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Reformando Branca de Neve: Dá Para Salvar?

Não é segredo para ninguém que Branca de Neve foi um desastre absoluto, tanto em crítica quanto bilheteria, possivelmente, a última pá de terra no caixão dos live-actions da Disney. Porém, como poderíamos recuperar esse filme? Hoje, na primeira edição do quadro ´´Reformando Filmes´´, vamos transformar a Bomba de Neve em um filme digno do clássico que redefiniu as animações no cinema em 1937, um filme para brigar entre as maiores bilheterias de 2025!


 

Elenco e Produção

O elenco foi o principal responsável pela recepção do filme ter sido terrível desde antes de seu lançamento. Rachel Zegler destroçou o próprio filme em cada entrevista, desclassificando a obra original. Dessa vez, iríamos prezar por um elenco esteticamente mais semelhante ao material original, evitando críticas de áreas mais conservadoras, e colocando-se como uma obra dedicada exclusivamente a adaptar fielmente o material original, abrindo mão de qualquer viés político.

O elenco seria completamente reformado, pois é difícil achar um único personagem que esteja bem no filme, então, nada mais justo do que zerar tudo e começar do zero. Fizemos uma seleção com base em sugestões de fãs e pesquisas.

Reformando Branca de Neve (2025) – Elenco Ideal

Personagem

Ator/Atriz

Motivo da Escolha

Branca de Neve

Freya Allan

Traços delicados, olhar expressivo e presença clássica; mistura força e inocência.

Rainha Má

Eva Green

Beleza sombria, intensa e imponente; perfeita para uma vilã de impacto.

Príncipe

Nicholas Galitzine

Galã carismático, com ar de nobreza e química com heroínas fortes.

Anões

Jason Acuña & Dylan Postl

Representatividade verdadeira, talento cômico e autenticidade no papel.

Rei (Pai da Branca)

Mark Strong

Ator sólido e respeitado, presença real e paternal com autoridade.

Caçador

Hugh Jackman

Ideal para um personagem dividido entre dever e consciência; forte e humano.

A produção é o segundo maior problema. Um filme dessa grandeza não pode ser tão morto e cinza como o visto nos cinemas. Uma obra recente, que trouxe com brilhantismo a magia da animação, foi Bela e a Fera de 2017, com Emma Watson, considerado um dos acertos da Disney nos Live Actions. A obra é belíssima esteticamente, e tem uma trilha sonora impecável, tão boa quanto a original.

Por isso, tentaria resgatar o máximo de profissionais envolvidos em Bela e a Fera, e lhes colocaria a frente de Branca de Neve, para devolver a magia ao longa. Cenários reais seriam mais utilizados, guardando o CGI apenas quando necessário.

O orçamento poderia aumentar em 50 milhões, para garantir mais locações, talvez um castelo mais formoso, uma floresta real para abrigar a casa dos anões, e um maior capricho nos efeitos digitais, em momentos como a transformação da Rainha em bruxa (que poderia combinar CGI e maquiagem) e nas cenas com os animais.

🎬 Equipe de Produção Recomendável (com base em A Bela e a Fera)

Função

Profissional

Trabalhos anteriores

Justificativa

Diretor

Bill Condon

A Bela e a Fera (2017), Dreamgirls

Capaz de equilibrar magia, música e narrativa clássica.

Roteirista

Stephen Chbosky

A Bela e a Fera, As Vantagens de Ser Invisível

Consegue adicionar emoção sem modernizar de forma forçada.

Diretor de Fotografia

Tobias A. Schliessler

Bela e a Fera, Hancock

Estilo visual grandioso e refinado.

Figurinista

Jacqueline Durran

Anna Karenina, Bela e a Fera, Barbie

Premiada por recriar trajes de época com beleza e precisão.

Compositor/Trilha Sonora

Alan Menken

A Bela e a Fera, Aladdin, A Pequena Sereia

Lenda da Disney, garante fidelidade musical e impacto emocional.

Design de Produção

Sarah Greenwood

Bela e a Fera, Orgulho e Preconceito, Barbie

Cria mundos clássicos e visualmente arrebatadores.

Supervisor de Efeitos Visuais

Kelly Port

Free Guy, A Bela e a Fera

Mantém os efeitos belos, mas não exageradamente artificiais.

💰 Impacto no Orçamento Estimado

Item

Custo Estimado (em milhões de dólares)

Observações

Elenco principal

$30M

Inclui Eva Green, Hugh Jackman, Freya Allan, etc.

Equipe de produção acima

$25M

Profissionais renomados e premiados.

Direção de arte e figurino

$20M

Figurinos luxuosos e cenários encantadores.

Trilha sonora e direitos musicais

$10M

Alan Menken e eventuais novas composições.

Efeitos visuais (mínimos e realistas)

$15M

Substituir CGI de anões por efeitos práticos.

Filmagens em locações reais

$10M

Europa Oriental ou florestas naturais.

Marketing e distribuição

$60M

Campanha global de rebranding da franquia.

💸 Orçamento total estimado: ~$170 milhões(Comparável ao de A Bela e a Fera, e inferior ao original Branca de Neve (2025) que custou cerca de $209M)

 

História e Roteiro

Aqui temos o maior desafio. Precisamos de uma trama mais complexa, com mais detalhes, mas, com profundidade, algo que o filme de 2025 pecou, abrindo muitas portas, e não fechando nenhuma.

Eu manteria o início com o desenvolvimento da relação da Branca com seus pais, mostrando-os como reis benevolentes, mantendo inclusive a sequência musical, porém, de maneira mais natural, talvez com as majestades caminhando pelas ruas, cumprimentando seu povo, mostrando-se próximos dele, e cantando juntos, seria mais leve e profundo.

O Príncipe (que aqui teria o nome de Florian, assim como no original) seria introduzido logo no início, como o filho de um Rei vizinho, um amigo de longa data de Branca de Neve, explicando sua proximidade no futuro.

A morte da Rainha poderia ser mais aprofundada, talvez com uma cena mais tocante dela com sua filha, mostrando a relação de amor que tinham, e aumentando o drama sobre ela e o Rei com a morte da Rainha. Essas adições possivelmente aumentariam em alguns minutos o longa, mas são extremamente necessárias para torná-lo mais profundo.

A introdução da Rainha Má seria mais desenvolvida, mostrando-se inicialmente boa como sua antecessora, talvez usando de sua magia para enfeitiçar o Rei, e sendo amorosa com Branca de Neve, usando a magia da mentira para ganhar poder. Com sua magia, ela poderia gerar uma grande ameaça em segredo, colocando o reino em perigo e forçando o Rei a sair em batalha.

A Rainha tornaria-se soberana de um reino militarizado, usando do medo da guerra para manter seu povo sob controle. A direção poderia explorar mais as ruas, o cinza, a tristeza, a chuva, um contraste visual.

A inveja escrachada da Rainha seria substituída por um desprezo mais velado, um nojo da garota. A Rainha seria uma figura mais obscura, assim como no original, uma vilã de poucas palavras, um eco poderia ser posto em sua voz, tornando-a mais ameaçadora e poderosa.

A Branca tentaria ajudar seu povo, mesmo impotente. Com pequenos gestos, como talvez dar um pão a uma criança com fome, demonstrando traços de uma líder apaixonada por seu povo.

O Príncipe seria novamente um príncipe, e não um rebelde, que assim como no original, iria cortejar Branca de Neve, e demonstraria uma oposição à Rainha, percebendo sua tirania.

 

Daí em diante, teríamos uma adaptação precisa do original. Com a descoberta da Rainha, sendo superada pela beleza de Branca, e ordenando sua morte ao Caçador, que fraqueja, deixando-a fugir pela mata, em uma cena que seria completamente reformulada, para ser realmente assustadora, assim como foi a original.

Teríamos a interação da Branca com os anões e a descoberta da traição do Caçador por parte da Rainha, que o mataria de maneira subtendida, mantendo seu ar de ameaça, mas sem expor o público a uma cena violenta.

O Príncipe poderia reunir algum de seus homens para ir até o reino da Rainha, para confrontá-la, demonstrando que o estrago causado por ela não passou despercebido.

A Rainha se tornaria a terrível Bruxa e entregaria a maçã, fazendo com que a Branca caísse em um sono profundo.

A aparência da bruxa deveria ser terrível, assim como a original, seus trajes negros deveriam contrastar com o verde da floresta, como a sombra da morte em meio a tanta vida.

Os anões colocariam a Branca em um caixão de vidro, onde o Príncipe, que marchava rumo ao reino, a encontraria e beijaria, salvando-a, em uma cena que deve ser belíssima esteticamente, com uma música magnífica de orquestra no fundo, demonstrando o poder do amor.

A bruxa voltaria ao seu reino, com uma aparência terrível, sendo evitada por todas à sua volta, agora, sua maldade tornava-se aparente. Ela, inclusive, seria barrada de entrar em seu próprio castelo. Sua obsessão pela beleza agora tornava-se sua fraqueza.

Nesse instante, Branca de Neve e o Príncipe retornariam ao reino. Como a líder daquele povo, Branca condenaria a Rainha por seus crimes, e o povo estaria com ela, pois em momento nenhum, desde a infância, ela havia virado as costas para seu povo, e agora, lhes trazia a liberdade.

A Rainha fugiria e seria perseguida pelos anões, pelo povo e pelos animais da floresta, onde morreria esmagada por uma pedra, assim como na obra original.

Assim, teríamos o casamento de Branca e Florian, em mais um lindo momento, em um salão todo branco, repleto de pessoas e animais, com uma linda música de coral no fundo, encerrando o filme com uma grandeza ímpar.

 

Marketing e Propaganda

"Branca de Neve: O Renascimento de um Clássico" não é apenas um remake. É uma carta de amor à primeira grande animação da história do cinema. Uma homenagem à Disney de Walt, aos contos de fadas que marcaram gerações e ao poder que a fantasia tem de nos emocionar. Enquanto o filme de 2025 foi vendido como uma “desconstrução moderna” da história, esta nova proposta resgata a essência da animação original de 1937, com profundidade narrativa, beleza visual e respeito ao legado.

A ideia é clara desde o início: emocionar o público não apenas com a história de Branca de Neve, mas com a memória viva dos grandes clássicos. O filme se inicia com a lendária abertura da Disney, mas em uma versão orquestral mais profunda, seguida de uma montagem mágica que traz cenas das animações que fizeram parte da infância de milhões — como uma espécie de "intro Marvel", mas voltada à era de ouro das animações. Tudo isso preparando o coração do espectador para o retorno de um dos contos mais marcantes da cultura pop.

Visualmente, o longa propõe um contraste claro entre luz e sombra, entre o reino alegre dos pais de Branca — com ruas coloridas, natureza viva e músicas suaves — e a atmosfera cinzenta, triste e chuvosa que se instala após a ascensão da Rainha Má, criando um impacto visual e emocional que representa o declínio do reino. A trilha sonora segue esse mesmo movimento: grandiosa, nostálgica e cheia de alma, ela guia o espectador por essa jornada clássica com frescor moderno.

Na divulgação, o filme seria vendido como "o renascimento do maior clássico das animações", exaltando sua fidelidade ao original e o cuidado em atualizar apenas o que é necessário para torná-lo mais profundo e emocional, sem descaracterizar sua alma. Um filme feito para todos que cresceram com os clássicos da Disney, e para aqueles que querem apresentar essa magia às novas gerações.

Não se trata de reformular Branca de Neve. Trata-se de devolvê-la ao seu trono.

 

Resultado

O sucesso de Branca de Neve: O Renascimento de um Clássico poderia marcar uma virada histórica para a Disney. Após anos de críticas por adaptações polêmicas, decisões criativas questionáveis e uma aparente desconexão com seu próprio legado, o estúdio reencontraria aqui o seu verdadeiro coração. Com uma campanha nostálgica e um produto de altíssima qualidade, o longa seria recebido como uma redenção artística, emocionando críticos e encantando o público.

A bilheteria poderia facilmente ultrapassar a marca do bilhão de dólares, como já vimos acontecer com A Bela e a Fera e O Rei Leão, mas dessa vez com um fator decisivo: o boca a boca positivo e o sentimento de resgate. O público sairia das salas dizendo que "a Disney voltou a ser a Disney", e as redes sociais estariam tomadas por comparações entre a nova versão e o clássico de 1937 — dessa vez, com respeito e admiração.

Os críticos elogiariam a profundidade emocional da narrativa, o cuidado com os detalhes, a fotografia belíssima e a atuação imponente da nova Rainha Má. A trilha sonora, misturando temas clássicos com novos arranjos orquestrais, poderia inclusive disputar prêmios importantes, trazendo ao filme um prestígio além do apelo comercial.

Mas o impacto iria além da bilheteria ou das estatuetas: o filme reabriria as portas para uma era de adaptações respeitosas, emocionantes e fiéis, pavimentando o caminho para novas versões de clássicos como A Bela Adormecida, Hércules ou Peter Pan, com o mesmo nível de reverência e profundidade. Branca de Neve não seria apenas um sucesso: seria o símbolo de um novo capítulo para a Disney — mais consciente de seu passado e mais cuidadosa com seu futuro.




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