E se o Império Alemão Vencesse a Primeira Guerra Mundial?
- Canal Cultura POP
- 1 de mai.
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Em 1918, as trincheiras se calaram não com a rendição da Alemanha, mas com a humilhação dos Aliados. Paris caiu. Londres aceitou os termos de paz. E o mundo nunca mais foi o mesmo.
O Kaiser é a figura mais poderosa do planeta. A Europa está unificada sob o domínio germânico. A Revolução Russa foi esmagada antes de nascer. E os Estados Unidos? Isolados, insignificantes, fora do jogo.
Neste episódio do Multiverso da História, exploramos um mundo onde a Primeira Guerra não terminou com tratados de paz frágeis, mas com o triunfo absoluto do Império Alemão — e o nascimento de um século dominado por uma única potência imperial.

Capítulo 1: Vitória da Aliança

Digamos que a Itália não mudasse de lado logo no início da guerra, e permanecesse ao lado da Aliança, e que os Estados Unidos não entrassem na guerra até 1918, mudando os pesos do conflito. Digamos que a Guerra de Trincheiras não aconteceria, desenvolvendo um conflito mais dinâmico, reduzindo o desgaste do exército Alemão, resultando na queda da França em 1918, e no isolamento do Império Britânico, com o restante da Europa ficando nas mãos do Império Alemão.
Mudanças Cruciais na Guerra
Fator | Realidade Histórica | Realidade Alternativa |
Alinhamento da Itália | Rompe com a Tríplice Aliança e se junta à Entente em 1915 | Permanece ao lado de Alemanha e Áustria-Hungria, fortalecendo a frente sul |
Entrada dos EUA | Declara guerra à Alemanha em 1917 | Mantém neutralidade até 1918 e não impacta decisivamente o conflito |
Estilo de Combate | Guerra de trincheiras no front ocidental, gerando desgaste e impasse | Conflito mais dinâmico e estratégico, com avanços rápidos, similar à Blitzkrieg |
Resultado no Front Ocidental | Alemanha esgota seus recursos e se rende em 1918 | França cai em meados de 1918, isolando o Reino Unido e forçando o fim da guerra |
Consequências Imediatas da Vitória Alemã (1918–1920)
Tratado de Londres (1919): assinado entre Alemanha, Império Austro-Húngaro, Reino Unido, França e aliados restantes.
França é humilhada e perde a Alsácia-Lorena definitivamente, além de territórios ao longo da fronteira com a Alemanha.
Reino Unido é forçado a reconhecer a hegemonia continental da Alemanha, mantendo o Império, mas em posição enfraquecida.
Bélgica e Holanda tornam-se estados-tampão sob influência alemã.
Itália anexa territórios dos Bálcãs e fortalece seu Império Mediterrânico.
Império Otomano mantém seus territórios árabes e ganha prestígio internacional ao lado dos vitoriosos.
Rússia afunda ainda mais na guerra civil, sem apoio da Entente, com os Bolcheviques enfrentando forte resistência.
Alemanha se torna líder de uma nova ordem continental: Mitteleuropa, uma união econômica e militar sob liderança alemã.
📊 Potências Mundiais em 1920 – Tabela Comparativa
País/Império | Situação Política | PIB estimado (bilhões, US$ 1920) | Força Militar | Observações |
Império Alemão | Monarquia imperial consolidada | $65 bi | 6,5 milhões de soldados ativos | Domina Europa Central e Ocidental |
Império Britânico | Monarquia parlamentar em crise | $60 bi | 3,8 milhões | Mantém o Império Colonial, mas enfraquecido |
Estados Unidos | República em ascensão, neutra na guerra | $75 bi | 1 milhão | Isolacionismo continua forte |
Império Austro-Húngaro | Reforçado com vitória | $30 bi | 1,8 milhões | Mantém unidade, mas tensões internas persistem |
Império Otomano | Reestruturado e estabilizado | $20 bi | 1,2 milhões | Ganha prestígio com a vitória |
França | República humilhada | $28 bi | 500 mil (reduzido) | Instabilidade política e econômica |
Rússia | Guerra civil intensa | $25 bi | Fragmentado | Sem influência internacional |
Capítulo 2: A Era do Kayser

A política Alemã governaria a Europa, com a nova super potência assumindo o comando das principais colônias britânicas e francesas, e dividindo algumas entre seus aliados, especialmente a Itália. O nazismo não nasceria, uma vez que foi um movimento nascido da crise política e econômica da Alemanha, e da sede de vingança pós derrota, o que aqui, não aconteceria. Aqui, Adolf Hitler não passaria de um veterano de guerra com pouca ou nenhuma relevância.
Assim como a Tríplice Entente impôs em nossa realidade, a Tríplice Aliança, promoveria um tratado degradante as potências derrotadas, com perda de territórios, multas e principalmente, perdas militares, especialmente sob França e Reino Unido, para que não houvesse chance de oposição.
Os alemães promoveriam diversos avanços tecnológicos, nas comunicações, transportes e armamento, possivelmente, iniciariam projetos para a criação das primeiras armas nucleares, uma vez que as grandes mentes por trás dessas armas, estariam na Europa.
A primeira dificuldade dos alemães, pós guerra, seria a revolução comunista no Império Russo. Movimentos nacionalistas e socialistas seriam reprimidos com punho de ferro pela Aliança, mas, os soviéticos iriam iniciar um imenso problemas. Alemães e Italianos iriam se unir para sobrepujar as tropas de Lênin e Stalin, o que resultaria no primeiro confronto em solo europeu, cerca de quatro anos após o fim da Primeira Guerra Mundial.
Aproveitando o vácuo de poder e a ameaça do comunismo se espalhar pela Europa, a Tríplice Aliança decide intervir militarmente. O objetivo é eliminar o regime bolchevique e estabelecer uma zona de influência favorável à ordem imperial no Leste Europeu.
A Alemanha lidera a intervenção com apoio logístico e militar da Áustria-Hungria e da Itália. Tropas também são enviadas pelo Império Otomano, especialmente no Cáucaso. O conflito se concentra nas regiões da Ucrânia, Bielorrússia, Cáucaso e nos arredores de Moscou.
📊 Tabela: Conflito da Guerra do Leste (1919–1922)
Lado Envolvido | Tropas Empregadas | Baixas Estimadas | Observações |
Império Alemão | 800.000 soldados | 120.000 mortos/feridos | Liderança estratégica, uso de armas químicas e blindados |
Áustria-Hungria | 300.000 soldados | 60.000 mortos/feridos | Atuação nos Bálcãs e na Ucrânia |
Reino da Itália | 200.000 soldados | 40.000 mortos/feridos | Conflitos diretos com tropas bolcheviques no Mar Negro |
Império Otomano | 150.000 soldados | 30.000 mortos/feridos | Avanço no Cáucaso e apoio a forças anti-bolcheviques |
Exército Branco (Aliado) | 500.000 soldados | 250.000 mortos/feridos | Tropas russas anticomunistas, mal organizadas |
Exército Vermelho (URSS) | 1.200.000 soldados | 600.000 mortos/feridos | Liderado por Trotsky e Stalin, enfrenta múltiplas frentes |
Em 1922, Moscou é tomada por tropas da Tríplice Aliança. Lênin é morto em combate. Stalin foge para o Oriente. O comunismo é esmagado na Rússia, que se fragmenta em repúblicas sob influência direta da Mitteleuropa. Uma nova ordem é estabelecida no Leste Europeu, com governos monárquicos, autoritários ou militares, todos subordinados à Berlim. A ideia soviética é derrotada... por enquanto.
Na América, os Estados Unidos estariam consideravelmente isolados, mas, ainda como uma imensa potência. Os Alemães e seus aliados manteriam relações comerciais estáveis com a América, com o intuito de mantê-los sob controle. Porém, um dos motivos da entrada Americana no conflito, o Telegrama de Zimmermann, que oferecia apoio a tropas mexicanas para invadir os EUA, o que enfim, traria uma ameaça aos estadunidenses.
Capítulo 3: EUA VS Império Alemão

Durante anos, os Estados Unidos permaneceram firmes em sua política de isolacionismo, mesmo diante da rápida expansão da Tríplice Aliança pela Europa e Ásia. A vitória alemã na Primeira Guerra havia remodelado o mapa mundial, mas não abalara diretamente o território americano — até agora.
Em 1923, um telegrama interceptado pelos serviços britânicos e americanos mudou o rumo da história. Era o famigerado Telegrama de Zimmermann II, uma nova proposta secreta da Alemanha ao governo revolucionário do México. A promessa era clara: se os mexicanos atacassem o sul dos EUA e criassem uma frente interna, receberiam apoio militar e a recuperação dos territórios perdidos (Texas, Novo México e Arizona). A proposta não apenas reacendeu antigas tensões fronteiriças, como unificou a opinião pública americana em favor da guerra.
Pela primeira vez, os Estados Unidos não estavam entrando para equilibrar um jogo. Estavam entrando atrasados em um mundo que já não era seu — uma superpotência emergente que precisava desafiar um império consolidado liderado por Berlim. Estava lançada a nova fase do conflito: a verdadeira Guerra Mundial começava agora.
Tropas Alemãs chegariam ao México, reunindo forças no país e em outros países menores na América Central, em troca de acordo comerciais. Porém, eles não se limitariam a isso, avançando também na frente naval, atacando a costa leste dos EUA, com as forças de marinha alemã e italiana.
Nesse momento, países como Brasil, Canadá e Argentina, teriam de escolher o seu lado, pois agora, suas liberdades definitivamente estariam em perigo.
🌎 Alinhamento das Nações Americanas na Grande Guerra Global (1923)
País | Alinhamento | Justificativa Histórica e Estratégica |
Estados Unidos | 🇺🇸 Aliado (Líder) | Ameaça direta do Zimmermann II, poder econômico e militar emergente |
Canadá | 🇩🇪 Tríplice Aliança | Submisso ao Reino Unido derrotado, mas dominado politicamente por Berlim após 1919 |
México | 🇩🇪 Tríplice Aliança | Promessa de territórios dos EUA; ressentimentos históricos; revolução interna manipulável |
Brasil | 🇺🇸 Aliado | Forte relação com os EUA desde o século XIX, oposição a potências imperiais europeias |
Argentina | 🇩🇪 Tríplice Aliança | Disputa geopolítica com o Brasil, tendência oligárquica e simpatia por regimes autoritários |
Chile | 🇺🇸 Aliado | Rival da Argentina, forte comércio com potências anglófonas |
Uruguai | 🇺🇸 Aliado | Influência direta do Brasil e oposição ao eixo Buenos Aires–Berlim |
Paraguai | 🇩🇪 Tríplice Aliança | Histórico ressentimento com Brasil e Bolívia, cooperação militar com Argentina |
Bolívia | 🇩🇪 Tríplice Aliança | Interesse em rever perdas territoriais (Chaco), alinhamento com potências revisionistas |
Peru | 🇺🇸 Aliado | Aliança informal com Chile contra Bolívia, temor do expansionismo germânico |
Colômbia | 🇺🇸 Aliado | Relações próximas com os EUA (pós-Panamá), resistência ao expansionismo europeu |
Venezuela | 🇩🇪 Tríplice Aliança | Regime militarizado, propenso à influência alemã e rivalidades com vizinhos pró-EUA |
Equador | 🇺🇸 Aliado | Governo conservador com laços econômicos com os EUA |
Cuba | 🇺🇸 Aliado | Praticamente um protetorado americano após 1898 |
República Dominicana | 🇺🇸 Aliado | Ocupação americana (1916–1924) já em andamento |
Haiti | 🇺🇸 Aliado | Ocupação americana (1915–1934), apoio forçado |
América Central (em bloco) | 🇺🇸 Aliado | Influência da Doutrina Monroe e ocupações frequentes pelos EUA |
Liderados pelos EUA, teríamos PPLA (Pacto pela Libertação da América), contra as forças da Tríplice Aliança, que criaram sua própria subdivisão militar na América, nomeada como AIA (Aliança Imperial Americana). A divisão do continente em vários blocos, seria extremamente prejudicial a todos, mas, os aliados de EUA e o Brasil, estariam melhor equipados, por possuírem mais recursos naturais e industriais, enquanto os aliados alemães, teriam a distância da Europa, como principal problema logístico.
O Brasil assume papel de potência regional aliada aos EUA, com tropas enviadas para o Caribe e fronteiras reforçadas contra Argentina e Bolívia.
México se torna o epicentro do conflito no continente, recebendo armamentos alemães e se tornando palco de grandes batalhas no sul dos EUA.
A Argentina lidera uma frente sul-americana pró-Tríplice Aliança, estabelecendo a Liga do Prata, com Paraguai e Bolívia como aliados.
Países menores se alinham pragmaticamente ao poder mais próximo ou dominante em sua região.
🪖 Tabela de Tropas Terrestres – Grande Conflito nas Américas (1923–1925)
País/Nação | Alinhamento | Tropas Envolvidas (estimativa) | Observações |
Estados Unidos | 🇺🇸 Aliado (Líder) | 1.200.000 soldados | Tropas bem-equipadas, doutrina moderna, reservas industriais enormes |
Brasil | 🇺🇸 Aliado | 350.000 soldados | Mobilização rápida com apoio logístico dos EUA |
Chile | 🇺🇸 Aliado | 90.000 soldados | Envia tropas ao norte e ao sul para conter avanço argentino |
Uruguai | 🇺🇸 Aliado | 30.000 soldados | Apoio secundário ao front sul |
Peru | 🇺🇸 Aliado | 70.000 soldados | Conflito em áreas andinas com Bolívia |
Colômbia | 🇺🇸 Aliado | 60.000 soldados | Defesa costeira e apoio à América Central |
México | 🇩🇪 Tríplice Aliança | 550.000 soldados | Recrutamento agressivo, apoio logístico alemão, guerra no Texas, Arizona e Califórnia |
Argentina | 🇩🇪 Tríplice Aliança | 400.000 soldados | Avanço sobre o sul do Brasil e guerra com Chile |
Paraguai | 🇩🇪 Tríplice Aliança | 80.000 soldados | Apoio total à Argentina, conflito com Brasil e Bolívia |
Bolívia | 🇩🇪 Tríplice Aliança | 70.000 soldados | Guerra com Peru e incursões no norte do Chile |
Venezuela | 🇩🇪 Tríplice Aliança | 50.000 soldados | Defesa costeira, possível base naval alemã |
Império Alemão | 🇩🇪 Tríplice Aliança | 250.000 soldados (reforços) | Tropas experientes enviadas ao México, Argentina e Caribe |
Itália (Reino) | 🇩🇪 Tríplice Aliança | 100.000 soldados (reforços) | Tropas destacadas para apoio naval e treinamento de aliados sul-americanos |
Total Estimado de Tropas no Conflito Americano:
Aliados (EUA, Brasil e aliados): ≈ 1.800.000 soldados
Tríplice Aliança (México, Argentina e aliados): ≈ 1.500.000 soldados
Capítulo 4: A Segunda Guerra Mundial

Os EUA lutariam em duas frentes, no mar, contra Alemães e Italianos, e em terra, contra Alemães e Mexicanos, sem dúvida, no maior conflito de sua história. Enquanto isso, uma guerra devastaria toda a América, em várias frentes.
Após uma ofensiva mexicana com apoio logístico e aéreo alemão, as tropas cruzam a fronteira do Texas com objetivo de capturar El Paso, um ponto estratégico para abastecimento e moral americana. A cidade se torna palco de uma das batalhas mais sangrentas do conflito nas Américas.
Em abril de 1924, tropas mexicanas cruzam a fronteira com apoio logístico da Alemanha, invadindo o Texas com cerca de 130 mil soldados. Armadas com artilharia moderna fornecida por Berlim, as forças mexicanas rapidamente tomam pequenas cidades fronteiriças e cercam El Paso, o grande bastião americano na região.
Contudo, os Estados Unidos, com seu poder industrial intacto e mobilização total, reagem com força: 180 mil soldados americanos, muitos veteranos treinados, iniciam a contraofensiva. Usando tanques leves e artilharia sobre trilhos, os americanos vencem a batalha após 3 semanas de intensos combates urbanos e de cerco.
Forças Envolvidas:
Lado | Tropas | Armamentos Principais | Apoio Externo |
🇺🇸 EUA + Texas Guard | 180.000 soldados | Artilharia pesada, metralhadoras, aviões biplanos | Logística ferroviária e aérea |
🇲🇽 México + Alemanha | 160.000 soldados | Artilharia leve, lança-chamas, tropas alpinas | 3 divisões alemãs experientes |
Desfecho:
Os EUA conseguem conter o avanço no final de março, após intensos combates urbanos.
El Paso é devastada, mas permanece sob controle americano.
Os EUA passam a adotar uma estratégia ofensiva, marchando rumo à Ciudad Juárez.
Enquanto a guerra explode em solo texano, o verdadeiro perigo está nas águas tropicais do Caribe. Com o uso de submarinos U-boats, encouraçados italianos e portos aliados no México e na Venezuela, a Tríplice Aliança tenta isolar economicamente os Estados Unidos do Atlântico Sul e impedir seu avanço para a América Central.
A Marinha americana, embora moderna, sofre grandes perdas nos primeiros meses do confronto. Comboios de suprimentos são destruídos antes de chegarem à Flórida, e o bloqueio impede operações ofensivas no Golfo do México. Em maio de 1924, ocorre a maior batalha naval do hemisfério: o Cerco de Yucatán.
Durante doze dias de combates navais intensos, mais de 50 navios são afundados. A força dos U-boats alemães surpreende os americanos, destruindo parte vital da frota de escolta. Aviões navais tentam conter o avanço, mas são superados pela coordenação das forças austro-italianas e pela geografia favorável das ilhas controladas pelos aliados da Aliança.
Com os Estados Unidos avançando em solo e a Tríplice Aliança vencendo nos mares, o conflito entra em um impasse. A guerra agora se estende para toda a América Central e ameaça tornar-se uma guerra de atrito prolongada. O equilíbrio entre poder terrestre e marítimo redefine as estratégias militares, enquanto novas alianças são buscadas em ambos os lados.
📊 Baixas:
Lado | Navios Afundados | Aviões Perdidos | Tripulações Mortas |
🇺🇸 EUA | 33 navios | 48 aviões | 5.800 |
🇩🇪🇮🇹 Aliança | 17 navios | 21 aviões | 4.200 |
U-boats afundam mais de 30 navios americanos, incluindo destróieres vitais para escolta.
Porto de Tampa (Flórida) sofre bombardeio indireto, forçando os EUA a recuar momentaneamente.
Cuba e parte do Caribe ficam sob bloqueio naval, com apoio de portos aliados como Venezuela e República Dominicana.
EUA mantêm presença defensiva, mas perdem capacidade de projeção naval na região.
Com essa divisão de vitórias, o mundo se vê diante de um impasse militar de longo prazo. A guerra passa a se prolongar até 1925, abrindo espaço para novos capítulos com espionagem, revoltas internas em países aliados e o surgimento de tecnologias revolucionárias.
O Canadá por sua vez, iria invadir os EUA, pressionando-o por ambos os lados junto ao México.
Capítulo 5: O Front da América do Sul

O Front Latino-Americano seria um dos mais sanguinários. Teríamos metade de um continente completamente rachado pela guerra.
Estaríamos diante de um verdadeiro conflito global, com a América queimando em uma imensa batalha, muito além do território americano, com a América do Sul estando em um terrível conflito, que rachou completamente o continente.
O Brasil seria o grande defensor dos EUA no sul, enquanto os Argentinos, defenderiam a invasão Alemã, resultando em um conflito de larga escala. O Brasil seria a principal potencial continental, e assim como na Guerra do Paraguai, tomaria a frente, sendo decisivo para a custosa vitória da PPLA.
🔥 Frentes de Conflito
1. Teatro do Prata – Conflito Brasil x Argentina/Paraguai
A primeira grande frente de batalha se abre na região do Rio da Prata, quando tropas brasileiras atravessam a fronteira com o Paraguai, apoiadas por forças uruguaias. A Argentina reage com força, lançando ofensivas simultâneas em direção ao sul do Brasil e ao oeste do Uruguai.
Batalha de Corrientes (1925): confronto de tanques leves e artilharia pesada; vitória da PPLA, com apoio aéreo americano a partir da base de Natal.
Campanha de Santa Catarina: tropas argentinas chegam a ocupar cidades no oeste catarinense, mas são repelidas após contraofensiva brasileira e guerrilhas locais.
2. Cordilheira em Chamas – Chile vs. Argentina
Com apoio logístico dos EUA via Pacífico, o Chile ataca o oeste da Argentina pelas montanhas andinas, criando um segundo front para as tropas argentinas. A estratégia de "dois fronts simultâneos" enfraquece o poder de mobilização da AIA.
📊 Comparação de Forças – PPLA vs. AIA na América do Sul (1925)
Bloco | Países-Membros | Tropas Totais | Apoio Externo | Vantagens |
PPLA | Brasil, Chile, Uruguai, Bolívia, Colômbia | 550.000 | EUA (logística, armamentos e aviação) | Superioridade aérea e industrial (Brasil), apoio logístico dos EUA |
AIA | Argentina, Paraguai, Venezuela | 430.000 | Alemanha e Itália (armas, conselheiros, submarinos no Atlântico Sul) | Veteranos treinados por militares alemães, domínio inicial no Atlântico Sul |
Desfecho do Conflito Sul-Americano
Após meses de guerra, com o Paraguai derrotado, a Argentina exausta e as tropas do PPLA avançando em todas as frentes, os EUA pressionam por um Tratado de Santiago em dezembro de 1925. O tratado encerra a guerra na América do Sul com os seguintes pontos:
Paraguai é desmilitarizado e entra sob supervisão internacional.
Argentina mantém soberania, mas perde influência externa e rompe com os impérios centrais.
Brasil emerge como potência regional incontestável, consolidando o PPLA como força diplomática permanente no continente.
Bases navais dos EUA são instaladas em Salvador e Valparaíso, como garantia de estabilidade hemisférica.
⚔️ Batalhas-Chave
Batalha | Data | Local | Resultado | Consequências |
Corrientes | Março 1925 | Norte da Argentina | Vitória da PPLA | Avanço das tropas brasileiras e isolamento do Paraguai |
Córdoba | Maio 1925 | Centro da Argentina | Vitória da AIA | Recuo temporário da frente chilena |
Encarnación | Agosto 1925 | Paraguai | Vitória da PPLA | Rendição do Paraguai e queda do governo pró-AIA |
Porto Alegre | Outubro 1925 | Brasil | Vitória da PPLA | Expulsão total das tropas argentinas do Brasil |
As tropas da PPLA renderiam os argentinos, assim, encerrando os esforços da AIA na América Latina, com ocupações em todos os países. Os Estadunidenses utilizariam a região como base naval e logística, angariando reforços para enfim expulsar os alemães de seu território.
As econômicas latino-americanas estariam completamente colapsadas, e diversas crises internas eclodiriam, algo que seria observável em todos os países envolvidos. A sequência quase interrupta de conflitos, estaria levando todos a um desgaste absoluto, um acordo começaria a ser elaborado entre americanos, alemães, e uma terceira potência, recém chegada ao cenário internacional....
Capítulo 6: Acordo Mundial Pela Paz

Enquanto o impasse marítimo prosseguia, as forças canadenses, armadas e treinadas com apoio logístico germânico, cruzaram a fronteira norte dos Estados Unidos, lançando a última grande ofensiva do Império Alemão no continente americano.
O plano era simples: conquistar os estados fronteiriços, enfraquecer o moral americano e forçar uma rendição territorial ou mesmo uma cisão interna.
Mas o plano falhou.
As forças dos EUA, apesar do desgaste, responderam com brutalidade e determinação. Tropas da PPLA (Pacto pela Libertação da América), especialmente brasileiras e chilenas, chegaram às costas da Louisiana e da Flórida, reestabelecendo rotas de suprimento e permitindo uma contraofensiva massiva. O Canadá, mesmo com apoio tecnológico europeu, não possuía contingente suficiente para sustentar um conflito prolongado.
O resultado foi um impasse militar: os EUA não conseguiam invadir o Canadá, e os canadenses não conseguiam manter avanços sustentáveis em solo americano.
Ao final de 1926, o mundo estava estilhaçado. Em uma década de confrontos, a guerra havia deixado um rastro de destruição que rivalizava com qualquer catástrofe anterior. As estimativas, conservadoras, apontavam:
Região / Bloco | Mortos | Feridos | Civis Atingidos (fome, bombardeios, doenças) |
Império Alemão e aliados (Europa) | 3.8 milhões | 6.1 milhões | 10 milhões |
EUA e aliados (Américas + PPLA) | 2.5 milhões | 4.7 milhões | 8 milhões |
Rússia e regiões limítrofes | 5.2 milhões | 7.5 milhões | 12 milhões |
África e Oriente Médio (colônias) | 1.1 milhão | 2.3 milhões | 4 milhões |
O ano é 1926. Após quase uma década de guerras cada vez mais globais e tecnológicas, o mundo encontra-se em colapso. A Europa Central está sob o domínio de ferro do Império Alemão, que se expandiu como força hegemônica do Velho Mundo. Os Estados Unidos, mesmo vitoriosos em seu território, estão profundamente fragilizados por anos de guerra, bloqueios navais e ataques coordenados por forças imperiais. A América do Sul, recém-libertada da influência austro-alemã, ainda cura suas feridas — e, mesmo com economias em frangalhos, envia apoio simbólico e moral à luta americana no Atlântico Norte.
Mas enquanto o Ocidente sangra, o Oriente floresce.
No silêncio da neutralidade estratégica, o Japão ascende como potência incontestável na Ásia. Com a Rússia fragmentada, a China ocupada em disputas internas e as potências ocidentais ocupadas em suas próprias guerras, o Japão transforma o leste do mundo em sua esfera de influência econômica e militar. Em poucas décadas, torna-se a potência com melhor infraestrutura industrial, sistema bancário estável e acesso aos recursos do Sudeste Asiático — tudo isso sem disparar um tiro nas frentes principais da guerra mundial.
Agora, com o mundo exaurido, três centros de poder se destacam:
O Império Alemão, dominante na Europa e com colônias fortalecidas na África e influência residual no Atlântico.
Os Estados Unidos, líderes do hemisfério americano, com aliados resilientes no Sul e controle naval retomado com apoio latino-americano.
O Império Japonês, dono da Ásia e do comércio global, que se recusa a se curvar a qualquer das potências em conflito.
O Japão enxergaria nesse colapso, uma chance única de crescimento, e seus diplomatas iniciariam as negociações entre alemães e estadunidenses. O mundo seria teoricamente dividido em três blocos.
América: Sob ´´Domínio´´ dos EUA, com preferência comercial, e maior influência cultural, garantindo sua prosperidade independente do cenário intercontinental.
Europa e África: Sob comando Alemão, que teria domínio comercial e industrial do continente europeu, e teria domínio político nas colônias africanas, dispondo de uma enorme vastidão de recursos. Seus avanços nucleares estariam na metade do processo, e possivelmente a frente dos avanços estadunidenses, mas, seriam possivelmente incentivados a cessar, pois com tamanho desequilíbrio militar, seria impossível ter paz.
Ásia e Oceania: Sob domínio político e econômico japonês, que serviria naquele momento, como nova potência industrial, por estar intacto durante a guerra, crescendo economicamente em meio as cinzas da guerra, e impondo diversas imposições comerciais, para obter o máximo de vantagens possíveis, e seus dois clientes teriam de aceita, por falta de opção. Eles possivelmente exigiriam uma maior independência comercial das potências europeias, especialmente Reino Unido e França, para manterem relações comerciais. E seria dessa forma, que esse Tripé do Poder Mundial seria moldado.
🌍 A Divisão do Mundo – Blocos de Influência
Bloco | Líder | Territórios Sob Influência |
Bloco Ocidental | Presidente Herbert Hoover (EUA) | América do Norte, América Central, América do Sul (via PPLA), Caribe |
Bloco Imperial Europeu | Kaiser Wilhelm III (sucessor do exilado Wilhelm II) | Alemanha, Europa Central e Ocidental, África (dividida entre Alemanha e Itália) |
Bloco Asiático-Pacífico | Primeiro-Ministro Osachi Hamaguchi / Imperador Hirohito | Japão, China, Sudeste Asiático, Oceania, península da Coreia, costa oriental russa |
📜 A Carta de Tóquio – Principais Cláusulas do Acordo Tripartite
Reconhecimento mútuo das esferas de influência, com fronteiras geopolíticas respeitadas.
Fim das hostilidades marítimas e desmobilização de frotas ofensivas no Pacífico e Atlântico Norte.
Proibição do desenvolvimento de armas nucleares por qualquer bloco, com foco especial no projeto germânico iniciado em Viena.
Criação de um conselho trilateral permanente, sediado em Genebra, com encontros anuais para manter o equilíbrio de interesses globais.
Rotas comerciais livres nas zonas neutras, como o Canal do Panamá e o Estreito de Gibraltar, com supervisão conjunta.
Abertura de mercados coloniais e dependentes (como África e Sudeste Asiático) ao comércio com as três potências, sob tarifas reguladas.
Reconhecimento oficial do PPLA como bloco continental americano, sob tutela estratégica dos EUA.
💰 A Nova Economia: Um Triunvirato Comercial
A partir do acordo, o mundo passa a operar com três moedas de referência:
Dólar Americano (América e partes do Caribe)
Marco Imperial Alemão (Europa e África)
Iene Imperial (Ásia e Oceania)
As rotas comerciais seriam cuidadosamente balanceadas, e o Japão passaria a dominar o fornecimento de tecnologia industrial, componentes elétricos, navios e aço refinado. Os EUA liderariam em alimentos, petróleo e bens de consumo. A Alemanha controlaria matérias-primas, maquinário pesado e produtos químicos.
Capítulo 7: Um Mundo Sobre 3 Bandeiras

O fim da guerra global em 1927 não trouxe um tempo de plena paz, mas instaurou uma trégua cuidadosamente mantida pelas três superpotências que emergiram do conflito: Estados Unidos, Império Alemão e Império do Japão. A década de 1930 marcou o início de uma nova era — uma era de reconstrução acelerada, supremacia regional, vigilância internacional e crescimento econômico desigual.
🌎 Bloco Ocidental – A Ordem Americana
Sob a liderança dos EUA e do Pacto Pela Libertação da América (PPLA), o continente americano viveu uma era de reconstrução e industrialização. O Brasil, fortalecido por sua vitória regional, tornou-se o líder econômico da América do Sul, enquanto os EUA se consolidavam como potência agrícola, energética e tecnológica.
Mudanças sociais: Expansão da classe média urbana, crescimento das universidades, e políticas nacionalistas moderadas para reforçar a coesão continental.
Cultura: Hollywood se transforma no maior centro cultural do mundo; o jazz, o cinema e a literatura americana se espalham.
Economia (PIB estimado em 1940):
EUA: $500 bilhões
Brasil: $90 bilhões
México: $55 bilhões
🇩🇪 Bloco Imperial Europeu – Mitteleuropa em Ascensão
O Império Alemão manteve sua hegemonia sobre a Europa e grande parte da África. Sob uma administração centralizada, surgiu a Mitteleuropa, uma federação econômica dominada por Berlim. A África tornou-se uma grande fonte de matérias-primas, com regimes coloniais reforçados e modernizados.
Mudanças sociais: Forte militarização da sociedade, incentivo à natalidade germânica, e surgimento de cidades industriais-modelo no Leste Europeu.
Cultura: Arquitetura monumental, valorização das ciências exatas, literatura filosófica e propaganda imperial.
Economia (PIB estimado em 1940):
Alemanha: $460 bilhões
Itália: $180 bilhões
Territórios coloniais africanos somados: $60 bilhões
🗾 Bloco Asiático-Pacífico – O Século do Sol Nascente
Com a vitória indireta na guerra, o Japão assumiu o domínio absoluto sobre o continente asiático e o Pacífico. A rápida industrialização, aliada à sua cultura disciplinada, transformou o país em uma superpotência tecnológica e comercial.
Mudanças sociais: Urbanização acelerada, avanço na educação técnica e criação de zonas industriais na China e Coreia sob controle nipônico.
Cultura: Tradições samurais modernizadas, mistura de espiritualidade oriental com culto à tecnologia e inovação.
Economia (PIB estimado em 1940):
Japão: $420 bilhões
China ocupada: $110 bilhões
Sudeste Asiático: $75 bilhões
💥 Ranking Militar Global – 1945
Potência | Efetivo Ativo | Tecnologia Militar | Marinha | Aeronáutica | Capacidade Bélica Total |
Império Alemão | 4.2 milhões | Tanques pesados, foguetes | Média | Média | 🔴🔴🔴🔴⚪ |
Estados Unidos | 3.6 milhões | Aviação avançada, radar | Alta | Alta | 🔴🔴🔴🔴⚪ |
Império do Japão | 3.8 milhões | Portas-aviões, marinha aérea | Muito Alta | Alta | 🔴🔴🔴🔴🔴 |
Brasil (PPLA) | 850 mil | Força terrestre modernizada | Média | Baixa | 🔴🔴⚪⚪⚪ |
Itália (Aliança Imperial) | 1.1 milhão | Infantaria leve e blindados | Média | Média | 🔴🔴🔴⚪⚪ |
Enquanto o mundo se dividia em blocos, as tensões persistiam em zonas periféricas: revoltas coloniais na África, movimentos comunistas subterrâneos na Europa Oriental e inquietações no sul da Ásia. Mesmo com a trégua imposta pelo Acordo de Tóquio, a paz era frágil.
E assim, o mundo entrava na segunda metade do século XX sob o domínio de três gigantes, em uma guerra fria silenciosa, onde as batalhas deixaram de ser travadas por soldados e passaram a ser disputadas por economias, diplomatas e cientistas.
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