E Se o Império Britânico Fosse a Maior Potência do Mundo (Multiverso da História #1)
- Canal Cultura POP
- 7 de abr.
- 9 min de leitura
Atualizado: há 8 horas
Onde o mapa do planeta não foi redesenhado por guerras globais, e onde a queda dos grandes impérios jamais aconteceu. Um mundo onde o Reino Unido manteve sua soberania sobre 25% da Terra — mas não com armas e imposição, e sim com diplomacia, cultura e inovação.
Neste episódio do Multiverso da História, abrimos um portal para uma linha do tempo alternativa.Aqui, o Império Britânico não apenas sobreviveu ao século XX — ele dominou o século.Não pela força bruta, mas pela arte, pela ciência, pelo esporte e pelo cinema. Liverpool tornou-se a Hollywood do Velho Mundo. Batman e Superman não vestem azul e vermelho americanos, mas o marinho britânico, assim como todos os maiores ícones da Cultura POP. E nas Olimpíadas, um atleta indiano, outro nigeriano e um escocês competem juntos... pelo mesmo império.
Como evitar guerras? Como unir colônias e metrópole sob uma nova ordem mundial?

Capítulo 1: A Oficina do Mundo

No início do século XX, o Império Britânico era, sem dúvidas, o "Sol que nunca se punha". Com cerca de 25% do território mundial sob seu controle, sua economia pulsava nas fábricas de Manchester, nos portos de Liverpool e nos centros financeiros de Londres. Contudo, duas potências cresciam rapidamente e ameaçavam sua hegemonia: o Império Alemão e os Estados Unidos.
A disputa não era apenas por territórios, mas por produção, tecnologia e influência. Enquanto os EUA cresciam com sua indústria automobilística e o Império Alemão inovava com sua engenharia, o Reino Unido optava por um caminho diferente: especialização e eficiência.
Em vez de buscar apenas volume, o Império investe pesadamente em infraestrutura, logística e educação técnica para formar uma mão de obra altamente qualificada. Isso eleva a qualidade dos produtos britânicos e mantém sua competitividade no mercado global.
Ano | País | PIB (bi USD) | Ranking PIB | IDH Estimado | Observações |
1910 | Império Britânico | $560 bi | 🥇 #1 | 0.55 | Maior império do mundo; grande desigualdade nas colônias |
1910 | EUA | $480 bi | 0.57 | Economia ascendente, educação básica em crescimento | |
1910 | Alemanha | $380 bi | 0.60 | Forte indústria química e engenharia | |
França | $320 bi | 0.58 | Economia estável, com crescimento lento | ||
1910 | Rússia Imperial | $300 bi | 0.43 | Grande atraso educacional e de saúde | |
1910 | Japão | $150 bi | 0.48 | Início da industrialização militarizada |
Essa base sólida seria fundamental para o próximo grande passo: evitar o maior conflito do século XX.
Capítulo 2: Os Reis da Diplomacia

A chave para impedir o colapso global e preservar a supremacia britânica seria a diplomacia. Sabendo que o Império Alemão era a principal força emergente da Europa e um dos maiores rivais industriais e coloniais, a estratégia britânica seria evitar qualquer escalada militar.
Em vez de disputar cada colônia em conflitos indiretos, o Reino Unido abriria negociações com o Kaiser alemão, cedendo algumas colônias de menor valor estratégico, como Serra Leoa e a Somália. Em troca, exigiria o compromisso com a estabilidade europeia e um pacto de não-agressão. A ideia era saciar o desejo de expansão alemão sem comprometer a estrutura do Império.
Dessa forma, a Primeira Guerra Mundial, que rendeu ao mundo mais de 20 milhões de mortes, nunca teria acontecido. 47% do PIB britânico teria sido economizado, e a Europa não conheceria o maior terror de sua história. A Liga das Nações seria fundada para garantir as boas relações entre as grandes potências, com o intuito da manutenção da paz no mundo.
Assim sendo, a Segunda Guerra Mundial, muito mais devastadora que a primeira, tanto no âmbito humano quanto econômico, possivelmente, NUNCA ACONTECERIA. Os dois maiores horrores da história humana, nunca teriam ocorrido, graças ao brilhantismo da diplomacia inglesa.
Além disso, o Reino Unido se envolveria diretamente na estabilização do Leste Europeu. Reconhecendo o atraso estrutural do Império Russo e a crescente insatisfação popular, os britânicos intercederiam politicamente junto ao Czar Nicolau II, promovendo uma transição democrática gradual. Seria proposto um modelo de monarquia constitucional nos moldes britânicos, com eleições parlamentares e reformas sociais progressivas — evitando, assim, a Revolução de 1917, a queda do czarismo, a guerra civil e a formação da URSS.
Com uma Rússia democrática e estável como aliada, e um pacto de paz com o Império Alemão, o Reino Unido consolidaria uma nova ordem na Europa, impedindo as duas guerras mundiais e, de quebra, enfraquecendo o nascimento do fascismo e do comunismo como alternativas radicais.
Dessa forma, o capitalismo reinaria absoluto, em uma Europa estabilizada a independente.
Capítulo 3: Os Pilares do Mundo

Sem a devastação da Primeira Guerra Mundial, a década de 1920 foi marcada por crescimento e reestruturação global. No entanto, a Crise de 1929 ainda aconteceria, motivada por especulações excessivas em Wall Street. Dessa vez, os EUA seriam os mais afetados, enquanto o Império Britânico — mais equilibrado e com colônias como importantes mercados consumidores — emergiria como o fiador da economia mundial, assim como os próprios EUA foram em nossa realidade.
O Reino Unido usaria sua rede colonial e seu sistema financeiro para socorrer economias afetadas, expandindo sua influência ainda mais. As colônias passariam por uma reformulação profunda: ganhariam autonomia política parcial, direito ao voto, líderes regionais eleitos, cidadania britânica plena e investimentos em infraestrutura, saúde e educação.
Isso seria uma espécie de Reparação Histórica, tendo em vista toda a exploração e violência imposta pelos colonizadores europeus. Com as potências investindo pesado no desenvolvimento dos territórios que antes devastaram, e principalmente, combatendo o racismo. Dessa forma, seria cedido ao povo de cada um desses países, a liberdade e a autonomia, além do desenvolvimento, em troca de uma exclusividade nos negócios, mantendo uma troca de bens direta entre as nações.
Como a grande potência europeia, o Reino Unido utilizaria de sua influência para mover as outras nações poderosas da Europa a fazerem o mesmo.
Essa nova abordagem seria chamada de "Protetorado Evolutivo": uma forma de dominação mais simbólica e colaborativa, que manteria a soberania britânica ao mesmo tempo em que prepararia as colônias para o protagonismo econômico e cultural.
Nesse ponto, o Império Britânico não era apenas uma potência econômica. Tornava-se o pilar da reconstrução mundial — e o centro da nova ordem internacional.
Capítulo 4: Império Cultural

Com a economia estabilizada e as tensões militares minimizadas, o Império investe pesado em cultura. Liverpool se torna a “Hollywood Britânica”, recebendo recursos públicos e privados para a criação de grandes estúdios cinematográficos, teatros, orquestras e editoras de quadrinhos.
Personagens como Superman e Batman, ao invés de surgirem nos Estados Unidos, são criados no Reino Unido, tornando-se símbolos da cultura imperial. O soft power britânico conquista o mundo com blockbusters, literatura de massa, bandas revolucionárias e gibis populares.
Bandas como Queen e os Beatles, duas das maiores da história, seriam ainda maiores, por terem um alcance ainda maior, graças a Máquina Cultura Imperial.
Dessa forma, assim como na atualidade, assim como a cultura estadunidense está presente constantemente em nosso cotidiano, essa nova cultura estaria promovendo a tradição britânica em todo o mundo, e também, moldando uma indústria extremamente rentável e duradoura.
O reflexo disso? Um crescimento contínuo do PIB e um novo tipo de hegemonia: a cultural. O Império se torna sinônimo de modernidade, criatividade e entretenimento. Um novo tipo de domínio é estabelecido — não pela força, mas pela influência.
Tabela Comparativa de PIBs nas Décadas de 1950–1980 (em trilhões de dólares ajustados para 2024):
País | 1950 | 1960 | 1970 | 1980 |
Império Britânico | 1.5 | 2.8 | 4.9 | 6.2 |
Estados Unidos | 1.9 | 2.5 | 4.0 | 5.0 |
Império Russo | 0.8 | 1.2 | 2.0 | 2.6 |
Alemanha | 0.6 | 1.1 | 1.9 | 2.4 |
França | 0.5 | 0.9 | 1.5 | 2.0 |
Japão | 0.4 | 1.0 | 2.3 | 3.2 |
Capítulo 5: O Império Unificado

Com os lucros obtidos com o comércio e a indústria cultural, o Reino Unido avança nas reformas sociais. Primeiramente, investe-se em habitação e saúde na Grã-Bretanha, erradicando a população de rua com políticas habitacionais robustas, subsídios à saúde privada para os mais pobres e clínicas de recuperação para dependentes químicos.
Em seguida, essas políticas são adaptadas e levadas às colônias, promovendo uma elevação geral no padrão de vida. O sistema educacional é ampliado, com ensino técnico para empregabilidade imediata. Dessa forma, seria possível promover um IDH altíssimo, com pleno emprego em todos os territórios do Império, mesmo com possuindo a maior população do mundo com folga, tornando-se uma referência de sucesso político e social.
População Mundial por Potência – Ano de 1980 (estimativas alternativas)
Posição | Potência/País | População Estimada |
🥇 1º | Império Britânico (com colônias unificadas) | 1,350,000,000 |
🥈 2º | China (ainda comunista) | 987,000,000 |
🥉 3º | Índia (parte do Império) – incluída acima | 687,400,000 |
4º | União Soviética | 270,000,000 |
5º | Estados Unidos | 230,000,000 |
6º | Indonésia | 150,000,000 |
7º | Brasil | 120,000,000 |
8º | Japão | 117,000,000 |
9º | Alemanha Ocidental | 62,000,000 |
10º | Reino Unido (região metropolitana) | 56,000,000 |
O Império se torna referência mundial em qualidade de vida, promovendo uma noção de “protetorado moderno” e substituindo a imagem do colonialismo opressor por uma parceria de desenvolvimento mútuo, que garantiria o pleno desenvolvimento em todas as ´´colônias´´, africanas.
Um projeto humanitário e unificador proposto pela coroa, seria a anexação de países independentes de outras potências, como o Haiti, Cuba, Angola, e outros países que sofrem com bloqueios econômicos, crises políticas, intensa corrupção ou diversos problemas espaciais. A proposta seria basicamente, através da Liga das Nações, anexa-las a alguma potência, como um protetorado, estabelecendo suas leis, sua moeda, e tentando mantê-las em considerável dignidade. Em troca, haveria uma exclusividade comercial, onde teoricamente, teria retorno financeiro para a potência envolvida.
Comparativo Real de IDH em 1980 vs. Projeção Alternativa do Império Britânico (Valores entre 0 e 1):
País | IDH Real (1980) | Projeção Alternativa |
Império Britânico | 0,875 | 0.885 |
Estados Unidos | 0.845 | 0.845 |
Alemanha Ocidental | 0.835 | 0.835 |
França | 0.820 | 0.820 |
Japão | 0.810 | 0.810 |
Colônias Britânicas* | 0.550–0.700 | 0.780 |
Capítulo 6: O Reino dos Esportes

Se o cinema e os quadrinhos encantavam o mundo, o esporte o unificava. A partir dos anos 1940, o Império lança uma ambiciosa política de investimento esportivo em escolas, universidades e centros de alto rendimento.
Atletas da Grã-Bretanha e das colônias são treinados igualmente, com acesso a estrutura de ponta. O resultado aparece nos Jogos Olímpicos, onde o Império Britânico sempre figura entre os 3 primeiros no quadro de medalhas.
Na Copa do Mundo de futebol, um supertime multicultural representa o Império — com jogadores escoceses, nigerianos, indianos e jamaicanos — promovendo uma mensagem poderosa de união e inclusão.
Mais do que entretenimento, o esporte se torna uma das maiores ferramentas de soft power do século XX, consolidando o Império Britânico como a potência cultural, política, econômica e simbólica do planeta.
Simulação de Medalhas Olímpicas – Top 5 Países (Média por Olimpíada entre 1952 e 1988):
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Império Britânico | 40 | 38 | 36 | 114 |
Império Russo | 37 | 35 | 34 | 106 |
Estados Unidos | 36 | 32 | 30 | 98 |
Alemanha | 22 | 20 | 19 | 61 |
Japão | 18 | 17 | 15 | 50 |
Capítulo 7: Renovação Industrial

Ao longo das décadas, o Império Britânico não apenas se tornou uma potência econômica, política, cultural e esportiva — ele também se posicionou como um líder ambiental global.
Com a ascensão da ciência e a preocupação crescente com os danos causados pela Revolução Industrial, o Reino Unido optou por uma mudança histórica: a substituição gradual do carvão e do petróleo por energia nuclear, mais limpa e eficiente. A construção de usinas nucleares modernas tanto na metrópole quanto em colônias estratégicas (como Índia, Nigéria, Austrália e Malásia) permitiu uma redução expressiva na emissão de gases poluentes.
Tabela Alternativa – Redução de Emissão de CO₂ (em milhões de toneladas por ano)
País/Bloco | Emissão Real (1980s) | Emissão no Universo Alternativo |
Império Britânico | 2.800 Mt | 1.300 Mt |
Estados Unidos | 4.500 Mt | 4.500 Mt |
União Soviética | 3.600 Mt | – (não existiria) |
China | 1.700 Mt | 1.700 Mt |
Alemanha (unificada) | 1.000 Mt | 1.000 Mt |
Paralelamente, o Império implementou um programa internacional de reflorestamento de áreas devastadas durante os séculos anteriores. Regiões como o interior da Índia, partes do sul da África e florestas nativas do Reino Unido passaram por intensos programas de regeneração ecológica, criando reservas naturais, áreas de preservação e turismo sustentável.
Essa virada verde transformou o Império na referência mundial em sustentabilidade e ecotecnologia, influenciando o mundo inteiro, especialmente durante as Conferências Climáticas da década de 1990.
Tabela Estimada – Áreas Reflorestadas (em milhões de hectares)
Região do Império | Reflorestamento Real | Reflorestamento Alternativo |
Índia e Sudeste Asiático | 3,2 Mha | 11 Mha |
África Britânica | 2,0 Mha | 9,5 Mha |
Reino Unido | 0,7 Mha | 3,5 Mha |
Caribe e Oceania | 0,5 Mha | 1,2 Mha |
Capítulo 8: Os Dias Atuais

Na virada do milênio, com a ascensão da internet, inteligência artificial e globalização acelerada, o Império Britânico mostrou-se novamente preparado para liderar.
Com infraestrutura moderna, uma base educacional sólida e colônias altamente desenvolvidas e integradas, o Reino Unido tornou-se referência digital, ao lado dos Estados Unidos. Suas universidades formavam gênios da computação e da ciência, e cidades como Londres, Singapura, Nova Delhi e Lagos se tornaram centros tecnológicos e industriais de ponta.
A cultura britânica, consolidada por décadas de gibis, cinema, música e esporte, continuava influente nas redes sociais e plataformas de streaming, ao mesmo tempo em que a indústria local (e colonial) diversificava sua produção com eficiência global, mantendo-se como a MAIOR POTÊNCIA DA HISTÓRIA HUMANA, um país que evitou os dois maiores conflitos armados da história, o maior conflito ideológico do planeta, unificou dezenas de nações sob uma única ordem, e reinou absoluto como ícone cultural.
Tabela – Principais Produtos Fabricados pelo Império (2020s)
Categoria | Exemplos de Produtos | Regiões de Produção |
Tecnologia e IA | Chips, servidores, softwares de IA | Índia, Reino Unido, Singapura |
Indústria farmacêutica | Vacinas, remédios de ponta | Reino Unido, África do Sul |
Energia limpa | Usinas nucleares, turbinas eólicas, placas solares | Nigéria, Austrália, Reino Unido |
Indústria cultural | Filmes, séries, gibis, videogames, plataformas de streaming | Reino Unido, Canadá, Índia |
Automóveis e transporte | Veículos elétricos, aviões comerciais, trens de alta velocidade | Malásia, Reino Unido |
Agricultura de precisão | Exportação de alimentos orgânicos e biotecnologia | Caribe, Índia, África Oriental |
Enfim, o que acharam dessa simulação? Como dito inicialmente não concordo com diversos pontos da análise do ChatGPT em suas propostas para a dominação britânica ao longo das décadas, mas sem dúvida é uma reflexão interessante! Se gostou, curta e compartilhe, para que possamos continuar a série do ´´Multiverso da História´´.
Comentarios