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Psicose: Original ou Remake, Qual o Melhor?

Psicose é um dos maiores clássicos do cinema de terror, eternizando Alfred Hitchcock como um dos maiores diretores de todos os tempos. A obra original, lançada em 1960, contou com três continuações, uma pior que a outra, e recebeu um remake em 1998, dirigido por Gus Van Sant, que foi alvo de críticas severas. Hoje, vamos analisar ambas as obras, e decidir enfim, qual a melhor.

História e Roteiro

O clássico de 1960 é baseado na obra literária de Robert Bloch, lançada um ano antes. Adaptada por Hitchcock, a trama mistura elementos de suspense e investigação, com terror, tornando-a única.

A trama começa quando Marion e seu amante, Sam Loomis, estão desesperados por dinheiro, e Marion rouba 40 mil dólares de um dos clientes da imobiliária em que trabalha. Ela foge com o dinheiro, enquanto seu patrão e o cliente roubado se desesperam em busca do dinheiro, chegando a chamar Sam e a irmã de Marion, Lila.

Assistimos à tensão de Marion enquanto foge, indecisa sobre o que fazer, chegando a pensar em devolver o dinheiro, mas, insistindo em prosseguir o crime, foge em meio à noite chuvosa, até parar no Bates Motel, onde conhece o retraído gerente, Norman Bates. O tímido homem lhe convida para jantar e fala de diversos assuntos estranhos, principalmente sobre sua mãe. Naquela mesma noite, Marion é assassinada no chuveiro de seu quarto, em uma das cenas mais icônicas do cinema, com a culpa recaindo sobre a suposta mãe de Norman.

Um detetive chamado Arbogast é enviado por Lila para encontrar sua irmã e convencê-la a devolver o dinheiro, chegando inclusive ao Bates Motel. Ele confronta Norman, que se contradiz diversas vezes. Porém, o detetive também acaba morto. Os responsáveis por desmascarar Norman foram Billy e Lila, que ao invadir a casa do gerente, encontraram o corpo de sua mãe e o capturaram com suas roupas. Revelando que ele tinha um transtorno de dupla personalidade, em certos momentos, assumindo a personalidade de sua falecida mãe, morta por ele mesmo.

A trama possui uma das maiores reviravoltas de todos os tempos, repleta de suspense e tensão.

O remake de 1998 é uma cópia e cola do original, cena por cena. Isso por si só já é um ponto negativo, pela falta de criatividade.

A principal diferença entre uma obra e outra está no teor sexual. A nudez aqui é presente, assim como a tensão sexual entre Norman e Marion, simbolizando de maneira mais visceral a mentalidade deturpada de Bates. Porém, a originalidade termina aqui. De resto, tudo é repetido, só que sem o charme original, com atuações e direção inferiores.

Por fim, creio que nesse aspecto, realmente não tem discussão, o original ganha, e por muito.

(Original 1x0 Remake)

Elenco e Vilão

O elenco do clássico é impecável. Janet Leigh faz uma atuação extremamente versátil, indo do nervosismo e arrependimento após o roubo, até a expressão fria e má, de quem não tem mais remorso. Porém, é inegável que o ponto mais alto do longa, é a atuação de Anthony Perkins como Norman Bates. Perkins era um galã da Hollywood clássica, atuando em obras conceituadas como A Hora Final e Vencendo o Medo. O terror ainda era mal visto na época, assim como aqueles que se envolviam com ele, mas, Anthony se arriscou, e fez um dos maiores papéis de sua carreira, interpretando ao mesmo tempo um homem nervoso e retraído, um frio e calculista e um completamente desvairado, quando assume a personalidade de sua mãe.

O Norman Bates de Anthony Perkins, é sem dúvida, um dos maiores vilões do cinema.

Já no Remake, temos Anne Heche como Marion, em uma boa atuação, contracenando com Aragor... digo Viggo Mortensen, no papel de Sam Loomis, que tem mais presença que seu antecessor, John Gavin.

Norman Bates aqui é interpretado por Vince Vaughn, que parece uma caricatura do personagem original, com caras e bocas bizarras, que ao invés de assustar, fazem rir. A presença fria de Bates, é completamente destruída.

Por isso, apesar do remake mandar bem no elenco, não existe um gênio como Anthony Perkins, por isso, mais um ponto para o original.

(Original 2x0 Remake)

Trilha Sonora

Coordenada por Bernard Herrmann, a trilha sonora de Psicose é um verdadeiro clássico, uma das trilhas mais icônicas da cultura pop. Mantendo a tensão em alta desde o início, para o momento de explosão na cena do chuveiro, em uma verdadeira aula de musicalidade.

Em 1998, Danny Elfman recebeu a missão de atualizar a trilha de Herrmann, adicionando novas faixas.

Ambas são quase idênticas, então, concedo um ponto a cada um.

(Original 2x1 Remake)

Produção e Impacto

O orçamento limitado do original não fica aparente na tela. Com a direção brilhante de Hitchcock, o filme mantém um charme impecável do início ao fim. Quando falamos de impacto, Psicose é sem dúvida um definidor de eras no gênero de terror e suspense, tornando-se um clássico atemporal.

Já seu remake conta com uma produção mais caprichada e um orçamento mais robusto. No entanto, não tem 1% do impacto do original, mesmo com o imenso marketing que recebeu. Sua falta de originalidade e atuações toscas tornaram-no esquecível. Por isso, mais um ponto para o original.

(Original 3x1 Remake)

Veredito

Essa disputa é realmente desleal. O original é um clássico do terror, talvez o melhor filme de um dos maiores diretores de todos os tempos, uma mistura magistral de terror e suspense, com cenas e trilha sonora icônicas.

Seu remake peca em copiar muito e inovar pouco, tornando-se previsível e chato. Tem certas sacadas interessantes, mas sua falta de ousadia, somada a atuações duvidosas, o torna um filme muito aquém de sua inspiração. Por isso, o original vence!


Vencedor: Psicose (1960)


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