionamento muitas vezes tóxico. Ela se torna cada vez mais acomodada nos benefícios que essa relação lhe concede, se tornando incapaz de ver o buraco em que está se afundando.
O 'romance' entre eles não é nem um pouco saudável. Uma relação onde não há respeito, e a vontade de um suprime a do outro, nunca será correta. Por isso, tratar esse relacionamento como algo idealizado é um erro gravíssimo.
A maioria das garotas que enxergam esse casal como 'fofo', são jovens, ainda em formação. Sem experiência suficiente para distinguir o que é ou não perigoso, elas se deixam levar por sentimentos irracionais. Pesquisas realizadas pela psicanalista brasileira Nadja Moraes comprovam como, muitas vezes, mulheres mais jovens acabam relacionando-se com homens ruins. Seja pela adrenalina de estar ao seu lado, seja pelo sentimento de "tentar consertá-lo", o que pode acabar em desastre.
"Dizem que a mulher é a salvadora, então esse fascínio ou atração é muito inconsciente, mas acho que, às vezes, a gente já cresce em um ambiente que nos desenvolve para sermos 'abusáveis'." Disse a psicanalista.
Anastasia é o reflexo disso, uma mulher jovem e insegura, que acaba por envolver-se com um homem perigoso, e é incapaz de livrar-se dele. Mais que um roteiro ruim, Cinquenta Tons de Cinza é um alerta não intencional sobre os riscos de um relacionamento abusivo.
Senso de Liderança- Leia Organa

Leia é o coração da Aliança Rebelde. Mesmo tendo crescido em meio a riqueza, ela jamais fechou seus olhos para os necessitados, e colocou-se sem medo, como o rosto da esperança, perante a tirania imperial.
Mesmo nas mãos de Darth Vader, ela resistiu a suas torturas, e recusou-se a falar a localização da base Rebelde, mostrando que está disposta a morrer por sua causa, e nunca faltará em lealdade com ela.
Mesmo por trás de sua armadura de ‘durona’, ela é capaz de demonstrar emoções. Apaixona-se por Han Solo, um contrabandista cínico, mas cujo amor por Leia o transforma em um verdadeiro herói da Rebelião. Tendo ela mesma, arriscado sua vida para salvá-lo de Jabba, em Retorno de Jedi.
Também foi apoio para Luke Skywalker, quando o mesmo se via indeciso quanto a seus sentimentos por Vader.
Mesmo com a morte de Palpatine e Vader, seu trabalho estava longe de terminar. Ela abandonou seu posto de general, e tornou-se Senadora, assim como sua mãe biológica, Padmé Amidala, cujo espírito também ecoava na luta por paz e justiça.
Ela articulou acordos por toda a galáxia, formando uma República, dos fragmentos deixados pelo Império. Ainda assim, achou tempo para treinar nos caminhos da Força com Luke, tornando-se quase tão poderosa quanto ele, e sábia o suficiente para ser mentora de seus filhos.
Leia é uma boa líder, pois a causa pela qual luta está em seu coração. Ela se enoja com a injustiça, e está disposta a morrer para derruba-la. Ela também reconhece seus limites e sabe que liderança não é sobre poder, mas sobre propósito. Antes da unificação da Aliança Rebelde, as células de resistência pela galáxia tinham um comportamento heterogêneo, muitas vezes, agindo à margem do terrorismo. Com sua mão firme, ela unificou a todos sob um ideal. Lutar pela liberdade, e não para impor terror pela galáxia. Uma vez que o medo, sempre foi uma arma usada pelo Império, aquilo que tentavam destruir.
Mesmo em meio a tantos afazeres, teve tempo para si mesma, para evoluir seus próprios dons, e manter-se próxima de sua família, que sempre esteve intimamente ligada a força.
Princesa Leia é um símbolo de liderança, força, resiliência e sabedoria, alguém que todos seguem por sentir a verdade não somente em suas palavras, mas principalmente, em suas ações.
Salvadora ou Dominadora?- Daenerys Targaeryen

Daenerys começou sua jornada como uma jovem frágil, vendida em casamento pelo próprio irmão. A princípio, parecia apenas mais uma peça no tabuleiro de Westeros. Mas, ao longo de sua trajetória, transformou-se em uma líder poderosa, mãe de dragões e símbolo de libertação. Ou, pelo menos, era assim que ela se via.
Dany conquistou cidades, libertou escravos e se tornou uma esperança para muitos povos oprimidos. Sua trajetória era marcada por discursos fortes, com uma retórica messiânica, onde se colocava como “quebradora de correntes” e “rainha legítima”, não por sede de trono, mas por um suposto dever moral. No entanto, havia algo inquietante por trás de tudo isso: ela não aceitava ser questionada. E, com o tempo, passou a ver quem discordava dela como inimigo da justiça.
À medida que a série Game of Thrones avançava, também crescia a lista de execuções promovidas por Daenerys, incluindo inimigos já rendidos ou cidades inteiras que se recusaram a se curvar. Sua destruição de Porto Real, incendiando milhares de inocentes, foi o ápice de sua derrocada moral. Não havia mais heroísmo só devastação.
O mais trágico é que Daenerys não se via como vilã. Ela acreditava ser a única capaz de criar um “mundo novo”, onde o bem triunfaria. Mas seu conceito de bem era absoluto, unilateral e inegociável. E todo tirano, em algum momento, acredita estar fazendo o que é certo.
Seus seguidores, como Jon Snow e Tyrion, começam a perceber tarde demais que estavam ajudando a erguer uma nova tirania. O resultado final foi amargo: a mulher que prometia destruir a roda do poder, apenas substituiu os que estavam por cima dela.
Daenerys representa o risco do messianismo político, quando alguém acredita tanto na própria visão de justiça, que se permite cometer qualquer crueldade em nome dela. A linha entre libertadora e ditadora é mais tênue do que parece, especialmente quando a liderança deixa de ouvir e passa a impor.
Ao contrário de Leia Organa, que lidera com humildade, empatia e senso de limite, Daenerys perde-se em sua grandeza. E ao final, sua coroa é manchada não pelo sangue dos inimigos, mas dos inocentes.
Bom, esses foram nossos bons e maus exemplos de hoje. Concorda? Discorda? Não deixe de comentar! Se tivermos mais um sucesso, possivelmente traremos um terceira parte, com personagens masculinos e femininos, que também podem entrar nesse conceito. Então, fique atento as nossas próximas publicações.
A Bela sempre será minha favorita!!!
Muito boa a reflexão 👏🏻👏🏻
Top dms
Reflexão da Leia ficou fantástica