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Crítica: Cobra Kai (Temporada 6: 6 ao 10)

A melhor série de artes marciais na Netflix enfim voltou as telinhas, trazendo o grandioso Sekai Taikai, o maior torneio de Karatê do mundo, como pano de fundo para a continuidade da rixa entre Daniel, Johnny e Kreese, com o surgimento de uma nova ameaça, e ressurgimento de uma antiga. Teremos SPOILERS, pois tem certos pontos da narrativa que precisam ser contados para a crítica fazer sentido, mas, duvido que qualquer fã da série já não esteja por dentro de tudo que rolou!

 

A Tensão Aumenta

Pra começar, todo mundo queria ver duas coisas nesse segundo bloco da temporada final: O passado de Miyagi e lutas incríveis no Sekai Taikai, e a série não decepciona. As cenas de ação aqui estão no auge, bem coreografadas, com uma ótima trilha sonora e enorme peso emocional. Novos personagens como Axel e Zara não são nem de longe geniais, mas cumpre bem o seu propósito, se mostrarem ameaçadores e desafiadores aos protagonistas. A inventividade das provas também é ótima, indo além do puro e simples combate, levando muito em consideração o espírito de equipe e a inteligência tática.

Daniel continua sua busca sobre o passado de seu mentor, até ser capturado por um homem que aparentemente trabalhava para Kreese, mas que na verdade, era um funcionário do mestre Wolf (Interpretado por Lewis Tan, conhecido por seu papel na franquia Mortal Kombat) e seu sócio, Terry Silver, livre da prisão, e cheio de dinheiro para bancar o dojô de Wolf, o Iron Dragons, que reunia os melhores lutadores do mundo, com Zara e Axel, que prova após prova, se mostram muito superiores a todos que enfrentam. Ao fim dessa busca, Daniel descobre que Miyagi já lutou no torneio, e matou seu adversário, mostrando que o passado de seu mestre era muito sombrio, e que ele definitivamente não era o santinho que ele imaginava.

Agora, chegou a hora de falar mal. O elenco adolescente é insuportável fora do tatame. Apesar de bem atuados, os personagens parecem terem sido retirados de uma nova mexicana, envolvidos em intrigas patéticas e repetitivas, e diálogos muito arrastados. Daniel e Johnny continuam sua rixa, sempre com os mesmos problemas, parece que em seis temporadas, eles não deram nem dois passos pra frente, sempre voltando ao mesmo lugar, o que frustra o espectador. Zara e Axel tem ótimas cenas de ação, mas são personagens forçados demais, apesar de que com certeza a campeã do Dragons ter ganho os corações de muitos fãs jovens da série... Isso não muda o fato de que sua personagem não é nada sútil, sendo o esteriótipo da garota arrogante e insuportável, enquanto Axel parece uma versão adolescente de Ivan Drago, sem mal abrir a boca ao longo da série.

Por fim, finalizo dizendo que temos uma série divertida e com cenas de ação chocantes, que após a conclusão dramática do décimo episódio, pode trazer muito coisa surpreendente, mas, que insiste em pecar sempre nos mesmos pontos, o que acaba deixando essa temporada um tanto amena, e para mim, nem aos pés da genialidade da temporada cinco.


Nota: 7,5



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