top of page

EXPLICANDO OS PRINCIPAIS GÊNEROS DO CINEMA

Assim como fizemos com os principais gêneros musicais, hoje vamos falar sobre os principais gêneros da sétima arte, o cinema, a melhor entre todas elas. Do terror ao drama, da ação ao Sci-Fi, vamos hoje, viajar mais uma vez pela história do cinema.

EXPLICANDO OS PRINCIPAIS GÊNEROS DO CINEMA

Terror

Talvez o mais injustiçado entre todos eles. O terror/horror é algo até árduo de explicar. Como as pessoas se sentem atraídas a assistir algo que as choca ou amedronta? Ainda assim, é o gênero mais resiliente, que se moldou desde os anos 1920/1930, com o expressionismo alemão e os monstros clássicos, com um terror mais literário, pouco visceral, focado em medos mais mitológicos. Com o tempo, tornou-se mais brutal, com a violência nua e crua, e por fim, algo psicológico, que penetra no cerne da mente humana. Abaixo, confira a 'linha do tempo' do cinema de terror.

🧛 1920–30: A era dos monstros clássicos

Influenciado pelo expressionismo alemão, surgem ícones como Nosferatu, Frankenstein e Drácula. Eram filmes góticos, sombrios e muitas vezes com fundo literário, que hoje, dificilmente assustam, mas, estão eternizados na história.


🐍 1940–50: A invasão dos monstros gigantes

Com a Segunda Guerra e o medo nuclear, o terror se volta para criaturas como Godzilla, formigas mutantes, alienígenas e experimentos científicos fora de controle. Esse período simbolizou o fim do medo irracional do sobrenatural, e sim, o temor do que a própria mente humana, e os avanços tecnológicos poderiam causar.


🔪 1960: O horror psicológico e realista

Psicose e O Bebê de Rosemary marcam a virada para o medo que habita o ser humano. Surge o terror com crítica social, paranoias e traumas familiares. Aqui, o terror adotou uma pegada mais psicológica e humana, e através de grandes sucessos como Psicose, deixou de ser um gênero completamente menosprezado.


🧟 1970–80: A era dos slasher movies e do terror cult

Halloween, Sexta-feira 13, O Massacre da Serra Elétrica, A Hora do Pesadelo… O medo agora vem dos assassinos mascarados. É também a época de terrores mais autorais (O Iluminado, Alien, O Exorcista). Podemos dizer que esse foi o auge do gênero. O terror sobrenatural, como Exorcista, tornaram-se fenômenos de bilheteria, chocando públicos por todo o mundo. As grandes franquias Slashers, nascidas através de Halloween e Massacre da Serra Elétrica, tornaram-se infinitas, com dezenas de continuações, tornando o terror algo quase cômico. Jason, Freddy e Chucky, viraram ícones pop, algo que não ocorria desde os anos 1930, com Drácula e Frankenstein.


🎭 1990: Terror pós-moderno e satírico

Com o gênero saturado, surgem filmes que brincam com os clichês, como Pânico, Eu Sei o Que Vocês Fizeram... e até A Bruxa de Blair, que revoluciona com estilo "found footage". Aqui, o terror começava a se reinventar, após uma década de mesmice.


🔁 2000–2010: Remakes e tortura

Hollywood aposta em reboots sombrios de clássicos e filmes com muito gore e sofrimento, como O Albergue, Jogos Mortais e O Chamado (influência asiática). O uso excessivo da violência e a atmosfera opressiva gerada pela falta de cor, tornou esse período um dos piores do terror, na opinião de muitos, pela falta de inspiração, e principalmente, de originalidade.


🕯️ 2010–hoje: O terror elevado (e revivalista)

Voltam o simbolismo e a crítica social com diretores como Jordan Peele, Ari Aster e Robert Eggers. Surgem obras como Corra!, Hereditário e A Bruxa. O gênero mistura arte, filosofia e trauma com o medo clássico.


Filmes essenciais: O Exorcista, Psicose, Pânico, Corra!, Hereditário


Diretores marcantes: Alfred Hitchcock, Wes Craven, John Carpenter, Jordan Peele, Ari Aster

Ficção Científica

Gênero que tornou-se extremamente popular a partir de a década de 1950, apesar de já ter sido experimentado desde os primórdios do cinema, devido aos avanços científicos, pluralidade cultural, e o desprendimento do público de temas monótonos. Talvez o melhor exemplo de sucesso do Sci-Fi, foi Star Wars, um verdadeiro fenômeno, que baseou-se em obras anteriores como Flash Gordon e Star Trek, e serviu de inspiração para outras, como Blade Runner.

🌌 Décadas de 1900–30: O fascínio pela tecnologia

Com o cinema ainda em seus primeiros passos, obras como Viagem à Lua (1902, Georges Méliès) mostram os primeiros vislumbres de mundos fantásticos. Era tudo muito visual e experimental.


🚀 1950: A era dos OVNIs e do medo nuclear

Pós Segunda Guerra e Guerra Fria, surgem filmes sobre invasões alienígenas, armas apocalípticas e robôs, tudo simbolizando a ameaça do “outro”. Exemplos: O Dia em que a Terra Parou e Guerra dos Mundos. Tanto no cinema, quanto na literatura, a humanidade sentia seus limites se expandirem.


🧠 1960–70: Ficção existencial e filosófica

Com a revolução cultural e o avanço da corrida espacial, o gênero amadurece. Kubrick lança 2001: Uma Odisseia no Espaço, enquanto Solaris (Tarkovsky) questiona a alma humana no espaço. Aqui, o fascínio tecnológico cruzou-se com questões morais, mostrando a corrupção do ser humano, destruindo seu próprio planeta, rendendo-se aos seus próprios vícios, e depois, recorrendo a tecnologia para superar seus próprios erros.


🤖 1970–80: A popularização e os clássicos imortais

Época de ouro: Star Wars mistura ficção e fantasia; Alien traz terror no espaço; Blade Runner discute o que é ser humano. A ficção deixou de ser algo voltado apenas para jovens nerds, ou pessoas ´´cultas´´, tornou-se uma febre mundial, as famílias lotavam os cinemas para assistir Star Wars e De Volta Para o Futuro, criando legiões de fãs.


🧬 1990: Futuro distópico e realidades virtuais

Filmes como O Exterminador do Futuro 2, Matrix e O Quinto Elemento questionam o papel da tecnologia, da inteligência artificial e da liberdade em futuros distópicos e cyberpunk.


🌐 2000–hoje: Reflexões sociais e realismo científico

Obras como A Chegada, Interestelar e Ex Machina trazem um tom mais realista, filosófico e emocional, explorando linguística, viagens no tempo, IA e isolamento humano.


Filmes essenciais: 2001, Blade Runner, Matrix, A Chegada, Interestelar


Diretores marcantes: Stanley Kubrick, George Lucas, Ridley Scott, Christopher Nolan, Denis Villeneuve

Suspense/Thriller

Iniciado com a moda dos filmes Noir na década de 1940, o suspense e os Thriller policiais tornaram-se muito populares no pós guerra, por abordar mais da realidade do público. O cinema deixava de ser algo sempre esperançoso ou fantasioso, e transformava-se em algo mais cru. Com o passar dos anos, diversos clássicos surgiram, muitos deles, dirigidos pelo dito Rei do gênero, Alfred Hitchcock, como Vertigo e Psicose.

🕵️ Décadas de 1920–50: O nascimento do suspense moderno

Hitchcock inaugura as bases do gênero com O Homem que Sabia Demais e Janela Indiscreta. Filmes noir também ajudam a criar o clima de suspeita e tensão psicológica. Esses filmes iam além do simples mistério, exploravam também a corrupção humana, sua busca não só por dinheiro, mas por status, desejos ou vingança.


👁️ 1960–70: Psicologia e paranoia

Com Psicose, O Bebê de Rosemary e O Enigma de Andrômeda, o suspense se mistura ao horror e à ficção. A ameaça passa a ser mais mental, invisível e simbólica. Clássicos como Psicose, tinham uma veia policial e de terror, ao mesmo tempo que lidavam com dilemas psicológicos, como o arrependimento de Marion Crane, e a dupla personalidade de Norman Bates. Já o Bebê de Rosemary, aborda o terror sobrenatural, com o clássico das pessoas que ´´não são o que parecem´´, algo que virou padrão no suspense/terror, da década.


🧩 1980–90: Mistério, reviravoltas e obsessão

Época de thrillers intensos como O Silêncio dos Inocentes, Instinto Selvagem, Os Suspeitos de Sempre e Seven. O suspense vira o gênero do “plot twist” e da dúvida moral. Aqui os Thriller investigativos com toques de terror atingiram outro patamar, clássicos como Seven e Silêncio dos Inocentes revigoraram o gênero, e lhe tornaram algo palatável também para o grande público.


🖥️ 2000–hoje: Suspense psicológico e social

Filmes como Garota Exemplar, Ilha do Medo e Corra! elevam o gênero com crítica social, tecnologia e relações humanas doentias. O suspense hoje também está presente em séries como Dark e You.


Filmes essenciais: Psicose, Seven, Garota Exemplar, O Silêncio dos Inocentes, Prisioneiros


Diretores marcantes: Alfred Hitchcock, David Fincher, Denis Villeneuve, Jordan Peele, M. Night Shyamalan

Comédia

O gênero favorito de muitos, feito muitas vezes apenas para descontrair e tirar boas risadas, mas em certos momentos, explora temas interessantes. O maior nome do estilo no cinema, e Charlie Chaplin, que desde o cinema mudo, fazia o público gargalhar, com seu estilo palhaço, com humor físico e situacional, na falta de diálogos. Porém, mesmo na comédia, Chaplin trazia mensagens, em filmes como Luzes da Cidade e O Garoto.

🎩 1900–30: A era do pastelão mudo

Sem som, o humor físico reinava. Ícones como Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd criaram cenas imortais com expressões, quedas e corridas. Na ausência de diálogos, os comediantes eram obrigados a criar humor com as situações e cenários, como se fosse um palhaço de circo, algo desafiador, mas, que foi um tremendo sucesso.


🗣️ 1930–50: O humor falado e os diálogos rápidos

Com a chegada do som, surgem as "screwball comedies" e os musicais cômicos. Grupos como os Irmãos Marx e duplas como Laurel e Hardy misturam ritmo e caos verbal.


🌎 1960–70: Satíricas, absurdas e políticas

O humor começa a apontar o dedo para o mundo. Clássicos como Dr. Fantástico e A Vida de Brian usam a comédia para criticar guerra, religião e governo. É a era do humor britânico ácido e do surrealismo.


🎭 1980–90: Comédia de situação e cotidiano exagerado

Explosão das comédias comerciais: Curtindo a Vida Adoidado, Os Caça-Fantasmas, As Branquelas, Debi & Lóide. Surge também o humor romântico (Harry & Sally), e os filmes de paródia ganham força (Apertem os Cintos). Nesse período, ícones como Leslie Nielsen, se tornaram lendas. O galã das décadas passadas, trouxe um humor alternativo, uma vez que ele mesmo permaneceria sério ao longo de todas as bizarrices do filme, algo que por si só, criava o humor. Seu sucesso foi tão grande, que protagonizou a trilogia Corra Que a Polícia Vem Aí, e parodias como Drácula, Morto, mas Feliz.


🖥️ 2000–hoje: Comédia adulta, desconstruída e digital

A comédia ganha nuances: às vezes mais ácida e provocativa (Borat, Superbad, Ted), outras mais reflexiva e indie (Frances Ha, Palm Springs). As redes sociais e memes moldam um novo tipo de humor imediato, com piadas politicamente incorretas.


Filmes essenciais: Tempos Modernos, Monty Python, Se Beber, Não Case, Superbad, Jojo Rabbit


Diretores marcantes: Charlie Chaplin, Mel Brooks, Monty Python, Judd Apatow, Taika Waititi

Musicais

Um estilo detestado por muitos, mas, que tem seu charme. Foi através desse gênero, que alguns dos primeiros filmes falados da história surgiram, desafiando os atores e atrizes do cinema mudo, a se adaptarem a um novo tempo, onde as aparências e os trejeitos, não bastavam para ser uma estrela.

🎥 1920–30: O nascimento do musical sonoro

Com o surgimento do som, O Cantor de Jazz (1927) inaugura o gênero. Nos anos 30, surgem os primeiros espetáculos visuais com dança, como os de Busby Berkeley.


💃 1940–50: A Era de Ouro dos musicais

Hollywood investe pesado em cores, trilhas e estrelas como Gene Kelly e Judy Garland. Clássicos como Cantando na Chuva, O Mágico de Oz e West Side Story eternizam o gênero. Mágico de Oz trazia a magia por meio da música, enquanto Cantando na Chuva, trazia uma crítica a própria Hollywood, mostrando a versatilidade do musical. Os clássicos da Disney também traziam consigo, a magia da música para as crianças.


🎭 1960–70: Do palco à tela e à crítica social

Grandes adaptações da Broadway chegam ao cinema (My Fair Lady, Hair), e os musicais começam a tocar em temas mais profundos: guerra, racismo, rebeldia. Porém, em meio as críticas sociais, havia também espaço para filmes família, como Noviça Rebelde, que foi a maior bilheteria da década de 1960.


📉 1980–90: Queda de popularidade (com exceções)

O gênero perde força comercial, mas surgem ícones cult como Grease e Os Miseráveis no palco. O Disney Revival nos cinemas animações (A Bela e a Fera, O Rei Leão) revitaliza o musical infantil, sendo talvez, os melhores filmes do gênero, sendo um sucesso também entre os adultos.


🎤 2000–hoje: Renascimento e inovação

Com Moulin Rouge, Chicago, La La Land, Os Miseráveis e Encanto, os musicais voltam ao topo, com estética moderna, narrativa emocional e temas atuais. Também ganham força no teatro filmado (Hamilton, tick, tick… BOOM!).


Filmes essenciais: Cantando na Chuva, Chicago, La La Land, Moulin Rouge, Os Miseráveis


Diretores marcantes: Bob Fosse, Baz Luhrmann, Damien Chazelle, Rob Marshall, Lin-Manuel Miranda

Aventura

Nascido de obras literárias como Tarzan e Robin Hood, é um dos gêneros mais populares do cinema, reunindo famílias e amigos nas telonas e nas telinhas. Seu auge foi sem dúvida entre 1980 e 2000, com grandes franquias como Indiana Jones Jurassic Park.

⚔️ 1900–40: Os heróis literários e exploradores

No início do cinema, a aventura se inspira em clássicos da literatura: Os Três Mosqueteiros, Tarzan, Robin Hood. São histórias de espadas, selvas, piratas e cavaleiros. Aqui, o estilo ainda baseava-se muito em livros e quadrinhos, com a missão de leva-los ao grande público, em filmes limitados, mas com imenso valor histórico.


🧭 1950–60: Aventuras exóticas e tecnicolor

Com o uso de cores vibrantes e locações exóticas, surgem filmes como Sinbad, Ben-Hur e Lawrence da Arábia. É a era das superproduções épicas com paisagens deslumbrantes. Aqui, os filmes do gênero se tornaram as referências técnicas da sétima arte. Ben Hur, o épico bíblico, foi a maior bilheteria da década de 1950, e Lawrence na Arábia, épico de guerra de três horas, faturou 7 prêmios Oscar.


🎩 1980: A explosão dos blockbusters

Indiana Jones redefine o gênero, misturando ação, arqueologia e carisma. Os Goonies, A Princesa Prometida e Piratas do Caribe seguem o tom leve, com senso de humor e fantasia.


🧒 1990–2000: Aventura infantojuvenil e digital

Animações e filmes como Jumanji, Jurassic Park, Harry Potter e O Resgate do Soldado Ryan expandem o gênero. A aventura também se junta à guerra, ao sci-fi e à fantasia. Aqui, o gênero atingiu seu auge, reunindo elementos de ficção científica, fantasia e até mesmo histórias reais.


🧠 2010–hoje: Jornada pessoal e nostalgia

Mistura-se com drama e ficção científica. Filmes como A Origem, Duna e Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo são aventuras que envolvem universos mentais ou multiversos, mantendo o espírito de descoberta.


Filmes essenciais: Indiana Jones, Piratas do Caribe, Jurassic Park, O Senhor dos Anéis, Duna


Diretores marcantes: Steven Spielberg, Peter Jackson, George Lucas, David Lean, Denis Villeneuve

Fantasia

O grande fruto da imaginação humana. A fantasia foi a força motriz do cinema em seus primórdios na França, com cenas fantásticas, viagens espaciais e seres bizarros. Com o passar das décadas, o gênero foi se aprimorando, muitas vezes, pegando como base, obras literárias.

📖 1900–40: Contos mágicos e pioneiros

Georges Méliès já fazia filmes mágicos no início do século. Adaptações de contos e mitologias começam a surgir, mas com recursos ainda limitados.


🏰 1950–70: O reinado da Disney e da fantasia medieval

Com animações como Branca de Neve e Cinderela, a Disney populariza a fantasia. A magia transmitida pelas animações era algo único, e sempre carregado de simbolismo, tornava essas superproduções, algo muito além de simples filmes infantis.

Já no live-action, há adaptações esporádicas de Shakespeare e mitologias gregas (Jasão e os Argonautas).


🧙 1980–90: Fantasia cult e nichada

Filmes como O Cristal Encantado, Labirinto, A História Sem Fim e Willow marcam a infância de uma geração. São histórias cheias de criaturas mágicas e mundos criativos, ainda que de orçamento limitado.


🔥 2000–2010: A era de ouro moderna

O Senhor dos Anéis redefine a fantasia épica. Harry Potter leva a magia para o público jovem. As Crônicas de Nárnia e Eragon entram na onda. É o auge da fantasia nos cinemas.


🌙 2010–hoje: Fantasia adulta, sombria e diversa

O gênero evolui para narrativas mais maduras (A Forma da Água, Game of Thrones) e visões contemporâneas (A Roda do Tempo, His Dark Materials). O foco está nos dilemas morais e construção de mundos mais realistas.


Filmes essenciais: O Senhor dos Anéis, Harry Potter, A Forma da Água, Labirinto, Willow


Diretores marcantes: Peter Jackson, Guillermo del Toro, Hayao Miyazaki, Chris Columbus, George Lucas

Noir

O cinema noir nasceu nos anos 1940 como um gênero de crime, moral ambígua e estética sombria, influenciado pelo expressionismo alemão. Os personagens viviam entre sombras, cigarros e traições. Com o tempo, o estilo evoluiu para o neo-noir, misturando novos temas, mas mantendo o espírito sombrio e crítico.

1940–50: A era clássica do Noir

Nascido após a Grande Depressão e a Segunda Guerra, o noir mergulha em personagens cínicos, detetives solitários e mulheres fatais. Filmes como O Falcão Maltês e Pacto de Sangue definem o visual e a narrativa.


🌁 1960–70: Declínio e reformulação

O gênero clássico perde força, mas diretores como Roman Polanski (Chinatown) resgatam o estilo com mais profundidade psicológica e crítica social.


🔦 1980–90: O neo-noir toma forma

Com Blade Runner, o noir vai ao futuro. Filmes como Los Angeles – Cidade Proibida e Seven atualizam a estética com temas modernos e visuais contemporâneos.


🧠 2000–hoje: Mistura com sci-fi, ação e existencialismo

Drive, Zodíaco, Garota Exemplar e Sin City mostram como o estilo noir segue vivo, mesclando crime, trauma, tecnologia e isolamento. Mais estilizado, mais psicológico.


Filmes essenciais: O Falcão Maltês, Chinatown, Blade Runner, Drive, Garota Exemplar


Diretores marcantes: Billy Wilder, Roman Polanski, David Fincher, Nicolas Winding Refn, Ridley Scott

Western

O faroeste é o gênero que construiu o imaginário dos EUA, com cowboys, bandidos, duelos ao pôr do sol e cidades sem lei. É um gênero sobre conflito entre civilização e selvageria, justiça, moralidade e vingança. Hoje, é frequentemente reinventado com tons épicos, críticos ou revisionistas.

🐎 1910–40: O início do mito

Filmes mudos como O Grande Assalto ao Trem criam as bases. John Ford surge como grande nome do gênero, com paisagens imensas e narrativas sobre honra e destino.


🔫 1950–60: A era de ouro do western

Surgem os clássicos com John Wayne, duelos icônicos e conflitos éticos. O gênero domina os cinemas com Os Brutos Também Amam, Matar ou Morrer, Era Uma Vez no Oeste.


🎬 1960–70: Os westerns italianos (Spaghetti Western)

Com Sergio Leone, o gênero ganha novo estilo: sujo, violento e estilizado. Três Homens em Conflito torna-se referência máxima.


🧩 1980–90: O western reflexivo

Diretores modernos como Clint Eastwood reinterpretam o gênero. Os Imperdoáveis e Dança com Lobos questionam o mito do herói e expõem as contradições históricas.


🔄 2000–hoje: Westerns revisionistas e híbridos

Filmes como Django Livre, O Regresso, Ataque dos Cães e até Logan mostram que o western vive, agora misturado com drama, terror e crítica social.


Filmes essenciais: Era uma Vez no Oeste, Os Imperdoáveis, Três Homens em Conflito, Django Livre, O Regresso


Diretores marcantes: John Ford, Sergio Leone, Clint Eastwood, Quentin Tarantino, Jane Campion

Animação

Mais do que um gênero, a animação é uma forma de fazer cinema. Ela permite criar mundos sem limites físicos, e pode abraçar qualquer gênero – de infantil a dramático, de comédia a ficção científica. No início, era vista como coisa de criança, mas com o tempo provou ser capaz de contar qualquer história com profundidade.

🎞️ 1900–30: Os primórdios do desenho animado

Curtas como os de Gertie the Dinosaur e Steamboat Willie (Mickey Mouse) são os primeiros sucessos. A técnica era o tradicional 2D, feito quadro a quadro.


👸 1930–50: O domínio da Disney

Com Branca de Neve (1937), a Disney lança o primeiro longa animado e redefine o cinema infantil. Clássicos como Bambi, Cinderela e Peter Pan consolidam o gênero.


🐉 1960–80: Expansão e novas linguagens

Além da Disney, surgem os estúdios japoneses e europeus. O anime começa a ganhar força, com obras como Astro Boy. A animação adulta começa a dar os primeiros passos.


🖥️ 1990–2000: A revolução digital

Toy Story (1995) inaugura o CGI. Pixar, DreamWorks e outras empresas popularizam a animação 3D com roteiros sofisticados. Japão explode com filmes de Miyazaki (A Viagem de Chihiro).


🌍 2000–hoje: Diversidade e maturidade

A animação passa a explorar temas adultos, sociais e filosóficos (Waking Life, Persepolis, Homem-Aranha no Aranhaverso). É respeitada como arte completa, não só entretenimento.


Filmes essenciais: Branca de Neve, Toy Story, A Viagem de Chihiro, Wall-E, Homem-Aranha no Aranhaverso


Diretores marcantes: Walt Disney, Hayao Miyazaki, Pete Docter, Henry Selick, Phil Lord & Chris Miller

Drama

O drama é o gênero mais essencial e versátil do cinema. Ele foca em personagens, conflitos e dilemas reais ou simbólicos, colocando em cena as emoções humanas em sua forma mais pura ou devastadora. Pode andar com qualquer outro gênero, mas o foco é sempre a profundidade emocional.

🧬 1900–30: A origem do drama cinematográfico

Ainda no cinema mudo, o drama era baseado em peças de teatro e literatura, com forte expressão facial e gestual. Obras como Intolerância (1916) já testavam narrativas ambiciosas.


👨‍👩‍👦 1940–50: Grandes histórias e dilemas familiares

Durante e após a guerra, o drama se volta para a vida cotidiana, o trauma, a moralidade e os valores familiares. Filmes como A Felicidade Não Se Compra e O Vento Levou marcam época.

🧠 1960–70: Realismo social e existencialismo

Surge o “cinema de autor”. O drama passa a refletir questões sociais, políticas e psicológicas. Kramer vs. Kramer, O Franco Atirador, Gente como a Gente tocam em temas como separação, guerra e culpa.


🌍 1980–2000: Mistura com temas universais

Forrest Gump, À Espera de um Milagre, Clube da Luta, Beleza Americana. O drama se diversifica, tocando identidade, morte, injustiça e crítica social, com alto alcance comercial.


🧘 2000–hoje: Drama intimista, social e sensorial

Com a ascensão dos estúdios independentes e do cinema internacional, vemos histórias delicadas e potentes como Moonlight, Nomadland, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo.


Filmes essenciais: Forrest Gump, Moonlight, À Espera de um Milagre, Beleza Americana, O Pianista


Diretores marcantes: Steven Spielberg, Sam Mendes, Barry Jenkins, Chloé Zhao, Frank Darabont

Ação

A ação é o gênero do movimento, da adrenalina e da física levada ao limite. Sua função é empolgar e impressionar, colocando heróis em situações perigosas, explosões, perseguições, combates e salvamentos. É o espetáculo puro, mas pode ser muito mais do que isso quando bem conduzido.

🥷 1940–60: Espadachins, aventuras e espiões

Começa com westerns, filmes de guerra e aventuras como Zorro, 007 e Os Sete Samurais. A ação ainda era contida, mas já impactante.


🧱 1970–80: Ação urbana e heróis duros

Operação Dragão, Rambo, Duro de Matar e Exterminador do Futuro elevam o gênero. Surgem os astros musculosos: Stallone, Schwarzenegger, Bruce Willis. É a era do “herói invencível”.


🚗 1990–2000: Ação comercial e tecnológica

Explosão de blockbusters como Velocidade Máxima, Matrix e Missão Impossível. A computação gráfica amplia as possibilidades visuais. Filmes de ação viram franquias.


🌐 2000–hoje: Ação global e híbrida

Heróis de ação se sofisticam. John Wick, Mad Max: Estrada da Fúria, O Protetor, e filmes de super-herói (MCU) redefinem a ação. Coreografias mais complexas e visuais apurados ganham espaço.


Filmes essenciais: Duro de Matar, John Wick, Matrix, Gladiador, Mad Max: Estrada da Fúria


Diretores marcantes: James Cameron, George Miller, Chad Stahelski, Christopher Nolan, Paul Greengrass

Romance

O romance é o gênero do afeto, das relações humanas e do desejo. Fala sobre o amor, seja impossível, eterno, trágico ou improvável, e usa isso como força motora do drama ou da comédia. É um dos gêneros mais universais do cinema.


💌 1930–50: A era dourada do romance clássico

Casablanca, ...E o Vento Levou, A Felicidade Não Se Compra. O amor era idealizado, muitas vezes dramático e grandioso, com diálogos memoráveis.

👗 1960–70: Amores trágicos e paixões modernas

Romeu e Julieta, Love Story, Bonequinha de Luxo trazem amores impossíveis, juventude e relações menos idealizadas. O romance passa a refletir a rebeldia da época.

💍 1980–90: Comédia romântica e histórias icônicas

Surgem Um Lugar Chamado Notting Hill, Ghost, Pretty Woman, Titanic. As comédias românticas dominam, com leveza, carisma e finais sonhados.

💔 2000–hoje: Romances realistas, nostálgicos ou dolorosos

Filmes como Diário de uma Paixão, La La Land, Me Chame Pelo Seu Nome e Ela mostram relações complexas, diferentes e nem sempre com final feliz. O amor agora é humano, com nuances.


Filmes essenciais: Titanic, La La Land, Um Lugar Chamado Notting Hill, Me Chame Pelo Seu Nome, Diário de uma Paixão


Diretores marcantes: Richard Curtis, Damien Chazelle, James Cameron, Wong Kar-wai, Greta Gerwig

2 commentaires

Noté 0 étoile sur 5.
Pas encore de note

Ajouter une note
Noté 5 étoiles sur 5.

Na comédia faltou o filme Gente Grane, esse aí é hilário

J'aime

Noté 5 étoiles sur 5.

Muito bom

J'aime

©2022 por Lar Da Cultura POP. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page