Durante muitos décadas, a seleção francesa não foi respeitada como um time de primeira escalão no futebol mundial, sendo que até 1998, eles jamais haviam sequer chego a uma final de Copa do Mundo, até que Zidane, Henry, Barthez e outros craques, enfim mudaram a história do Blues, e levaram a França a glória. Hoje, vamos conhecer a história do bicampeonato francês.
1998
Desde 1938, a França desejava receber mais uma Copa do Mundo, e em 1998, obteve essa oportunidade. O Elenco era poderoso, com lendas como Zidane, Petit, Desailly, Thuram e o atual técnica da seleção francesa, Didier Deschamps.
O grupo da França era extremamente acessível, com África do Sul, Arábia Saudita e Dinamarca. Cumprindo o favoritismo, a França fez nove pontos, goleando a África do Sul na estreia por 3x0, com um gol do craque Thierry Henry. Contra os árabes, 4x0, e mais dois gols do artilheiro Henry. Por fim, os franceses venceram a Dinamarca de Michael Laudrup por 2x1, com gols de Djorkaeff e Petit.
Na fase eliminatória, a França enfrentou uma poderosa seleção paraguaia nas oitavas, vencendo na prorrogação através do extinto gol de ouro, marcado pelo zagueiro Blanc.
Nas quartas, um grande clássico, França e Itália. Os italianos haviam sido vice-campeões na copa anterior, e tinha um elenco forte, com nomes como Roberto Baggio e Vieri, mas, em um jogo amarrado, acabaram sendo vencidos por 4x3 nos pênaltis, no jogo que marcou o retorno de Zidane, que havia sido suspenso no jogo contra a Dinamarca.
Nas semifinais, tivemos um jogo épico contra a Croácia, confronto que decidiria o bicampeonato francês 20 anos depois. Os croatas abriram o placar com Suker, mas sofreram a virada com dois de Thuram, um lateral resolvendo o jogo.
A grande decisão seria no Stade de France, e os franceses iriam encarar a atual campeã mundial, a seleção brasileira. Mesmo com Ronaldo passando mal, o Brasil tinha craques como Robertos Carlos, Rivaldo, Bebeto e outros. Um jogo que parecia parelho no papel se provou totalmente desequilibrado na prática, com os blues abrindo o placar logo com 27 minutos do primeiro tempo, em uma poderosa cabeçada de Zidane, que até então, não havia marcado um gol sequer na competição, mas na final, ele simplesmente deu uma aula de futebol no time brasileiro. Em outro escanteio, no final do primeiro tempo, Zidane marcou outro de cabeça. Mesmo com a entrada de jogadores como Edmundo, o Brasil não levou muito perigo aos franceses, que nos últimos instantes do segundo tempo, marcaram o terceiro com Petit, sagrando a França campeã mundial pela primeira vez, diante de 80 mil torcedores, fazendo uma linda festa em Paris.
Zidane foi extremamente exaltado devido a seu desempenho absurdo na decisão, mas, devido a Copa apagada, o prêmio acabou ficando com Ronaldo do Brasil.
2018
Após 1998, a geração francesa entrou em um momento de glória. Em 2000, os franceses conquistaram a Eucopa de maneira brilhante, com um futebol tão vistoso quanto o apresentado em 1998.
Os Bleus chegavam com confiança para o bicampeonato na Coreia do Sul/Japão em 2002, já que mantinha boa parte do time campeão mundial. Porém, essa sem dúvida foi uma das pipocadas mais bisonhas da história das copas, não vencendo nenhum misero jogo, e ainda perdendo para o Senegal, que jamais havia jogado um Copa do Mundo, quanto mais vencido um jogo. Essa eliminação foi um baque grandioso nos franceses, mas a má fase não duraria muito tempo.
Em 2006, ainda com nomes históricos como Zidane, Henry e Barthez, a França chegava confiante para a torneio mundial na Alemanha. A fase de grupos foi repleta de altos e baixos, com os franceses amargurando empates diante de equipes como Coreia do Sul e Suíça, vencendo apenas a equipe do Togo, mas garantindo a segunda posição no grupo.
O desempenho pífio da fase de grupos ficou para trás a partir das oitavas. A Espanha foi o primeiro time a ser varrido pela França, com direito a dois gols de Zidane, que colocou a Copa no bolso a partir daí.
Nas quartas, os franceses enfrentariam o Brasil do Quadrado Mágico, Ronaldo, Adriano, Ronaldinho Gaúcho e Kaká, que apesar de talentoso, jamais funcionaram. A França dominou, e venceu com gol de Henry, despachando a Pentacampeã mundial. Portugal caiu logo depois, com de Zidane cobrando pênalti, despachando mais uma grande geração portuguesa, com um jovem Cristiano Ronaldo, atuando ao lado de lendas como Deco e Figo. Na final, um clássico contra a Itália, onde a França largou na frente com a penalidade cobrada magistralmente por Zidane, que deitou e rolou na final Materazzi empatou de cabeça poucos minutos depois, e a tônica do jogo foi de extrema equilíbrio.
Na prorrogação, Zidane se rendeu as provocações de Materazzi, e lhe deu uma cabeçada no peito, sendo expulso, e vendo a França ser derrotada por 5x3 nos pênaltis. Desde então, a França jamais chegou em uma final de Copa, apesar de em 2014, ter montado uma boa equipe, que foi parada somente pela campeão Alemanha, Em 2016, jogando em casa, a França foi vicampeã da Euro, perdendo a final para Portugal.
Porém, em 2018, a geração francesa enfim teve sua maior chance de ser campeã, com um time repleto de craques, como Pogba, Kanté, Mbappé e Griezmann.
A França bateu Austrália e Peru, e depois empatou com a Dinamarca, passando na primeira posição do grupo. O mata-mata serviu para os franceses crescerem de rendimento, conseguindo vencer a Argentina por 4x3 nas oitavas de final, com direito a um show de Mbappé. O próximo adversário foi o Uruguai, que foram batidos por 2x0. A semifinal foi diante da Bélgica, que era uma equipe poderosa, com nomes como Eden Hazard, De Bruyne e Courtois. No jogo mais difícil da França até então, mas com gol de Umtiti, os franceses avançaram a final.
Na grande decisão, a França encarou a Croácia, que chegava pela primeira vez em uma final de Copa do Mundo. Mesmo lutando até o fim, a Croácia não foi capaz de deter a França, e perdeu 4x2. Mbappé foi eleito a revelação da Copa do Mundo, e cravou seu nome na história da seleção francesa.
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