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A MELHOR SÉRIE POR DÉCADA

Quem nunca aproveitou aquele dia chuvoso e frio, para sentar-se no sofá ou na cama, e curtir aquela boa série, por horas, horas, e mais horas. Bom, isso definitivamente não é de hoje! Mas, a possibilidade ver uma série no conforto de casa, nem sempre foi possível. Nas décadas de 1920 e 1930, era preciso ir semanalmente aos cinemas para ver o desfecho da sua série favorita. Com a chegada das TVS nas casas estadunidenses em 1950, o número de séries televisivas explodiu, com produções de todos os tipos, de comédia até terror. Hoje, vamos conhecer as séries de maior sucesso ao longo de cem anos, década por década, baseados não apenas em sua audiência, mas também, em suas qualidades técnicas, narrativa e contexto. Sem mais delongas, vamos para mais uma viagem no tempo.

(A MELHOR SÉRIE POR DÉCADA)

1920- Tarzan, o Tigre

Lançada em 1929, Tarzan, o Tigre, foi a primeira adaptação live-action do Rei da Selva, muito antes da Disney pensar em adaptá-lo para as animações.

A trama retrata a chegada de Lady Jane (Natalie Kingston), junto a seus aliados britânicos, em busca de um tesouro presente naquela ilha. Lá, eles enfrentam um traficante de escravos, que possui uma rixa pessoal com Tarzan (Frank Merill), e apresenta interesse em Jane. A obra adapta ao seu modo, o romance entre a 'patricinha', Jane, e o 'Homem Selvagem', Tarzan, e conta com cenas de ação consideravelmente bem produzidas, com uma produção surpreendente para a época, especialmente nos cenários e na trilha sonora. Outro elemento concedido por essa série foi o icônico grito do Tarzan, que se tornou marca registrada do personagem.

Como parte do cinema mudo, a série pode ser visto como arrastada para os dias de hoje, não apenas pela falta de falas, mas pelas atuações caricatas e ritmo lento.

Como era padrão da época, Tarzan, O Tigre, teve somente 15 episódios, todos lançados para o cinema. Atualmente, sabe-se muito pouco sobre as opiniões de crítica ou público na época, com as notas do IMDB beirando os 5,8.

Porém, o grande destaque desse seriado são as polêmicas. Essa foi a primeira produção (pelo menos uma produção considerada séria) a apresentar nudez, com a atriz Natalie Kingston aparecendo com os seios à mostra.

Isso foi considerado inadmissível na época, especialmente por haver crianças assistindo à série. Se isso já seria polêmico nos dias de hoje, imagine nos conservadores anos 1920?

Por outro lado, existiam na época, espectadores que enxergavam aquilo como algo artístico, e também libertador para as mulheres. E você, o que acha?

1930- Flash Gordon

Criado por Alex Raymond, Flash Gordon foi uma das primeiras febres da história dos quadrinhos, antes mesmo de Batman e Superman, em 1934, Gordon vendia milhões de tirinhas pelos Estados Unidos.

Em 1936, dirigida por Frederik Stephany e estrelada por Buster Crabbe, Flash Gordon foi um dos primeiros sucessos de ficção científica. A série já apresentava elementos que, futuramente, seriam vistos muito semelhantes em quadrinhos da DC e Marvel, e blockbuster de décadas futuras, como Star Wars. O próprio criador, George Lucas, diz ter bebido da fonte de Flash Gordon.

Com 13 episódios, a série foi uma megaprodução, com um orçamento próximo a 1 milhão de dólares, um valor astronômico para a época. A série contava com diversas aventuras espaciais, uniformes coloridos, itens tecnológicos e efeitos especiais.

Produzida pela gigantesca Universal, a série conta com alguns cenários familiares, reutilizados dos clássicos Monstros da Universal, com o Castelo de Drácula e o Laboratório de Frankenstein, tornando-se bases especiais e covis vilanescos. Apesar de datada, a série tem seu charme, especialmente quando observamos atentamente, e percebemos a sua influência em obras futuras, tendo ainda seu valor.

Flash Gordon é um ícone clássico da cultura pop, recebendo um remake em 1980, relembrando o público de forma nostálgica, do personagem que deu origem a diversos universos da cultura geek. E você, já conhecia o personagem?

1940- Hopalong Cassidy

Baseada na obra de Clarence Mulford, Hopalong Cassidy foi a primeira grande série de faroeste, lançada em 1948, abrindo alas para a febre Western que explodiria nos anos 1950 e 1960, como Era uma Vez no Oeste, Rastros de Ódio e a Trilogia dos Dólares.

A produção foi concebida através dos imensos esforços de seu produtor e estrela, William Boyd, que chegou a vender a própria casa para abrir sua produtora e financiar seu projeto, destinado a trazer aventuras de faroeste para toda a família, com foco nas crianças.

Os gastos foram imensos, mas o retorno também, sendo esse apenas o início de uma série de projetos encabeçados por Boyd, desde filmes até produtos licenciados, faturando dezenas de milhões de dólares.

A série é simples, mas divertida, com elementos que seriam replicados em seriados mais populares, como Zorro, desde o herói galanteador e corajoso até seu fiel escudeiro, um cavalo.

A série se estendeu até 1954, ostentando satisfatórios 7,6 no IMDB, sendo uma das séries mais bem avaliadas do período. Sei que é difícil, mas você já conhecia essa série? Comente!

1950- As Aventuras de Superman

George Reeves foi selecionado em uma verdadeira fila de ´´homens musculosos de meia-idade´´ para ser o Superman. Sua primeira aparição foi em Superman vs. Homem-Toupeira, de 1951, uma verdadeira anomalia da DC, considerada uma das maiores bombas da história dos quadrinhos, não chegando nem perto do sucesso alcançado por Alyn na década anterior. George nunca demonstrou uma grande paixão pelo papel, mas o dinheiro e o status que lhe rendia, o satisfaziam o suficiente.

A ideia do filme era servir como um piloto para a série de TV em preto e branco do herói, que seria de vital importância, uma vez que a televisão se tornava praticamente onipresente nos lares estadunidenses. As vendas de quadrinhos já não iam tão bem como antes, e os estúdios precisavam atrair o público de volta.

Estrelada por Reeves, As Aventuras de Superman contou com seis temporadas e 104 episódios, estendendo-se de 1952 até 1958, com um orçamento médio de quinze mil dólares por capítulo. A série sofreu com a ascensão da censura nos quadrinhos, iniciada após o lançamento do livro A Sedução do Inocente, do ´´psicólogo´´ Frederic Wertham, que acusava os quadrinhos de perverter os jovens com os argumentos mais absurdos possíveis. No entanto, tais alegações inflamaram uma parcela do país contra os quadrinhos, obrigando as editoras a infantilizar suas tramas a um nível patético, e isso também afetou as séries televisivas.

George utilizava roupas estufadas e malfeitas e interpretava um Superman um tanto arrogante, assim como Alyn. Seu Clark Kent pouco fugia desse estereótipo. Reeves fez algumas aparições públicas como Superman, algo que detestava fazer, assim como detestava o próprio papel. Sem dúvida, foi o ator que mais sofreu no manto do herói.

A relação do Superman com Lois (Phyllis Coates) é desinteressante, as cenas de ação não convencem, e a maioria dos efeitos também não agrada. Reeves não fez um mau trabalho, mas o contexto da época e a baixa qualidade das produções fizeram com que ele perdesse muito de seu potencial. Ainda assim, é inegável que ele foi responsável por levar o herói a um novo patamar e se tornou sua face por duas década, até que, exatamente 20 anos depois, outro Reeves iria tirá-lo de seu trono...

E você, conhecia o drama por trás do Superman de George?

1960- Star Trek

A maior série de ficção científica já produzida até então. Produzida e exibida pela NBC, Star Trek saiu da mente de Eugene Roddenberry, um fã ferrenho de quadrinhos sci-fi, que esboçou em 1964 uma série espacial, que se passaria em uma imensa nave, explorando galáxias, ao lado de diversos personagens únicos.

Em 1966, a NBC comprou a ideia, e mesmo com um orçamento limitado, Roddenberry moldou um mundo fantástico, protagonizado pelo alienígena Spock e o Capitão James Kirk, a bordo da icônica nave Enterprise, desbravando galáxias, resolvendo conflitos e descobrindo novas civilizações, casando perfeitamente com o crescente interesse do público por temas espaciais, vindos da Corrida Espacial existente na época. O mundo tornava-se pequeno para a humanidade, as mentes desejavam ir além daquilo.

Mas, com os pés bem firmes na Terra, haviam também as mudanças culturais, exigindo uma maior diversidade da cultura pop, algo que Star Trek promoveu, com personagens de todas as etnias presentes no elenco, algo que foi muito bem aceito pelo público, o que demonstrou um imenso avanço.

A série tem um universo vasto e uma grande complexidade, que, surpreendentemente, não prejudicou a audiência. Mesmo que os jovens não tivessem grande apreço pela série, pesquisas indicaram que homens mais velhos e com maior escolaridade compunham boa parte da audiência da série, algo que demonstrava sua complexidade e qualidade de roteiro, exigindo muita atenção por parte do público.

Foram três temporadas com 79 episódios, tornando-se uma das maiores séries da cultura nerd na história, servindo de base para franquias ainda mais populares, como Star Wars. Star Trek continuou fazendo sucesso, recebendo novas séries e também filmes, contando com uma saga de 13 filmes, entre 1979 até 2016, mantendo uma legião de fãs cativos até os dias de hoje. E você, assistiu essa série?

1970- Chaves

A série mexicana amada por todos os brasileiros. El Chavo Del Ocho (ou Chaves) saiu da mente brilhante de Roberto Gómez Bolaños, apelidado carinhosamente como Chespirito (Pequeno Shakespeare), que desenvolveu um sitcom de comédia brilhante, reunindo atores experientes para papéis infantis, em um cenário simples, assim como o humor da série, o que talvez tenha sido o toque que a tornou tão especial.

Lançada em 1972, a série foi um sucesso estrondoso e, logo no ano seguinte, espalhou-se por toda a América Latina, obtendo uma média de 8,3 milhões de espectadores por dia, números inéditos para qualquer série latino-americana.

Os personagens, todo mundo conhece, o infantil Chaves, o Invejoso Kiko, a Chorona Chiquinha, a Mãe Protetora Florinda, o Galanteador Girafales, a 'Bruxa' Clotildes, e o meu favorito, o 'Vagabundo', Seu Madruga, o mais amado pelos brasileiros. O humor simples e o roteiro, que mesmo previsível, divertia a todos, desde as brigas entre Chaves e Kiko, o triângulo amoroso interminável entre Florinda e o Professor, até o aluguel nunca pago do Seu Madruga, que sempre enrolava o Seu Barriga.

Porém, problemas internos entre os atores fizeram a série perder força. Com a saída de Seu Madruga (Ramón Valdes) e Kiko (Carlos Villagrán), a série viu sua audiência despencar, resultando em seu encerramento em 1980, após 312 episódios em 7 temporadas. Mesmo com esse fim melancólico, a série foi o maior sucesso da história do México, com os atores tornando-se verdadeiros astros. As premiações foram diversas, mas a maior delas foi o Prêmio de Melhor Programa Humorístico Mexicano em 1973.

No Brasil, a série chegou a nossas casas através do SBT, bancada pelo próprio Silvio Santos, que acreditou no potencial do seriado, e ele estava certo. A série se tornou um verdadeiro sucesso, até hoje, rendendo memes e tendo seus personagens como ícones populares.

Nos Estados Unidos, a série não fez um grande sucesso. Por sua vez, os estadunidenses produziram boas séries, como Mulher Maravilha e as Panteras, que fizeram um sucesso imenso, especialmente com o público feminino.

E então, qual é seu personagem favorito de Chaves?

1980- Mac Gyver

Uma das séries mais populares dos anos 1980, especialmente pelo carisma e personalidade de seu protagonista. Iniciada em 1985 e desenvolvida por Lee David, a série retrata Angus MacGyver (Richard Dean), um agente do Departamento Governamental de Serviços Internos e veterano do Vietnã, que tem que lidar com diversas situações virtualmente impossíveis, com pouquíssimos recursos, como criar uma bomba para abrir um cofre com apenas um fósforo (sim, era nesse nível). Essa premissa tornou o personagem icônico, com muitos até hoje tentando replicar suas façanhas.

A série estendeu-se até 1992, com 139 episódios em 7 temporadas, com alta audiência e boa aclamação da crítica, rendendo um digno 7,6 do IMDB e 71% de aprovação no Rotten Tomatoes.

A série se eternizou no imaginário popular, tanto que recebeu um remake em 2016, com 5 temporadas e 92 episódios, mas que não chegou nem perto do apreço da obra original.

Mac Gyver é um dos símbolos dos anos 1980, dos heróis másculos e inventivos. Visual jovem e rebelde, tudo que a juventude da época amava, sendo sem dúvida, um representante digno para a Década de Ouro da Cultura Pop.

E você, já tentou replicar alguma experiência do MacGyver?

1990- Friends

Talvez a série mais icônica da TV estadunidense, iniciada em 1994. Criada por David Crane e distribuída pela Warner Bros, a sitcom de comédia estrelava a jovem sensação Jennifer Aniston como Rachel e Courteney Cox (que depois faria Pânico), como Monica. Com episódios de em média 20 minutos, o seriado apresentava um humor simples, personagens expressivos, que conseguiam gerar identificação com o público, que amava acompanhar seu cotidiano.

O seriado contava com seis protagonistas: além de Jennifer Aniston (Rachel) e Courteney Cox (Monica), estavam Matthew Perry (Chandler), Matt LeBlanc (Joey), David Schwimmer (Ross) e Lisa Kudrow (Phoebe), formando um dos elencos mais icônicos da história da TV.

Na década de 1990, a TV já era onipresente nas casas estadunidenses, o que mostrou influência na audiência monstruosa da série, que batia 20 milhões de espectadores em média.

O sucesso foi além dos EUA, chegando a diversos países ao redor do mundo, inclusive o Brasil, onde a série possui milhares de fãs.

 A série faturou diversos prêmios individuais para alguns atores, mas seu grande prêmio foi como Melhor Série de Comédia pelo Emmy, em 2002, em sua última temporada, um reconhecimento merecido, apesar de tardio.

Com uma nota de 8,9 no IMDB e 93% no Rotten, Friends se consagra como uma das maiores séries de todos os tempos. Isso torna seus atores e atrizes verdadeiros símbolos da cultura pop, com Jennifer Aniston obtendo papéis em grandes sucessos de comédia em Hollywood, como Todo Poderoso e Esposa de Mentirinha. Essa foi uma grande evolução para quem começou a carreira estrelando o filme B de terror, O Duende.

E você, é daqueles que vê graça na série? Ou não é a sua praia?

2000- CSI

Lançada logo em 2000, a série policial foi um sucesso mundial, sendo a série mais assistida na primeira metade da década, alcançando 19 milhões de espectadores apenas no primeiro ano.

A série saiu da mente de Anthony Zuiker, que, após demonstrar habilidade em seus primeiros roteiros, chamou a atenção do produtor Jerry Bruckheimer, dono da Jerry Bruckheimer Films.

A premissa é simples: uma equipe de investigadores do Departamento de Polícia de Las Vegas, liderada por Gil Grissom (William Petersen), ao lado da ex-stripper Catherine Willows (Marg Helgenberger).

A série aborda de maneira minuciosa as investigações policiais em diversos crimes, te colocando muitas vezes no lugar dos agentes (como eu resolveria esse caso?). Mas, além disso, a série tem espaço para momentos de humanidade de seus protagonistas, com seus dramas pessoais, tornando os agentes da lei, muitas vezes vistos como intocáveis do ponto de vista emocional, uma vez que vivem cercados de horrores, também podem fraquejar.

A série se estendeu por 15 anos, alcançando incríveis 30 milhões de espectadores em 2005. Porém, houve um grande declínio de audiência até seu encerramento em 2015, com apenas 7 milhões de espectadores.

Tivemos 15 temporadas, 337 episódios e alguns telefilmes. A série conta com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes e 7,7 no IMDB, sendo uma série consideravelmente bem avaliada.

Outros sucessos que vale citar são a série Lost, um verdadeiro fenômeno, aproveitando-se muito bem do início da internet para expandir seu alcance. E American Idol, o reality show com maior audiência da história dos EUA.

Mas, e você, já assistiu algum desses?

2010- Game of Thrones

Aqui as séries já haviam se tornado algo 100% comum no cotidiano popular. Com a chegada de streamings como Netflix, HBO e Max, o espectador tinha o poder de assistir sua série em qualquer lugar do mundo, apenas com seu celular.

Nesse contexto, diversas séries surgiram, como Breaking Bad, uma série madura e complexa sobre crime. Por outro lado, tivemos Stranger Things, uma série de terror adolescente, com inspirações em It, A Coisa, produzida pela própria Netflix, que foi um imenso sucesso.

Porém, nenhuma série fez tanto sucesso quanto Game of Thrones, baseada na obra de George R.R. Martin.

Criada por David Benioff e distribuída pela HBO desde 2011, a série é um verdadeiro mundo de fantasia, ao estilo Senhor dos Anéis. A narrativa épica acompanha diversos arcos, na disputa entre os Sete Reinos de Westeros pelo Trono de Ferro. Temos grandes personagens, como Ned Stark (Sean Bean), Jon Snow (Kit Harington) e o grande rosto da série (e um belo rosto por sinal haha), Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), capaz de domar dragões e utilizá-los em combate.

O roteiro não tem pena de matar seus protagonistas, pois sabe que tem tantos personagens de qualidade, que o público sempre terá a quem se apegar, tornando a narrativa totalmente imprevisível.

As seis primeiras temporadas passaram de 90% de aprovação no Rotten Tomatoes, e mais quatro temporadas com nota acima de 9 no IMDB, sendo um verdadeiro fenômeno, não só na audiência, que bateu 44 milhões no episódio final, mas também de qualidade. No Emmy, a série fez história, com mais de 59 prêmios, entre eles, quatro como Melhor Série Dramática.

A última temporada, por outro lado, foi mal avaliada, por seu final deplorável. A decepção não veio apenas pelas decisões de roteiro, mas também pelos estereótipos em torno da personagem de Daenerys, que foram considerados sexistas. As críticas dos fãs concentraram-se em David Benioff, não só pela forma como tratou personagens tão queridos pelos fãs, mas também sobre como acelerou demais a trama, tornando-a incompreensível em certos momentos.

Ainda assim, a série fechou com uma audiência altíssima, que abriu alas para novas produções dentro do mesmo universo, e um aumento de interesse pelos livros de George Martin.

As redes sociais tornaram-se palco de debates entre os fãs, com críticas, comentários e até teorias sobre a série. O universo tornou-se parte do imaginário popular.

 Uma série que, apesar da violência e nudez constantes, conseguiu manter-se no topo, fazendo sucesso tanto com adultos quanto com o público mais jovem.

E você, o que achou do final dessa série?

2020- Wandinha

Para fechar, trazemos um dos maiores sucessos da história da Netflix, responsável por reviver a Família Addams para uma nova geração. Baseada nos quadrinhos do cartunista Charles Addams e em todos os materiais lançados anteriormente sobre a Família Addams (especialmente o filme de 1991), Wandinha acompanha a história da filha de Gómez e Mortícia Addams (Jenna Ortega), que é enviada para uma escola conhecida como Nunca Mais, repleta de estudantes, no mínimo, “exóticos”.

Lá, a jovem gótica faz amizade com Enid Sinclair, vivida pela carismática Emma Myers, que representa o completo oposto de Wandinha: extrovertida, vibrante e cheia de cores. Mas, quando uma série de crimes começa a assombrar a cidade, Wandinha e Enid se unem para desvendar os mistérios, em uma trama que mistura investigação, fantasia e comédia.

Por trás de toda essa fantasia está uma das mentes mais criativas e bizarras do cinema, Tim Burton, responsável por clássicos como Batman (1989), Os Fantasmas se Divertem e Edward, Mãos de Tesoura. Seu estilo gótico e lúdico é sentido em todos os aspectos da produção, dos cenários e figurinos até as atuações.

O sucesso foi estrondoso, especialmente entre o público feminino, que se identificou fortemente com as protagonistas. No TikTok, milhares de cosplays tanto de Wandinha quanto de Enid viralizaram, e a estética gótica da série se tornou uma verdadeira febre nas redes sociais, um fenômeno cultural que marcou uma geração.

A série ficou no Top 10 mundial em diversos países, incluindo os EUA, e foi a série mais assistida de 2022 em sua estreia, superando até House of the Dragon. Wandinha faturou prêmios no Emmy e no Nickelodeon Kids' Choice Awards. No Rotten Tomatoes, obteve 73% de aprovação, enquanto no IMDb mantém uma excelente nota 8.

O impacto na carreira do elenco foi imediato. Jenna Ortega explodiu mundialmente, se tornando uma das atrizes mais requisitadas de sua geração, especialmente em projetos de terror, como Pânico 5. Emma Myers também se beneficiou, conquistando papéis em grandes produções, incluindo o filme Minecraft.

A série também serviu para trazer de volta aos holofotes algumas estrelas do passado, como Catherine Zeta-Jones no papel de Mortícia, e a icônica Wandinha de 1991, Christina Ricci, vivendo agora a diretora Marilyn. E não só os atores, Wandinha também marcou o retorno triunfante de Tim Burton, que, após um período relativamente apagado em Hollywood, voltou a dirigir um grande projeto com sua marca registrada.

E assim encerramos nossa lista! Passamos por mais de cem anos na história do cinema e da TV, de Tarzan (1929) até Wandinha (2022). E você, concorda com a lista? Mudaria alguma coisa? Comente e fique ligado nas próximas publicações!


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Tier NERD
Tier NERD
há 7 horas
Rated 5 out of 5 stars.

Ótimo

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Line Li
Line Li
Jun 05
Rated 5 out of 5 stars.

Legal

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Line Li
Line Li
Jun 05
Rated 5 out of 5 stars.

Chaves e Batman

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Line Li
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Jun 05
Rated 5 out of 5 stars.

Muito bom

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Line Li
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Jun 05
Rated 5 out of 5 stars.

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