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As Melhores Lendas Urbanas da Bahia

Nos dois capítulos anteriores dessa saga explorando o folclore regional brasileiro, passamos por Santa Catarina e Rio de Janeiro, com diversas lendas de arrepiar. Hoje, vamos para uma das regiões mais culturalmente ricas do país, a Bahia. Seu folclore vasto está entre os mais reconhecíveis do Brasil.

Para as novas gerações, lendas urbanas e folclore não passam de meros mitos, contados por tios ou avós para assustar crianças. Na modernidade da vida urbana, o medo do desconhecido se tornou quase inexistente, afinal, as luzes da cidade parecem expulsar qualquer força sobrenatural que possa se esconder nas sombras. Além disso, no cotidiano, há medos muito mais palpáveis a enfrentar.

Mas faça um pequeno exercício mental: imagine-se longe do conforto do seu apartamento ou casa na cidade. Agora, transporte-se para o campo, há 30, 40 ou 50 anos. Não há internet, não há luz. Apenas você e sua mente. Você realmente acreditaria que os sons da noite não passam de "lendas" ou, no silêncio absoluto, sua mente começaria a tecer teorias sobre suas origens das formas mais perturbadoras possíveis?

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O Papa-Figo

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Muito difundida em todo o país, mas sob a alcunha mais conhecida de 'Homem do Saco'. O Papa-Figo é, sem dúvida, uma das lendas mais obscuras do folclore baiano, por levar a outro nível o terror do sequestrador de crianças.

Esse homem nada mais é do que um doente terminal, que precisa, como o nome sugere, de fígados jovens e saudáveis para manter-se vivo. Por isso, ele rapta crianças e lhes toma seu fígado, deixando-as junto a um maço de dinheiro, para que seus pais possam arcar com o enterro.

Existem versões ainda mais monstruosas dessa lenda, em que o Papa-Figo não possui traços humanos, sendo uma espécie humanoide, com dentes e unhas enormes, e pelos que cobrem seu corpo inteiro. Algo presente em ambas as versões é a estratégia do vilão para atrair as crianças, prometendo-lhes doces e balas.

A lenda, como diversas outras em nosso país, tem um propósito acima de tudo, educacional. Os pais costumavam conta-la a seus filhos, para que não saíssem com estranhos. O medo que essa lenda causou nas gerações passadas definitivamente deve ter salvo muitas crianças dos monstros da vida real.

Quibungo

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Um dos monstros mais bizarros do folclore brasileiro, digno de um filme sci-fi americano. O Quibungo é uma mistura bizarra entre homem e lobo, possuindo uma boca enorme em suas costas, por onde engole as crianças malcriadas e desobedientes. Eis aí mais uma lenda que deve ter feito muitas crianças andarem na linha.

O monstro costuma vagar por florestas, e só pode ser morto por uma arma de fogo, disparada por um adulto.

A lenda também indica que os espécimes mais cruéis, possuem apenas um olho, tornando-os ainda mais bizarros.

O Tesouro da Fonte Nova

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De acordo com a lenda, havia uma pilha de ouro guardada em uma arca de bronze, dentro das galerias da Fonte Nova, deixado por Holandeses durante sua invasão ao Brasil entre 1624 e 1625.

Após 3 séculos, esse tesouro voltou a ser assunto, graças a mídia baiana, e diversos aventureiros decidiram arriscar-se a explorar o local, com a esperança de ficar rico. Porém, após décadas e décadas de exploração, não encontraram nenhuma única moeda de ouro.

Haviam especulações quanto a um crucifixo dourado, que valeria milhões, e seria a joia da coroa desse tesouro, o que despertou ainda mais interesse.

Ao longo dos anos 1930, diversas pessoas tentaram acha-lo, também sem sucesso. Na década de 1950, as obras para a construção de um estádio acabaram com o aterramento da região, pondo fim a qualquer esperança de achar dinheiro.

Caboclo D´ Água

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Descrito como um ser meio homem, meio peixe. As vezes retratado como um gigante, outras como um anão. Sua pele é cor de bronze e possui um único olho localizado bem no meio da testa.

O Caboclo habita os rios e lagos, e os protege de quaisquer invasores, sendo o principal perigo para pescadores e viajantes.

A maioria de seus relatos se deu no Rio São Francisco, onde diversos pescadores começaram a se precaver contra ele. Seja colocando carrancas monstruosas na frente de seus barcos, seja ficando facas no fundo de seus barcos, eles foram criando jeitos de ser proteger do monstro aquático.

A Loira do Bonfim

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A versão baiana de uma das lendas mais populares do Brasil, a Loira do Banheiro ou Mulher de Branco.

Nessa versão, o dito fantasma ficaria em torno da Igreja do Bonfim, embarcando em carros, e após um andar um certo tempo, desaparecendo completamente. Em boa parte dos casos, ela guia o motorista até próximo a um cemitério, no caso, próximo a sua ´´casa´´.

Em certas versões, ela chega a revelar que morreu ali, devido a uma desilusão amorosa.

A Casa dos Sete Candeeiros

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Em pleno Pelourinho, entre tantas construções coloniais marcadas por séculos de história, uma casa se destaca não pela sua beleza ou por ter abrigado alguma figura histórica, mas por causa de uma porta que nunca foi aberta.

A chamada Casa dos Sete Candeeiros ganhou esse nome por ter, segundo antigos moradores, sete antigos lampiões presos à sua fachada. Mas o que realmente instiga quem passa por ali é a porta selada no alto de uma escada, aparentemente funcional... mas inacessível. Dizem que quem tentar abri-la jamais terá paz.

Alguns dizem que foi selada para esconder um crime brutal cometido por um antigo proprietário. Outros falam de ritos de magia negra, e que dentro daquele aposento jaz algo que não deve ser acordado. Há ainda quem afirme que a porta foi trancada por monges do século XIX para selar um espírito que ameaçava a cidade com pragas e morte.

A Casa de Marback

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No bairro da Saúde, em uma das ruas mais tranquilas de Salvador, está uma casa que ninguém quer chegar perto: a antiga Casa Marback, uma mansão colonial abandonada, coberta por trepadeiras, rachaduras e histórias sombrias.

Seu último morador conhecido, segundo relatos antigos, era um homem influente e recluso, que teria enlouquecido e desaparecido sem deixar rastros. Desde então, a casa foi palco de mortes inexplicáveis, gritos noturnos e visões de vultos nas janelas quebradas.

Reza a lenda que a casa foi construída sobre um antigo cemitério clandestino de escravizados, e que os espíritos nunca descansaram em paz

Nos últimos 40 anos, todos que tentaram reformá-la desistiram operários relataram vozes dentro das paredes, ferramentas que desapareciam e portas que batiam sozinhas.

2 Comments

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Janea Chaves
Janea Chaves
Aug 05
Rated 5 out of 5 stars.

SENHORRRR...!!!!!!!!


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Rated 5 out of 5 stars.

Tem que trazer mais lendas do sul do Brasil, são as melhores

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