O amor: A maior magia de Harry Potter
"Não tenha pena dos mortos, Harry, tenha pena dos vivos, especialmente daqueles que vivem sem amor." Nessa saudosa frase de Alvo Dumbledore em Relíquias da Morte, JK Rowling expressa seu pensamento em relação ao amor na franquia Harry Potter: ele é a força motriz da saga, o tipo mais puro de magia. Hoje, vamos visitar os momentos em que tal sentimento foi decisivo para definir o destino do mundo mágico, tanto para o bem quanto para o mal, pois até mesmo o melhor dos sentimentos, se em excesso ou mal direcionado, pode se tornar uma ferramenta das trevas!
HARRY POTTER
Rafael Silva
11/24/20254 min read


O amor se mostrou a espinha dorsal da franquia desde o princípio, apresentando-se logo de início em sua forma mais primordial: o amor de uma mãe por seu filho. Quando Lillian Potter fez o sacrifício derradeiro, entregando sua vida pela de Harry, ela impôs sobre ele uma proteção máxima, protegendo-o de Voldemort não somente naquela noite em Godric's Hollow, como também em todos os seus confrontos seguintes com o Lorde das Trevas. Foi o sacrifício de Lillian que salvou seu filho de Voldemort em Pedra Filosofal, Cálice de Fogo e Relíquias da Morte, mostrando que seu amor por seu filho era tão imenso que nem a morte poderia superá-lo.
Esse foi o poder que permitiu que um garoto comum (com muitas aptidões, é claro), como Harry Potter, pudesse vencer um dos maiores bruxos das trevas de todos os tempos, pois ele tinha ao seu lado a única arma que Voldemort jamais conseguiu compreender, seja pela incapacidade de sentir amor, seja pela incapacidade ainda maior de entendê-lo. O Eleito foi guiado por essa força durante toda sua jornada, mesmo sem perceber.
Porém, engana-se quem acredita que apenas Lílian e Tiago entram nessa súmula. O Menino Que Sobreviveu sobreviveu apenas porque muitas pessoas o amavam. Seus amigos, Rony e Hermione, estiveram ao seu lado em suas horas mais sombrias e foram tão heroicos quanto ele. Seus mentores, desde Hagrid até Dumbledore e Lupin, que o protegeram, guiaram e moldaram, não apenas como um bruxo poderoso, mas como um bom homem. Hagrid foi a porta de entrada de Potter ao mundo mágico, Dumbledore o fez percorrer o caminho até a vitória sobre Voldemort, dando-lhe lições valiosas no processo. O próprio diretor lhe ensinou o poder do amor, atrelando-o como um poderoso tipo de magia ancestral, que nem mesmo Voldemort conseguia compreender. E Lupin o conectou, mesmo que indiretamente, ao passado de seus pais, sendo para ele quase uma figura paterna.
E o que falar de Sírius? A única parte da família de Harry que o amava e ainda era viva, mas com a qual infelizmente nunca pôde viver. Até mesmo Snape, que desprezava o garoto devido a suas semelhanças com Tiago (que sempre o atormentou na infância), o protegeu sempre que podia, pois um resquício do amor que sentia por Lilian ainda vivia por meio de seu filho.
E claro, não podemos esquecer de Gina Weasley, a mulher com quem se casou e teve seus três filhos, enfim conquistando a família que sempre sonhou.
Então, é inegável que, por várias vezes, o amor foi decisivo na Jornada do Herói de Harry Potter, do início ao fim de sua luta, mostrando de diversas formas: amor materno, amizade, romântico e mentorial. E não apenas Harry, mas praticamente todos os mocinhos da saga, em maior ou menor intensidade, também foram influenciados por esse sentimento. Vale também citar os Weasley, uma grande e amorosa família, que prova que não é preciso muito para se ter felicidade, em contraste com os Malfoy, que, mesmo cercados de riquezas materiais, vivem na escuridão.
Mas, como toda força poderosa, o amor também possui seu lado sombrio.
Como dito anteriormente, nem sempre o amor se expressa como algo positivo. Quem não se lembra, por exemplo, do passado de Dumbledore? Onde, devido a seu amor obsessivo por Grindelwald, tornou-se incapaz de perceber a magnitude dos horrores que seu companheiro maquinava? Eis a prova de que sentimentos poderosos, sejam eles bons ou ruins, podem levar até os mais sábios ao erro. Outro caso é o do Barão Sangrento, o famoso fantasma da Sonserina, e seu amor proibido com Helena Corvinal (fantasma da Corvinal), filha da fundadora da casa. Após não ter seu amor correspondido pela mulher, ele a matou, incapaz de imaginar sua vida sem seu amor. Enojado de seu próprio ato, ele tirou sua própria vida, prendendo-os eternamente como fantasmas em Hogwarts.
Mas nem só de romances vivem os amores doentios. Às vezes, a paixão exacerbada por uma ideia pode ser tão perigosa quanto por alguém, e os seguidores de Lord Voldemort são a prova viva disso. Comensais da Morte como Bellatrix Lestrange e Bartô Crouch Jr. não eram apenas seguidores fanáticos de Voldemort e sua ideologia doentia, eram apaixonados por ela, devotando suas vidas a fazê-la realidade, mesmo que para isso fosse necessário passar o resto da vida em Azkaban e cometer os crimes mais imundos do mundo bruxo.
Assim, fica claro que, quando um amor supera nossa moralidade, ele deixa de fomentar o bem e torna-se uma arma de destruição, pois, quando a paixão nos toma, somos capazes de tudo para agradá-la.
Harry Potter é um mundo mágico riquíssimo, mas fundamentado por bases comuns a todos nós: amor, amizade, medo, raiva e por aí vai, mostrando que a magia pode se mostrar até mesmo nas coisas mais simples, sendo essa a mensagem principal da autora para todos os milhões de leitores e fãs da saga. No fim, Harry Potter nos lembra que não são feitiços complexos que moldam nosso destino, mas vínculos humanos.
E você, já havia percebido o quão importantes esses sentimentos são em Harry Potter? Não deixe de comentar!
