FILMES FAVORITOS DOS SEGUIDORES
- Canal Cultura POP
- há 20 horas
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Enfim, voltamos com um dos quadros mais amados do Lar da Cultura POP, onde nossos seguidores tem a voz! Hoje, vamos conhecer os filmes favoritos da nossa mais recente seguida, Isadora! A lista possui diversos clássicos do cinema, inclusive alguns sucessos recentes do nosso cinema nacional. Sem mais delongas, vamos conhecer essas obras!

O Diabo Veste Prada

O Diabo Veste Prada não é apenas um filme sobre moda, é sobre escolhas, amadurecimento e o preço de se adaptar a um mundo que não te reconhece de imediato. Lançado em 2006, o longa dirigido por David Frankel se tornou um verdadeiro clássico moderno, não só pelo figurino deslumbrante, mas também pelas atuações marcantes e os dilemas bem humanos por trás das passarelas.
A história acompanha Andy Sachs (Anne Hathaway), uma jornalista recém-formada que, por ironia do destino, vai parar como assistente pessoal da temida Miranda Priestly (Meryl Streep), editora-chefe da fictícia revista Runway. Miranda é claramente inspirada em figuras reais do mundo da moda, especialmente Anna Wintour, e domina cada cena com sua presença silenciosa e sua autoridade quase divina.
O que começa como um emprego “temporário” vira uma jornada de transformação, onde Andy troca seus suéteres folgados por Chanel, mas também começa a perder de vista quem ela era. A narrativa mostra com sutileza o impacto que ambientes competitivos e tóxicos podem ter nas nossas relações, nos nossos valores e até no espelho.
Mais do que uma crítica à indústria da moda, o filme funciona como um espelho da vida adulta: a pressão para se encaixar, a necessidade de impressionar, e o eterno dilema entre carreira e autenticidade. E tudo isso embalado por uma trilha sonora impecável, figurinos de tirar o fôlego (cortesia de Patricia Field), e um elenco afiadíssimo.
No fim das contas, O Diabo Veste Prada é um lembrete elegante de que, para brilhar, você não precisa apagar quem você é, mesmo que, às vezes, o salto alto pareça alto demais.
A Sociedade dos Poetas Mortos

Sociedade dos Poetas Mortos é aquele tipo de filme que marca para sempre quem assiste. Dirigido por Peter Weir e estrelado pelo inesquecível Robin Williams, o longa é uma ode à liberdade de pensamento, ao poder da arte e à coragem de viver de forma autêntica, mesmo quando tudo ao redor diz o contrário.
A história se passa em 1959, no conservador colégio masculino Welton Academy, onde regras, tradição e disciplina moldam o futuro dos jovens. Mas tudo muda com a chegada do novo professor de literatura, John Keating (Williams), que não ensina apenas poesia, ele inspira. Com métodos pouco convencionais e um entusiasmo contagiante, Keating planta sementes de questionamento e paixão nos seus alunos. Ele os convida a enxergar o mundo com novos olhos, a “sugar a essência da vida” e, acima de tudo, a fazer suas vozes ecoarem.
Entre os alunos, acompanhamos de perto Neil, Todd, Charlie e outros adolescentes tentando encontrar seus próprios caminhos em meio à pressão dos pais, das expectativas sociais e da rigidez escolar. Reunidos em segredo, eles ressuscitam a “Sociedade dos Poetas Mortos”, um antigo clube onde declamam poesia em cavernas, compartilham sonhos e redescobrem a beleza da palavra.
O filme é delicado, mas devastador. Fala de amizade, juventude e rebeldia com uma sensibilidade rara. E quando a história alcança seu clímax doloroso e inevitável, somos lembrados de como a arte pode ser tanto salvação quanto resistência.
Homem com H

Homem com H não é apenas um documentário sobre um dos maiores nomes da música brasileira, é um mergulho na alma inquieta, rebelde e magnética de Ney Matogrosso. Dirigido por Aurélio Michiles, o filme não tenta encaixar Ney em rótulos ou linhas do tempo tradicionais. Ao contrário: ele respeita o ritmo e a essência de um artista que sempre fez da liberdade seu maior ato político.
O longa costura imagens de arquivo raríssimas, performances explosivas e depoimentos íntimos, tanto do próprio Ney quanto de colegas e admiradores. Mais do que contar uma história linear, o filme constrói uma atmosfera. A cada cena, sentimos a tensão entre o artista e a caretice da época, entre o corpo nu no palco e os silêncios impostos por uma sociedade conservadora, especialmente durante os anos de ditadura militar.
Ney Matogrosso surge na tela como ele é: um camaleão, um guerreiro sensível, um corpo que canta e grita, mesmo quando não diz uma palavra. Das origens no grupo Secos & Molhados até a carreira solo marcada por ousadia e reinvenção, o documentário revela os bastidores de uma figura que nunca teve medo de provocar com voz, gesto, maquiagem e olhar.
Ao mesmo tempo em que exibe a força cênica de Ney, o filme também dá espaço para sua introspecção. Há momentos em que ele fala da solidão, da infância militarizada, da sexualidade vivida sem culpa e da arte como refúgio. Não há apelo à dramatização exagerada, tudo é conduzido com respeito, beleza e delicadeza.
Homem com H é, em essência, uma celebração da liberdade de ser. De cantar sem pedir licença, de desafiar o machismo com brilho nos olhos e purpurina na pele. É o retrato de um artista que, mais do que performar, vive e nos convida, o tempo todo, a fazer o mesmo.
Comer, Rezar e Amar

Comer, Rezar, Amar é aquele tipo de filme que convida a desacelerar e ouvir o que a alma anda sussurrando há tempos. Baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, o longa estrelado por Julia Roberts é uma jornada interna disfarçada de viagem ao redor do mundo. Mais do que um roteiro de turismo espiritual, é um mergulho nas dores, redescobertas e na beleza de recomeçar do zero.
A trama começa com Liz (Roberts) vivendo uma vida aparentemente perfeita: casamento estável, carreira bem-sucedida, casa confortável. Mas tudo isso desmorona quando ela percebe que, apesar de tudo isso, está infeliz, vazia, desconectada de si mesma. É então que ela toma uma decisão radical: tirar um ano sabático e buscar algo que nem ela sabe nomear.
Dividido em três partes, comer na Itália, rezar na Índia e amar em Bali, o filme acompanha as transformações sutis (e nem sempre fáceis) que ocorrem quando alguém se permite sair do automático. Na Itália, ela redescobre o prazer do corpo, da comida, da língua, da leveza. Na Índia, enfrenta os silêncios da mente e os traumas ainda mal cicatrizados. E em Bali, finalmente se abre para o amor, mas um amor mais calmo, construído depois de aprender a se amar também.
Com belíssimas paisagens, trilha sonora delicada e uma atuação contida, mas poderosa de Julia Roberts, o filme é menos sobre respostas e mais sobre o valor das perguntas certas. Ele não romantiza a dor nem vende uma ideia simplista de cura, mas mostra que, às vezes, tudo o que a gente precisa é se permitir pausar, olhar para dentro e começar de novo.
Comer, Rezar, Amar é, no fundo, uma carta aberta àqueles que já se perguntaram: "E se eu estivesse vivendo a vida errada?" E a resposta, entre uma pizza, uma meditação e um beijo ao pôr do sol, talvez seja: está tudo bem recomeçar.
Orgulho e Preconceito

Orgulho e Preconceito é mais do que um romance de época, é um retrato atemporal sobre orgulho, mal-entendidos e a coragem de amar apesar das aparências. Baseado no clássico de Jane Austen, o filme de 2005 consegue o raro feito de traduzir para a tela o espírito irônico, inteligente e apaixonado da obra original, sem perder sua sensibilidade moderna.
A história gira em torno de Elizabeth Bennet (Keira Knightley), uma jovem de espírito livre e olhar afiado, que vive numa sociedade onde casamento é quase sempre uma questão de sobrevivência social. Quando ela conhece o enigmático e aparentemente arrogante Sr. Darcy (Matthew Macfadyen), nasce entre os dois uma tensão que é ao mesmo tempo embate e atração. Com diálogos afiados, olhares carregados de significado e silêncios que dizem mais do que palavras, o romance vai se construindo não como um conto de fadas, mas como um encontro entre duas almas orgulhosas aprendendo a ceder.
O filme brilha não só pela química do casal protagonista, mas também pela estética deslumbrante: paisagens campestres que respiram liberdade, uma fotografia que valoriza a luz natural e uma trilha sonora que parece dançar com os sentimentos dos personagens. A direção de Joe Wright aposta na delicadeza, nos gestos contidos, nas palavras não ditas, nos detalhes que revelam o que os personagens não conseguem confessar.
Orgulho e Preconceito é, no fundo, sobre enxergar o outro com o coração desarmado. Sobre reconhecer as próprias falhas e encontrar beleza onde antes havia julgamento. Uma história que atravessa séculos porque fala de algo essencial: o desafio de amar de verdade, com sinceridade e humildade.
Muito bacana
Preciso nem dizer que amei né
Maravilhoso!!! ❤️