OS 10 MELHORES FILMES DA DC
- Canal Cultura POP
- há 1 dia
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A DC Comics comandava o cinema de heróis muito antes do sucesso do MCU, com sucessos estrondosos como Batman (1989) e Superman: O Filme. Porém, na sua tentativa de formar um universo compartilhado ao estilo Marvel, acabou fracassando miseravelmente. Porém, contando todo o período, quais foram os 10 melhores filmes da DC? É isso que vamos descobrir hoje! Não se esqueça de comentar sua lista!

10: Superman: O Retorno

Após 19 anos, a franquia clássica de Christopher Reeve ganha uma continuação simbólica, agora com Brandon Routh no papel do Homem de Aço. Na época, foi recebido de forma morna, mas envelheceu bem, ganhando força justamente por resgatar uma visão mais esperançosa e fiel dos heróis.
Na trama, Superman retorna após anos afastado e logo salva um avião em uma cena icônica. Enquanto lida com a difícil realidade de que Lois seguiu sua vida, agora casada e mãe de Jason, precisa enfrentar Lex Luthor, que planeja criar um novo continente usando tecnologia da Fortaleza da Solidão.
O filme transborda referências ao clássico de 1978, tanto estéticas quanto temáticas, além de abraçar com força a simbologia messiânica do personagem, incluindo a sequência em que Superman “ressuscita” após três dias hospitalizado.
Apesar de momentos poderosos, como o resgate do avião e a épica cena da ilha de kriptonita, o longa peca por reciclar tramas dos filmes antigos, principalmente dos dois primeiros. Isso, somado à bilheteria apenas razoável de 391 milhões, e uma recepção crítica mediana, deixa claro que Superman: O Retorno é mais uma bela homenagem do que uma reinvenção.
9: Batman Begins

O início da trilogia de Nolan traz uma abordagem realista, com foco na construção do herói. É um filme sobre medo, superação e escolha. A jornada de Bruce Wayne é tratada com respeito, profundidade e uma carga dramática muito bem dosada.
A construção do mito do Batman, desde seu código moral, até seu símbolo de medo, é trabalhado de forma impecável.
A trama relê muitíssimo, algumas HQS clássicas do Homem Morcego, como Batman: Ano Um, que trata justamente da origem do Homem Morcego, e sua relação com os principais pilares de Gotham, como Jim Gordon e Carmine Falcone.
O único ponto fraco, são as péssimas cenas de ação, com a câmera tremida, tornando quase impossível entender o que Batman está fazendo nas cenas de ação, algo inadmissível em filmes de ação. Mas, é inegável, que Batman Begins é um dos melhores filmes de origem de super-herói.
As críticas foram em grande maioria, positivas, e a bilheteria ultrapassou os 373 milhões de dólares, reascendendo o Homem Morcego no imaginário popular, após o fracasso estrondoso de Batman e Robin.
8: Liga da Justiça (Snydercut)

Uma verdadeira epopeia de quatro horas que corrige os erros da versão de 2017. Aqui, Zack Snyder entrega sua visão completa, com foco no desenvolvimento dos personagens, especialmente Ciborgue. É grandioso, dramático e muito mais coeso em termos de narrativa e tom.
Infelizmente, apesar do bom retorno do filme, não tivemos continuidade, com esse sendo o último filme da Liga a ser lançado, muito devido a produção extremamente conturbada nos bastidores da DC, desde atores saindo do projeto, como Henry Cavill, até problemas com diretores e produtores.
7: Batman (1989)

Uma escolha polêmica para alguns, mas, na minha visão, mais do que justa. Batman (1989), dirigido por Tim Burton, fechou com chave de ouro a “Década do Morcego”, marcada por obras-primas como A Piada Mortal e O Cavaleiro das Trevas. Sua estética gótica, sombria e teatral tem a cara dos anos 1980.
O filme acompanha os primeiros meses do Batman (Michael Keaton) em Gotham, onde sua figura começa a aterrorizar o submundo do crime. A icônica frase “Eu sou o Batman” marca logo a introdução. O antagonista é Jack Napier (Jack Nicholson), que, após cair em um tanque químico, se torna o Coringa, um palhaço maníaco que espalha o caos pela cidade.
Narrativamente, o filme tem limitações: a trama é mais uma sequência de grandes momentos do que uma história verdadeiramente coesa. O Coringa, apesar de carismático e ameaçador, acaba sendo o único personagem realmente desenvolvido.
A direção de Burton é pura identidade: uma Gotham gótica, suja e estilizada, quase uma personagem própria. A trilha de Danny Elfman é magistral, até hoje considerada o tema definitivo do Batman.
No fim, é um filme onde o estilo supera o roteiro, e que virou um fenômeno. A bilheteria ultrapassou 410 milhões de dólares na época (o que hoje passaria dos 1,1 bilhões), e o longa ainda levou o Oscar de Direção de Arte.
6: Mulher Maravilha

Mulher-Maravilha marcou o primeiro grande acerto da DC no cinema moderno. Patty Jenkins entrega uma aventura épica e emocional, que honra a essência da personagem.
Acompanhamos Diana (Gal Gadot) deixando Temiscira para enfrentar a Primeira Guerra, acreditando que Ares está por trás do conflito. O filme acerta na construção de uma heroína idealista e poderosa, com ótima química entre Gal e Chris Pine.
A sequência da Terra de Ninguém é simplesmente antológica, elevando o filme a outro patamar. O terceiro ato, infelizmente, escorrega no excesso de CGI e na batalha genérica, mas não apaga o impacto de uma obra que combina ação, coração e representatividade.
O filme tornou a Mulher Maravilha, um verdadeiro ícone dentro do DCEU, com 822 milhões de bilheteria, e 93% de aprovação no Rotten.
5: Cavaleiro das Trevas Ressurge

Encerrando a trilogia de Christopher Nolan, O Cavaleiro das Trevas Ressurge entrega um épico grandioso, ambicioso e emocional. O filme aborda um Bruce Wayne quebrado física e mentalmente, obrigado a sair da aposentadoria quando Gotham é ameaçada por Bane (Tom Hardy), um vilão brutal e estrategista.
O longa se destaca pela escala quase operística, com cenas de ação intensas, tensão constante e um tom sombrio, que discute temas como redenção, sacrifício e esperança. Bane é uma presença imponente, embora não atinja o mesmo nível de complexidade do Coringa no filme anterior.
Se há falhas, elas estão em algumas conveniências de roteiro e numa conclusão que, apesar de emocionalmente satisfatória, força um pouco a suspensão de descrença. Ainda assim, é um encerramento digno, impactante e corajoso para uma das melhores trilogias do cinema, e que assim como seu antecessor, ultrapassou 1 bilhão nas bilheterias.
4: Coringa

O filme mais polêmico da história da DC.
Coringa balançou as estruturas do cinema em seu lançamento, sendo o primeiro filme 18+ a alcançar um bilhão nas bilheterias, e conquistando prêmios, como o Oscar de melhor ator para Joaquin Phoenix, Melhor Trilha Sonora e o Prêmio Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza.
O filme é muito denso, com muitas cenas que não sabemos ao certo se são reais ou apenas devaneios da mente de Arthur Fleck. A transformação de Arthur corre por toda a trama, sendo uma história sensacional e realista, resultando em um final épico e bastante divisivo, já que não sabemos se aquilo tudo realmente aconteceu.
3: The Batman

Matt Reeves entrega uma das versões mais investigativas e sombrias do personagem. Um filme noir moderno, que explora o lado detetive do Batman, com uma atmosfera opressiva e uma Gotham decadente. Robert Pattinson surpreende com uma atuação introspectiva e intensa, enquanto o vilão Charada traz uma ameaça realista e perturbadora.
A recepção da crítica foi ótima, e as bilheterias passaram dos 770 milhões de dólares, com o filme se tornando uma verdadeira febre.
O universo realista criado por Reeves, possivelmente não terá continuidade além da série do Pinguim, pois o novo DCU, liderado por James Gunn, tem uma visão muito mais realista, o que não encaixaria com essa roupagem mais ´´pé no chão´´, do Batman de Pattinson.
2: Superman: O Filme

Nos anos 70, Superman parecia antiquado frente à ascensão dos anti-heróis. A DC precisava de um filme grandioso, ou o personagem corria risco de cair no esquecimento. A direção ficou com Richard Donner e, após recusas de grandes astros, surgiu Christopher Reeve, um ator desconhecido que eternizaria o herói, brilhando tanto como o poderoso Superman quanto como o desajeitado Clark Kent.
Com efeitos revolucionários para época, o filme entregava o que prometia: "Você vai acreditar que um homem pode voar." A trilha épica de John Williams, o elenco de peso e a fidelidade à origem do personagem fizeram deste longa um marco não só para os quadrinhos, mas para o cinema.
Apesar de algumas críticas ao ritmo e ao tom caricato de Lex Luthor, Superman (1978) permanece um clássico absoluto, que salvou a DC, transformou Reeve em ícone e consolidou o gênero de super-heróis. A bilheteria foi de 300 milhões de dólares, que para os valores de hoje, seria por volta de 1,6 bilhões, sendo um dos filmes mais rentáveis de todos os tempos.
1: Batman: O Cavaleiro das Trevas

O maior filme de super-herói já feito, e um dos melhores da história do cinema. Com uma trama investigativa brilhante, que leva todos os personagens ao limite, e um final simplesmente arrebatador, O Cavaleiro das Trevas é uma obra-prima.
O grande destaque, claro, é a atuação lendária de Heath Ledger como Coringa, que lhe rendeu um Oscar póstumo e mais seis prêmios individuais. O elenco é de altíssimo nível, com Christian Bale, Gary Oldman, Michael Caine, Morgan Freeman e Aaron Eckhart entregando atuações impecáveis.
O roteiro foge dos clichês, explorando profundamente a relação entre Batman e Coringa, dois opostos em um embate moral e psicológico inesquecível. O plano do Coringa, que testa a alma de Gotham, é tão genial quanto perturbador. E o desfecho, com Batman assumindo a culpa pelos crimes de Harvey Dent para proteger a esperança da cidade, é um dos momentos mais poderosos do cinema.
Com mais de 1 bilhão em bilheteria e 94% no Rotten Tomatoes, O Cavaleiro das Trevas é o auge absoluto do gênero.
E essa foi nossa lista. Concorda? Discorda? Não deixe de comentar e acompanhar nossas próximas publicações!
Faltou Batman Returns
Cavaleiro das Trevas pode ser melhor, mas Superman foi o responsável por tornar possível tudo que veio depois
Acho que faltou Batman: O Retorno