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Qual Foi a Melhor Versão do Superman?

Foto do escritor: Canal Cultura POPCanal Cultura POP

De Kirk Alyn a David Corenswet, diversos atores vestiram o pesado manto do maior super-herói de todos os tempos, o maior nome da história da DC Comics. Mas, afinal, qual foi o melhor ator a viver o Superman em Live-Action? Hoje, vamos analisa-los, em seus contextos de época, para então definir, qual foi o maior e mais simbólico entre eles.

 

Kirk Alyn (1948-1949)

O primeiro a vestir o manto do super-herói, Kirk Alyn, protagonizou a primeira série do Homem de Aço, dividida em quinze episódios lançados em 1948 nos cinemas norte-americanos, surfando no sucesso astronômico que o herói vinha fazendo nos quadrinhos.

A série foi uma das produções mais caras da época, com uma produção majestosa para seu tempo — embora, hoje, seus efeitos sejam dignos de risadas. Os voos do Superman eram feitos em animação 2D, devido à incapacidade de criar um efeito de voo convincente na época, e a ação era um tanto truncada.

A fidelidade aos quadrinhos é clara, especialmente na personalidade e na estética do herói. O Escoteiro, pelo qual Superman é reconhecido na atualidade, ainda não havia sido concebido nos quadrinhos, e o jeito enérgico de Alyn transparecia um herói briguento e, por vezes, canalha, como nas histórias da época, com poses forçadas e uma corrida desengonçada.

A vilã, Madame Aranha, é "esquecível", mas personagens como Lois Lane (Noel Neill) e Jimmy Olsen (Tommy Bond) estão presentes na trama e mantêm sua fidelidade aos quadrinhos.

A série foi um considerável sucesso, somando um milhão de dólares em bilheteria após seus quinze episódios, o que tornou possível o primeiro filme do Homem de Aço, Superman vs. Homem Atômico, de 1949.

O Homem Atômico nada mais é do que um Lex Luthor modificado por experimentos, que encontra uma maneira de transformar Superman em uma espécie de ser fantasmagórico — uma alegoria ao que viria a ser a Zona Fantasma. Obviamente, Superman se salva e derrota Luthor. O aumento do orçamento permitiu melhores efeitos, mas a bilheteria não agradou tanto quanto a série, o que adiou os planos para novos projetos. Assim se encerrava o ciclo de Kirk Alyn e se iniciava a era de George Reeves.

 

George Reeves (1951-1958)

Reeves foi selecionado em uma verdadeira fila de ´´homens musculosos de meia-idade´´ para ser o Superman. Sua primeira aparição foi em Superman vs. Homem-Toupeira, de 1951, uma verdadeira anomalia da DC, considerada uma das maiores bombas da história dos quadrinhos, não chegando nem perto do sucesso alcançado por Alyn na década anterior. George nunca demonstrou uma grande paixão pelo papel, mas o dinheiro e o status que lhe rendia, o satisfaziam o suficiente.

A ideia do filme era servir como um piloto para a série de TV em preto e branco do herói, que seria de vital importância, uma vez que a televisão se tornava praticamente onipresente nos lares estadunidenses. As vendas de quadrinhos já não iam tão bem como antes, e os estúdios precisavam atrair o público de volta.

Estrelada por Reeves, As Aventuras de Superman contou com seis temporadas e 104 episódios, estendendo-se de 1952 até 1958, com um orçamento médio de quinze mil dólares por capítulo. A série sofreu com a ascensão da censura nos quadrinhos, iniciada após o lançamento do livro A Sedução do Inocente, do ´´psicólogo´´ Frederic Wertham, que acusava os quadrinhos de perverter os jovens com os argumentos mais absurdos possíveis. No entanto, tais alegações inflamaram uma parcela do país contra os quadrinhos, obrigando as editoras a infantilizar suas tramas a um nível patético—e isso também afetou as séries televisivas.

George utilizava roupas estufadas e malfeitas e interpretava um Superman um tanto arrogante, assim como Alyn. Seu Clark Kent pouco fugia desse estereótipo. Reeves fez algumas aparições públicas como Superman, algo que detestava fazer, assim como detestava o próprio papel. Sem dúvida, foi o ator que mais sofreu no manto do herói.

A relação do Superman com Lois (Phyllis Coates) é desinteressante, as cenas de ação não convencem, e a maioria dos efeitos também não agrada. Reeves não fez um mau trabalho, mas o contexto da época e a baixa qualidade das produções fizeram com que ele perdesse muito de seu potencial. Ainda assim, é inegável que ele foi responsável por levar o herói a um novo patamar e se tornou sua face por duas décadas—até que, exatamente 20 anos depois, outro Reeves iria tirá-lo de seu trono...

 

Christopher Reeve (1978-1987)

Eis a versão suprema do Homem do Amanhã. Antes de Reeve, alguns nomes se destacaram ao viver Superman, como Bob Holiday e David Wilson, responsáveis, respectivamente, por interpretar o herói no musical da Broadway É um Pássaro? É um Avião? e em sua adaptação televisiva. Houve também Johnny Rockwell, que interpretaria o jovem Superboy em uma série solo em 1961, mas que nunca viu a luz do dia devido a problemas orçamentários.

A década de 1970 se tornava desesperadora para a DC, com a Marvel finalmente superando a editora no topo do gráfico de vendas após 30 anos de rivalidade. Além disso, seu maior nome, Superman, começava a parecer antiquado diante dos novos tempos. Como trazer o "americano certinho" em uma era onde a rebeldia contra tudo que era tradicional imperava nos quadrinhos? Como apresentar um herói bondoso, superpoderoso e quase messiânico em tempos dominados por anti-heróis mais humanizados e violentos? Seja lá como fosse o filme, uma coisa era certa: se fracassasse, poderia enterrar o Superman para sempre.

O filme precisava ser grandioso, e a DC sabia disso. Por isso, buscou os melhores, tanto para atuar quanto para dirigir o "superfilme". Mario Puzo, roteirista de O Poderoso Chefão, foi chamado para escrever o roteiro, mas sua versão não foi aceita pelo estúdio. Na direção, até mesmo o jovem prodígio Steven Spielberg (famoso por Tubarão) foi cogitado, mas considerado "novo demais" para uma empreitada dessa magnitude. Assim, a direção ficou a cargo de Richard Donner, que encontraria em Superman: O Filme a maior obra de sua carreira.

Quanto ao novo Superman, a busca foi incansável e precisava ser. Quem vestisse o manto seria eternizado na história do cinema. Nomes como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Clint Eastwood, Paul Newman e até mesmo Muhammad Ali foram cogitados, mas, por diversos motivos, acabaram recusados.

A produção, então, decidiu buscar um ator anônimo, alguém que seria lembrado apenas pelo papel. Em uma das várias sessões de teste, encontraram um jovem galã circense, quase descartado por ser considerado "bonito demais". Seu nome? Christopher Reeve. A fatídica cena da entrevista no apartamento de Lois foi usada como teste, e Reeve demonstrou habilidade não apenas para viver Superman, mas, especialmente, para interpretar Clark Kent. Com uma simples jogada de ombros para trás e um olhar baixo, ele era capaz de convencer qualquer um de que os dois não eram a mesma pessoa. Era ele! E não apenas ele, pois Margot Kidder (Lois Lane), Marlon Brando (Jor-El) e Gene Hackman (Lex Luthor) tornavam o elenco um verdadeiro palco de Hollywood.

Reeve contava com uma experiência como paraquedista, o que lhe ajudou nas cenas que envolviam os voos do herói, e sua capacidade de dividir as personalidades Superman/Clark tornaram sua atuação única até então.

Com a produção mais cara da história do cinema até então, Superman prometia efeitos especiais de cair o queixo – e entregou. Na época, os voos de Christopher convenciam a plateia daquilo que Donner havia prometido nos pôsteres: "Você vai acreditar que um homem pode voar."

Superman (1978) traz uma trama fiel aos quadrinhos, consolidando de maneira magistral sua trajetória desde a destruição de Krypton até sua chegada a Metrópolis. O filme narra os motivos do cataclismo de seu mundo natal, detalha a descoberta de seus poderes de forma envolvente e transforma o romance com Lois em algo realmente mágico.

A trilha sonora de John Williams casa perfeitamente com a atuação majestosa de Reeve. Seu Superman era bondoso e confiante, capaz de impedir que um trem saísse dos trilhos e, ao mesmo tempo, salvar um gato para uma menininha – ele era praticamente um deus, mas tão humano quanto qualquer um de nós.

A obra foi um sucesso astronômico, rendendo milhões à DC, especialmente na venda de produtos, e transformou Reeve em um astro mundial. Superman havia salvo a DC, com as vendas de seus quadrinhos crescendo drasticamente. O sonho havia sido realizado, o MAIOR FILME DE SUPER-HERÓI da história até então havia sido concebido.

Reeve repetiria a dose em mais três filmes, que, infelizmente, a partir do segundo, foram produzidos com foco apenas no lucro, e não na qualidade artística. Assim como os filmes, a atuação de Christopher perdeu um pouco de seu brilho. Em Superman II, temos a chegada de General Zod (o tio do Superman), e seus lacaios, que rendem ótimas cenas de ação, e um desafio à altura do herói. O filme ainda é bom, mas não como o primeiro, muito devido à mudança forçada de direção, com a saída de Richard Donner e a vinda de Richard Lester, o que tornou a produção um tanto apertada e descuidada. Mas ainda assim, um tremendo sucesso. Porém, não se pode dizer o mesmo de Superman III e Superman IV, sendo esse último considerado por muitos "O Pior filme do Superman", trazendo aberrações como o Homem Nuclear e o Superman reconstruindo uma parede com sua visão de pedreiro? Entre essas abominações, ainda tivemos a maravilhosa (ironia), Supergirl de 1987, que teve um destino semelhante aos novos filmes de Reeve, o esquecimento.

Ainda assim, nenhum ator incorporou tão perfeitamente a aura do herói como ele, tornando-se incomparável. Infelizmente, Reeve sofreu um grave acidente em uma corrida de cavalos, perdendo os movimentos dos braços e das pernas. No entanto, o público nunca o abandonou – e muito menos sua família. Seu talento era tão grandioso que, mesmo preso a uma cadeira, ele conseguia ir além, pois havia tocado o coração dos fãs. Ele realmente fez o mundo acreditar que um homem podia voar.

Não é à toa que, quando retornou à vida pública em 1996, comparecendo à cerimônia do Oscar, todos na plateia se ergueram e o aplaudiram de pé. Nomes como Quentin Tarantino e Tom Hanks (que chorou ao vê-lo) demonstraram o tamanho daquele homem – não apenas para o gênero de super-heróis, mas para a história do cinema.

 

John Newton (1988)

A saída de Reeve do papel de Superman deixou um verdadeiro problema nas mãos da DC. Quem poderia superá-lo? A solução foi apostar em uma nova empreitada, trazendo à tona a tão sonhada série do Superboy, e o nome da vez foi o de John Newton. O jovem ator interpretou um Superman universitário, ainda aprendendo sobre seus poderes e responsabilidades (à la Peter Parker), na tentativa de aproximá-lo do público adolescente, algo que deu consideravelmente certo. Porém, o "extracampo" de Newton era complicado, e o ator acabou sendo demitido após ser preso por dirigir embriagado, dando espaço para Gerard Christopher, o "jovem" de 30 anos, que viveria o Superman adolescente....

 

Gerard Christopher (1993-1997)

Gerard Christopher assumiu o papel de Superboy a partir da segunda temporada da série Superboy (1989-1992) e continuou até o final da série, trazendo uma abordagem mais madura e experiente ao personagem. Sua interpretação de Clark Kent/Superboy foi mais alinhada com a versão clássica do Superman dos quadrinhos, mas ainda com a pegada de um herói mais jovem em processo de amadurecimento.

Christopher foi mais físico em seu desempenho, trazendo uma presença mais forte para o papel, o que também se refletia nas cenas de ação e nos confrontos com vilões. Ele tinha uma atitude mais confiante e, com isso, a série adquiriu um tom mais sério e focado na moralidade e nas responsabilidades de um super-herói. Ao contrário da versão mais inexperiente de John Newton, o Superboy de Gerard Christopher era mais capaz de lidar com suas responsabilidades como um herói, embora ainda fosse retratado em um cenário onde enfrentava dilemas típicos de um jovem adulto, como questões de identidade e relacionamentos.

Sua versão do personagem ainda era imatura em certos aspectos, como sua relação com a Lois Lane e outras figuras centrais do universo do Superman, mas a atuação de Christopher trouxe uma energia mais convincente e uma abordagem mais focada na evolução do herói, passando de um jovem promissor para alguém com um maior senso de dever. Além disso, a série passou a explorar mais profundamente a mitologia de Superman, com vilões mais conhecidos e o próprio desenvolvimento de seus poderes.

 

Dean Cain (1993-1997)

Após vencer a disputa direta com Kevin Sorbo, Dean assumiu o papel de Homem de Aço na série Superman & Lois, ao longo dos quatro anos de exibição. A ABC, produtora do programa, desejava uma atração mais voltada para o público feminino e mais velho, uma verdadeira novela. O risco de "excluir" os fãs clássicos para se apresentar a um novo público era alto, mas isso acabou resultando em um imenso sucesso, que manteve o herói vivo, após a nova baixa nos quadrinhos do personagem.

Dessa forma, a atuação de Dean estava mais focada em Clark do que em Superman. A obra priorizava o romance entre dois jornalistas de sucesso, mudando isso apenas após duas temporadas, quando abriu espaço para a ação, o que acabou fazendo com que perdesse parte do público.

Cain, sem dúvida, marcou época, mas não é o "Superman" mais tradicional, pois seu foco era diferente e um tanto destoante dos que o antecederam.

 

Tom Welling (2001-2011)

"Somebody saveeeee meeee!" Essa música chiclete simbolizou Superman por 10 anos, enquanto o personagem foi vivido por Tom Welling, o ex-modelo de 23 anos, responsável por interpretar o jovem Clark Kent, mesmo temendo que a série fosse um fracasso estrondoso.

A série foca na juventude de Clark, com ênfase em seu desenvolvimento e sua busca pelo seu próprio destino (palavra essa usada 300 vezes por episódio, no maravilhoso roteiro da série). Temos Lana Lang, Lois Lane, Lex Luthor e até outros heróis, como Flash e Lanterna Verde, sendo apresentados e forjando suas alianças e desavenças com Clark.

A série é tosca, isso é inegável, mas tem seu valor, sendo um bom seriado adolescente, que pode ser visto como nostálgico na atualidade. Apenas na última temporada o jovem se veste como Superman e parte para Metrópolis, onde confronta um bizarro Darkseid.

Welling foi o ator que viveu por mais tempo o manto do herói, dez anos consecutivos, e anotou seu nome na história, mas peca pelo texto pobre da série, que o limitou a ser um simples adolescente dos anos 2000.

 

Brandon Routh (2006)

Brandon Routh interpretou o Superman em Superman Returns (2006), dirigido por Bryan Singer, e sua performance foi marcada pela dificuldade de continuar a tradição de Christopher Reeve enquanto tentava oferecer uma nova perspectiva ao personagem. O filme se passa como uma espécie de "continuação espiritual" da série clássica de Superman com Reeve, ignorando os eventos dos filmes Superman III e Superman IV, o que já apresentava um grande desafio, especialmente considerando o legado de Reeve, que era imenso. Routh foi frequentemente comparado a Reeve, pois sua aparência e seu comportamento como Clark Kent e Superman foram claramente inspirados na interpretação original. Ele capturou a bondade e a leveza do Superman, mantendo o tom clássico do herói, mas ao mesmo tempo trouxe uma melancolia ao personagem, refletindo o fato de que Superman havia ficado ausente por anos e estava tentando lidar com sua solidão e o peso de suas responsabilidades. Esse aspecto de solidão foi evidenciado principalmente no relacionamento complicado entre Clark e Lois Lane, com Routh interpretando um homem que ainda amava Lois, mas não podia ter a vida que desejava devido ao seu compromisso com o bem maior. No entanto, Superman Returns não teve o sucesso esperado, sendo acusado de ser excessivamente nostálgico e lento em seu ritmo, com menos ação do que os filmes de super-heróis estavam oferecendo na época, o que acabou desapontando muitos fãs. O filme teve uma recepção mista, com críticas sobre a falta de uma ameaça grandiosa e o ritmo mais arrastado. Routh, embora tenha feito uma performance sólida e que capturava a essência de Superman, não conseguiu reverter as dificuldades do filme em termos de bilheteira e impacto. No entanto, sua interpretação teve uma segunda chance de brilhar em 2019, quando ele apareceu no crossover Crisis on Infinite Earths, do Arrowverse, onde interpretou uma versão alternativa de Superman, mais velha e de um universo paralelo. Nesse evento, Routh trouxe uma nova camada ao personagem, apresentando um Superman mais maduro, mas ainda preservando a bondade e o heroísmo que definem a figura do herói. Embora sua performance em Superman Returns tenha sido limitada pelo desempenho do filme, seu retorno ao papel no Arrowverse permitiu que ele fosse reconhecido e celebrado, tanto pelos fãs mais antigos quanto pelos mais novos.

 

Henry Cavill (2013-2019)

Para alguns, o Superman definitivo; para outros, um desastre, um reflexo da releitura que o herói recebeu a partir dos anos 2010, com um toque mais sombrio e humanizado. Cavill foi considerado um tanto "inexpressivo" para o papel, mas, ainda assim, Zack Snyder o escolheu para estrelar Homem de Aço.

Em seu filme solo, Cavill traz um Superman mais duvidoso em relação ao seu papel na Terra, receoso em usar seus poderes em prol da raça humana ou em não interferir — dúvida essa que o fez deixar seu próprio pai morrer. A aptidão heroica de Reeve desapareceu; Henry tem dúvidas, e cada vez mais esse lado sombrio do Superman seria explorado.

Em Batman Vs Superman, Clark quase mata Batman após uma manipulação de Luthor, com ele declarando a Lois: "Ninguém permanece bom nesse mundo", o que escancara que esse personagem não é o herói ideal e, para muitos fãs, nem ao menos é o Superman...

Em Batman Vs Superman e Liga da Justiça, um Superman corrompido é apresentado, usando seus poderes guiado apenas pelo ódio, se tornando um lacaio de Darkseid e obliterando a Liga, após a morte de Lois, demonstrando uma certa inspiração no arco Injustice. O Superman é um bom homem, mas, se atingir sua família, ele quebra e se torna um monstro tão terrível quanto seus próprios vilões.

Algo inegável é a qualidade de Henry na ação, com lutas fantásticas contra Lobo da Estepe e na Liga da Justiça, nos dando um vislumbre do poder absoluto do Homem do Amanhã, com todos os aparatos tecnológicos da atualidade, nos permitindo sentir a profundidade de seus poderes, dando-lhe um ar grandioso, mas, por vezes, de uma AMEAÇA grandiosa.

Pessoalmente, não sou hater de Cavill, mas admito que ele poderia ter sido mais fiel ao "Escoteiro" dos quadrinhos, sem abandonar sua proposta mais humana. Contudo, nunca mais teremos a chance de vê-lo nas telas, após a dissolução total do antigo DCEU.

 

Tyler Hoechlin (2016-2021)

Tyler Hoechlin interpretou o Superman na série Supergirl (2016), e sua performance como o Homem de Aço foi recebida de forma bastante positiva, principalmente por sua habilidade de equilibrar a natureza heroica e a humanidade do personagem. Quando Hoechlin foi escalado para o papel, ele trouxe uma abordagem fresca e moderna ao Superman, com um foco em sua relação com Supergirl (Kara Zor-El), o que o diferenciava de outras versões do personagem. Sua interpretação foi marcadamente mais leve e acessível, em comparação com a intensidade de algumas versões anteriores, como a de Henry Cavill, mas sem perder o senso de heroísmo e moralidade que caracteriza o personagem. Uma das características mais notáveis de sua atuação foi a química com Melissa Benoist, que interpreta Kara, sua prima. A relação entre os dois foi um dos pilares da trama de Supergirl, e Hoechlin trouxe um Superman mentor, protetor e inspirador, ao mesmo tempo em que transmitia uma sensação de proximidade e companheirismo com Kara, um aspecto muitas vezes negligenciado em outras versões. Sua versão de Clark Kent também teve um equilíbrio interessante entre o lado mais informal e humano do personagem e sua identidade como Superman, mostrando a dicotomia entre a vida normal e os desafios do super-herói de forma muito eficaz. Embora não tenha sido o foco principal da série, o Superman de Hoechlin foi bem recebido pelos fãs, especialmente quando o personagem teve aparições maiores, como no evento de crossover Crisis on Infinite Earths, no qual ele teve um papel mais central. Durante esse crossover, o Superman de Hoechlin teve uma representação ainda mais profunda, explorando as consequências de suas escolhas como herói e mostrando uma visão mais madura e resoluta do personagem. Em termos de atuação, Hoechlin conseguiu capturar a essência do Superman de uma maneira mais suave e acessível, ao mesmo tempo em que mantinha a força e o senso de dever que o define como um dos maiores heróis da DC.

 

David Corenswet (2025)

Obviamente, não posso falar muito sobre o Superman de Corenswet, pois seu filme ainda será lançado, restando a nós apenas analisar seus trailers. O traje está ótimo e fiel aos quadrinhos, com elementos clássicos como Kripto, o Supercão, e a relação Lois/Clark parece ótima.

David demonstra uma habilidade tremenda em inverter os papéis de Superman/Clark, parecendo realmente outra pessoa, assim como Reeve. A tônica do filme parece apostar em resgatar o "Escoteiro Azul" para a mitologia do Superman, sobrepondo o subtexto sombrio de Cavill. O Starman está voltando.

Os fãs esperam um Superman bondoso e cheio de esperança, e um filme grandioso, digno do Homem de Aço, digno de um filme que irá reerguer não só a DC, mas o gênero de heróis, que se encontra no lamaçal. Somente o maior herói de todos os tempos pode fazê-lo.

Pessoalmente, espero uma atuação no nível de Christopher Reeve e um filme ainda mais esplêndido que o clássico de 1978, o filme que mudará o gênero de heróis para sempre.



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