10 Curiosidades Sobre Freddy Krueger
- Canal Cultura POP
- 27 de ago.
- 8 min de leitura
Após o grande sucesso de nossa lista de curiosidades sobre Jason e sua franquia, porque não, falarmos de seu grande rival? Hora do Pesadelo surgiu como um sopro de inovação no mar de mesmice do terror oitentista. Saído da mente de um dos maiores gênios do cinema, Wes Craven, Freddy surgiu depois de Jason e Michael Myers, e tornou-se tão icônico quanto eles. Seja por sua personalidade completamente distinta, seja por seus poderes bizarros, ele se tornou um verdadeiro ícone pop. Hoje, vamos conhecer alguns fatos curiosos sobre a história do Mestre dos Sonhos!

10 Curiosidades Sobre Freddy Krueger
Inspirações e Concepção

Para escrever Freddy Krueger, Wes Craven buscou referências em pesquisas, e em suas experiências pessoais. O nome, era o mesmo de um garoto que lhe batia em seus tempos de colégio. A aparência bizarra, era baseada em um mendigo que ficava próximo a janela de Wes na infância, encarando-o a noite inteira.
E os poderes de Freddy? Essa é sem dúvida a inspiração mais bizarra! Wes disse que ao ler uma matéria no Los Angeles Times, onde diversos jovens morreram no sudeste asiático, após uma série de sonhos estranhos, desenvolveu a ideia do vilão no mundo sonhos.
A Disney chegou a se interessar no roteiro de Wes, mas, obviamente, quero amenizar a história. Craven negou, apesar da boa quantia ofertada. Ele queria fazer o vilão do seu jeito.
Craven sempre buscou ir contra a maré, não atoa, foi também o autor de Pânico em 1996. Seu vilão não seria silencioso e taciturno, seria falante e colorido. Unindo todos esses conceitos, ele criou seu vilão, mas, faltava o ator perfeito para interpreta-lo.
David Warner e Charles Keating foram cotados, mas foi Robert Englund o grande vencedor. Ele tinha o perfeito balanço entre humor e terror. Criador e criatura casaram tão bem, que Robert viveu o Mestre dos Sonhos em oito filmes seguidos, sendo impossível separá-lo do personagem. Ele simplesmente É Freddy!
As cores vermelho e verde foram escolhidas para o suéter do vilão, porque segundo um estudo que Craven leu, são a combinação de cores mais difícil para o cérebro humano processar simultaneamente.
Sua maquiagem pesada, que custava horas para ser feita no ator, gerou uma curiosidade tensa de bastidores. Robert e outros membros da produção, costumavam almoçar em um restaurante próximo ao estúdio. Certo dia, o ator não teve paciência para retirar a maquiagem, e foi assim mesmo para o intervalo. Ao fazer seu pedido, viu o garçom desmaiar de choque ao ver seu rosto bizarro. Naquele dia, Freddy realmente causou pesadelos!
A Hora do Pesadelo veio aos cinemas em 1984, estrelando jovens que posteriormente fariam história no cinema, como Johnny Deep, que na mesma década, faria Edward Mãos de Tesoura. Com um orçamento de 1,1 milhão de dólares, o filme faturou 25 milhões, sendo um sucesso estrondoso de crítica e bilheteria.
Hora do Pesadelo 2 é um Filme Gay?

Essa já é conhecida pelos fãs!
Com a saída de Wes Craven, que não desejava uma continuação para sua obra, a New Line deu a Jack Sholder a missão de continuar a trama original. Assim sendo, ele ignorou completamente Nancy Thompson e passou os holofotes para Jesse (Mark Patton), cuja família se muda para a casa de Nancy em Elm Street.
Lá, Jesse passa a ter sonhos com Freddy e vê seus amigos morrerem. Porém, introduz-se um novo conceito. Freddy deseja possuir Jesse para voltar a ter um corpo físico.
A trama não faz sentido algum. Até mesmo seu título é um furo! Como Freddy pode se vingar, se ele venceu no primeiro filme?
O conceito de possessão é ridículo, não é à toa que foi completamente ignorado nas sequências. Já o subtexto gay foi muito comentado na época e confirmado anos depois pelo roteirista Robert Shaye e pelo próprio Mark Patton.
Além do comportamento distinto de Jesse, sua aversão a mulheres e sua proximidade de figuras masculinas tornavam possível essa possibilidade. Freddy, nesse caso, nada mais seria que o medo da rejeição que o garoto sentia.
Anos depois, Patton escreveu um livro confirmando essa tese e contando sobre sua experiência no filme.
Independente disso, o filme fracassou redondamente na crítica, por quebrar o conceito tão bem estabelecido no filme original. Nas bilheteiras, o filme foi bem, custando 3 milhões e faturando 30. Porém, Wes Craven teve que retornar ao projeto, para dar seu último toque de brilhantismo em sua obra, dando origem a Hora do Pesadelo 3: Guerreiros dos Sonhos, que para muitos, é o ponto mais alto da saga.
A Série de Televisão

Criada em 1988 por Wes Craven, Pesadelo de Freddy foi uma série televisiva transmitida pela Sydncation entre 1988 e 1990. Em duas temporadas, a série antológica contou com 44 episódios, todos narrados pelo próprio Robert Englund, contando histórias de Krueger antes e depois de sua morte.
Começando por sua carreira como um criminoso comum, até sua execução pelas mãos de uma multidão enfurecida, forçando-o a juntar-se as entidades dos sonhos, para manter-se vivo.
A série sofreu diversos cortes pela censura da época, tornando-a mais rasa, algo que colaborou para sua nota de 6 de 10 em veículos críticos. Sem grande apreço crítico ou audiência, a série acabou tendo seu fim ainda muito cedo. Atualmente, é impossível encontra-la em português, mas, sendo possível ainda assista-la na versão original em inglês.
Roteiros de Freddy vs Jason

Freddy vs Jason é um dos crossovers mais insanos da história do cinema, unindo dois dos maiores ícones do terror num duelo digno de “trash premium”. O projeto ficou anos na geladeira, travado por disputas entre a Paramount (dona de Jason) e a New Line (dona de Freddy).
Quando o projeto finalmente andou, diversos roteiros alternativos foram criados. Em uma versão, Freddy caçava uma jovem em seus sonhos que vivia em Crystal Lake, e lá encontrava Jason. Em outra, o confronto final acontecia no inferno, diante de ninguém menos que Pinhead, de Hellraiser. Havia ainda uma ideia onde os dois seriam caçados por Ash Williams, de Evil Dead, conceito que virou HQ anos depois.
No fim, optaram pela versão “menos maluca”. Mas ainda assim, o resultado foi um festival de porradaria sangrenta entre dois ícones que marcaram gerações. Curiosamente, esse crossover foi a maior bilheteria de ambas as franquias juntas, faturando 116 milhões de dólares, para um orçamento de ´´apenas´´ 30 milhões.
Jogo de NES
Acredite se quiser, Freddy Krueger já estava no mundo dos games muito antes de sua aparição em Mortal Kombat!
A Hora do Pesadelo lançou em 1990 para NES, com uma jogabilidade ao estilo Beat 'em Up, a mesma de clássicos como Street Fighter.
O objetivo é simples: destruir os ossos de Freddy para detê-lo para sempre. Controlamos um jovem comum, que deve passar por cenários bizarros, enfrentando diversos inimigos estranhos, enquanto evita cair no sono. Caso aconteça, o jogo se tornará mais difícil, e os cenários, ainda mais desafiadores.
O jogo tornou-se uma raridade, e sua Beta desapareceu por completo. Ainda assim, é um fato oculto um tanto bizarro sobre o vilão.
Anos depois, Freddy se tornaria personagem jogável em Mortal Kombat 9, assim como seu colega de gênero, Jason. Uma curiosidade, é que ambos foram os primeiros personagens de filmes a aparecerem na franquia. Em Dead By Daylight, ele também é um dos vilões jogáveis.
Quadrinhos

Isso não poderia faltar! Em 1989, ninguém mais ninguém menos que a Marvel Comics decidiu publicar algumas histórias de A Hora do Pesadelo.
Imagine ter a total liberdade criativa e orçamentária para criar as tramas mais ousadas e criativas possíveis, explorando ao máximo os poderes do vilão dos sonhos! Não tem como dar errado, né? Calma.....
As tramas em muito se contradiziam aos filmes, algumas até mesmo sendo adaptações diretas deles, mas destruindo completamente suas histórias. As capas, como sempre, preferem pôr o máximo de garotas nuas ou seminuas possíveis, ao invés de fazer algo minimamente coerente. Já dá para sentir a qualidade! Porém, a Marvel abriu mão do personagem, por não querer ter seu nome associado a um personagem de terror. Assim, os direitos foram para as mãos ainda menos confiáveis da Innovation Publishing, em 1991.
Nesse período, tivemos algumas histórias realmente interessantes. Em A Hora do Pesadelo, de 1992, Nancy e outros sobreviventes juntam-se para deter Freddy de uma vez por todas. Nancy, morta em Guerreiros dos Sonhos, torna-se o Sonho Bom, uma entidade que existe para dar um contraponto à maldade de Freddy. Porém, a Innovation faliu ainda em 1992, e os direitos foram mais uma vez lançados para o alto, caindo nas mãos da Trindent Comics, e posteriormente, da Avatar Press, que levou o vilão ao seu ponto mais baixo, com histórias que o deixavam completamente de lado, para focar em adolescentes góticos sem personalidade.
Porém, foi nas mãos da WildStorm Productions que Freddy enfim respirou aliviado. Uma subsidiária da DC, a WildStorm, produziu os crossovers de Freddy com Jason e Ash, que citamos anteriormente, além de quadrinhos originais incríveis. Tivemos Freddy War, onde uma adolescente junta-se com seu pai militar e enfrenta o Mestre dos Sonhos em uma verdadeira guerra dentro de sua mente. Tivemos conceitos do mundo dos sonhos sendo ainda mais aprofundados, como o bar cósmico onde Krueger senta-se para beber com os amigos enquanto não está caçando ninguém (sempre achei que ele faria algo assim).
Freddy Referenciado

Como todo o ícone pop, Freddy já apareceu ou foi referenciado em diversos filmes, séries e programas. A primeira vez foi no seriado Goldbergs em 2013, onde a pedido dos fãs, o próprio Robert interpretou Freddy, em uma piada feita com o mesmo no episódio de Especial de Halloween.
Porém, o Mestre dos Sonhos já deu as caras muitas outras vezes. Nos cinemas, podemos vê-lo em uma das cenas de Jogador Número 1, sendo destruído em uma batalha. Em Gravity Falls, ele é visto de relance em um livro. Em Ricky and Morty, o personagem Scary Terry, possui um visual idêntico a Freddy, além de possuir a habilidade de invadir sonhos.
Você acha que ele apareceu somente nos cinemas e TV? Não mesmo! Freddy chegou a dar as caras até mesmo em um clipe da banda Dokken, responsável pela trilha sonora de Guerreiros dos Sonhos, mostrando que até mesmo ele, treme com um rock pesado....
Os Livros

Lançada entre 1994 e 1995, a série de revistas Tales Of Horror, foi concebida por David Bergantino, como contos de terror, ligado pela figura de Freddy Krueger. Esses livros são verdadeiras lendas, sendo difícil saber muita coisa sobre eles. O que sabemos, é que eles se passam entre os filmes originais, apesar de não serem considerados canônicos.
Porém, Krueger teve outros romances com seu nome. A Black Flame Books encarregou-se de entregar mais 4 livros do vilão, esses sem conexão alguma com os filmes, como se fosse uma espécie multiverso.
Mesmo envoltos em mistérios, muitos que leram consideram esses livros, lhes consideram ótimos.
Peter Jackson e Seu Roteiro

O gênio por trás da trilogia Senhor dos Anéis teve uma breve passagem pela Hora do Pesadelo. Peter enviou um roteiro à New Line, propondo um reboot à franquia. Na trama, Freddy estaria esquecido, com as pessoas entrando em seus sonhos para agredi-lo e humilhá-lo, até que ele acabasse matando uma delas, e pouco a pouco, recuperando sua antiga força. A ideia era fazer uma sátira com o ícone pop que Freddy se tornou através das continuações, perdendo sua aura sinistra.
A New Line adorou o roteiro, mas não sua proposta de redefinir a série, eles queriam uma conclusão. Ainda assim, eles perceberam o inegável talento de Jackson e financiaram seu maior projeto, Senhor dos Anéis, com o qual faturou 17 Oscars.
Freddy é o Pai de Nancy

Em toda a lista que se preze, não pode faltar: ou a teoria de que era tudo um sonho (que aqui até faria sentido), ou de que algum personagem é pai do protagonista.
Fica claro na trama que o pai de Nancy é um policial de Springwood, que inclusive lhe ajuda a vencer Freddy duas vezes. Mas, circula entre os fãs da saga, que ele seria o segundo casamento da mãe de Nancy, Marge, e que na verdade, sua filha seria fruto de uma relação com Krueger, antes de sua morte.
A teoria aponta que Freddy simplesmente não mata Nancy, por ter uma conexão especial com ela. A mãe de Nancy viria a relacionar-se com Freddy durante uma crise em seu casamento. Com isso, após descobrir os crimes de Freddy e incinerá-lo, ela ficou mais sentida do que qualquer outro dos pais. Por isso, Krueger deixa Nancy por último, para que sua mãe veja seu sofrimento do início ao fim.
Outras teriam apontado que o primeiro filme inteiro seria um sonho de Marge, onde no fim dele, Freddy a levaria, assim como vimos no filme.
Bom, essas foram nossas 10 curiosidades sobre Freddy Krueger. Conhecia todas? Faltou algo? Não deixe de comentar!
Eis o maior vilão do terror!